quarta-feira, 1 de agosto de 2012
INUTILIDADE: um terrível algoz.
Inutilidade.
Não ceda lugar para esse algoz.
Deus nos fez para
termos uma vida de utilidade. Precisamos ser úteis. Úteis no que somos, úteis
no que temos e úteis no que fazemos. Uma vida útil é capaz de inspirar,
despertar e incentivar virtudes e valores em outras. A senda para construir uma
vida útil pode ser buscada, perseguida e aproveitada por qualquer um que se
determine a tal empreendimento. E quanto mais cedo se começa, mais tesouros se
descobre e mais horizontes se alcança.
E um algoz contra a
vida de utilidade chama-se inutilidade
– o algoz chamado inutilidade -. Ele assusta, assombra, aterroriza, impõe medos
e arrepios em não pouca gente. Mas também, por outro lado, muita gente despercebida
de si mesmas firmam aliança com ele e por ele se afeiçoam perdidamente. O covarde
e traiçoeiro algoz da inutilidade trava guerras contra a valentia das fileiras que
possuem, primam e valorizam uma vida de utilidade.
Existem os que
lamentavelmente são atingidos pela inatividade, como um resultado de fatores naturais
do ciclo biológico da vida terrena. Definitivamente não é sobre isso que este
artigo pretende falar. Porém há outros que lastimavelmente se entregam de mente
e corpo nas mãos do algoz da inutilidade. Determinadamente é sobre esses que
este texto se propõe dizer.
Há vidas que lhe
prestam serviços, porém dormem com medo dele, sonham os pesadelos dele e
despertam já envolvidas e abraçadas por ele. Quantas vidas literalmente se
lançam no seu colo e com ele comungam diuturnamente sem notá-lo como um fator
pernicioso e oponente contra si mesmas.
Quem bem pensa e
percebe o alto valor de uma vida útil, jamais se entrega a produzir coisas
inúteis e nem desperdiça o seu precioso tempo dividindo espaço com o verdugo da
inutilidade, cuja tarefa sutil é inocular o seu vírus em tudo que seja útil,
salutar e servível.
Algumas vidas,
consciente ou inconseqüentemente, gastam parte de sua existência se desgastando
na rotina viciosa da inutilidade. O algoz da inutilidade emprega seus
mecanismos e estratégias para arrastar e aprisionar tantos quanto possa liderar
ao seu poço de amarguras e frustrações. Alguns sedados pelos seus desejos e
anestesiados pelo ímpeto afoito semeiam ao vento, despercebidos de que mais
cedo ou mais tarde vão ceifar suas conseqüentes inutilidades umas sobre as
outras.
Esforços inutilizados
pelas ilusões e fantasias. Tempo desperdiçado por incoerências e insipidez.
Mentalidades, metodologias e objetivos literalmente sepultados nas urnas da
inutilidade, estando esses ainda com suspiros de vida e possíveis de serem
ressuscitados e restaurados para as fileiras da vida de utilidade.
Que realidade
atormentadora é a do algoz chamado inutilidade. Inutilidade é o termo empregado
para denominar algo com falta de utilidade, aquilo que está sem préstimo, sem
função e na ineficácia, algo que caiu em incapacidade.
A vastidão e o flagelo
da inutilidade abrangem coisas e também atingem pessoas. No universo dos
esforços existem tanto coisas como pessoas alcançadas e sucumbidas pelo
terrível e assombroso vírus do algoz da inutilidade.
Em meio à turba ora
agonizante e ora alegre, felizmente existem os que se despertam do pesadelo da
inutilidade, contudo lamentavelmente há outros que se arrefecem e adormecem na
inércia e no sono da mesma. Aqueles se levantam, se movem e se endereçam a
propósitos úteis e estes buscam desmerecer e tirar propósitos daqueles.
O algoz da inutilidade
pode atingir uma ou mais áreas de uma vida, de um setor ou ambiente e de uma
instituição, como também pode ir além e aos poucos acercando-se de cada um
desses. Depende das mentalidades e dos sensos daqueles que neles residem. Nem
sempre o algoz da inutilidade força invasão e toma espaços de assalto, todavia
quase sempre ele obtém sucesso quando se cede lugar para ele se estabelecer e imperar.
Há os que se inutilizam, existem os que são inutilizados. E há os que procuram
inutilizar outros. Os viciados nos jogos da inutilidade jogam com vidas como se
estas fossem peças em suas mãos e troféus a seus favor e interesses.
Há gentes reconhecendo
limitações e propagando idealizações para ambas as quais deveriam confessar
inutilidades. Uma fraca e débil consciência pode levar alguém a cair e viver nas
mãos do algoz da inutilidade falsamente acreditando e equivocadamente construindo
e ornamentando o seu altar com falsas limitações imaginando que seja essa a
vontade de Deus para si e para as vidas que lhes acercam. Quanta gente se faz
inútil, e quantas outras tantas fazem inutilidades e quantas muitas são feitas
inúteis. Quanta gente poderia ir mais longe do que estão. Quantas outras poderiam fazer mais do que estão fazendo. Falsos protocolos, medos aterrorizadores e sensações ilusórias têm aprisionado muitas vidas e roubado muitos sonhos e ofuscado horizontes de não poucas vidas, mantando-as literalmente cativas e resumidas.
Para tristeza e
lamento, quão horrenda coisa ocorre a um altar que cai nas mãos do algoz da
inutilidade. Um altar coberto pela graxa da inutilidade pode confundir
aparências como se estivesse mergulhado no azeite da unção e do poder de Deus. Sacrifica-se
em penitências pensando estar realizando sacrifícios que agradam a Deus.
Para decepção e
pranto, quão vergonhosa coisa ocorre a um sacerdócio caído nas mãos do algoz da
inutilidade. Um sacerdócio vestido com a túnica da inutilidade pode oferecer
brasas do fogo estranho como se este substituísse o incenso santo. Incensa o
santuário com o odor das idéias particulares misturadas ao bom perfume da
exegese bíblica pensando que todo fogo sejam iguais, satisfatórios e servíveis.
Para desmantelo e demérito,
quão insipiente coisa ocorre a uma tribuna que cai nas mãos do algoz da
inutilidade. Uma tribuna que coadjuva com contextualidades da inutilidade pode
forçar propósitos idealistas como se estes estivessem a serviço da vontade do Deus das Escrituras
Sagradas. Força-se objetivos tendenciosos pensando que todo intento sejam
aceitos pela igreja e aprovados pelo Senhor dela.
Para desacerto e
descarrilamento, quão prejudicial coisa ocorre a um púlpito caído nas mãos do
algoz da inutilidade. Um púlpito que galanteia os pensamentos da inutilidade
pode ministrar idéias insípidas como se estas fossem ensinamentos que sustessem
uma renovação e novidade de vida. Ministra-se insipiências pensando que toda
idéia caiba no projeto de sustentação espiritual de uma vida.
Coisas horrendas ocorrem
quando o algoz da inutilidade penetra num altar, se acerca de um sacerdócio,
assenta-se numa tribuna e assume um púlpito. Tudo neles se torna duvidoso, se
faz em mesclas de ilusão mística com fantasias supersticiosas, se torna
indefinido e se revela biblicamente insustentável. Tudo neles vai se debruçando
nos corredores do escombro e escorrendo nas paredes do descrédito e das
incertezas. Muda-se de roupas e troca-se de nomes, mas o cerne permanece o
mesmo e a serviço das agências da inutilidade.
Quantos altares,
sacerdócios, tribunas e púlpitos têm cedido seus préstimos para o algoz da inutilidade
comandar justificativas com enganos; aplacar consciências com imaginações;
distrair atenções com diversões obscuras; iludir pensamentos com falsos
conceitos; criar e vender kits e amuletos em nome da fé; adequar religião à
fama pessoal com desculpas pseudo-evangelizantes.
O algoz da
inutilidade, sem qualquer escrúpulo, promove a ignorância e o incentivo ao
despreparo bíblico. O algoz da inutilidade abraça e acolhe obreiros;
desconfigura cultos e desrespeita liturgias, em nome de uma alegria postiça e
de uma satisfação pingente que se perde ao longo da viagem pelas estradas da
inconstância e nas estações das incertezas.
O algoz da inutilidade
é bacharel em subtrair e substituir as práticas legítimas, coerentes e próprias
da vida cristã pela visão religiosa de fadigas conformadas, rotinas
conformistas e novidades condicionantes. Ele é graduado nos passos que levam ao
caminho da fidalguia insana e descabida. Ele é mestre na arte de desfocar a
igreja em relação aos princípios e propósitos da Palavra de Deus. Ele é doutor
na ministração de teorias infundadas e pressuposições conflitantes. É perito em pessimismo e artesão em roubar motivações úteis dos bons e bem intencionados corações alheios.
O algoz da inutilidade
nunca confessa descrença, mas também jamais se firma na boa vontade de se
converter e sair do charco da incredulidade e do lodo das dolosas motivações. O
algoz da inutilidade detesta as doutrinas bíblicas. Ele ama a superficialidade religiosa,
fria e mecânica e odeia a teologia cristã. Ele se esforça para atrair as atenções
à sua dança enfeitada e enfeitiçadora. Ele
é movediço e mutante, posto que muda de cara, troca de nome, mas não perde sua
fossa e nem seca o seu limo.
Não nos deixemos ser
cooperadores do algoz da inutilidade. Não nos entreguemos nas mãos que amparam
e prestam serviços ao algoz da inutilidade. Não nos cedamos ao assédio e às peitas
do algoz da inutilidade. Não nos permitamos ao conformismo sequioso, promovido
pelo algoz da inutilidade. Não nos percamos dos sentidos e propósitos de uma
vida útil. Não nos afastemos da importância de sermos úteis e de produzir
coisas úteis. Não prestemos ouvidos e nem ofereçamos os nossos corações ao
algoz da inutilidade.
Que tudo que somos,
que tenhamos e que façamos sejam para a glória e louvor do Senhor nosso Deus.
Seja útil, valorize a vida de utilidade e faça coisas úteis!
PbGS
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