segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
PREJUÍZOS DO MUNDANISMO
PREJUÍZOS DO
MUNDANISMO.
Lembrai-vos da mulher
de Ló.
Mundanismo é uma palavra cujas amplitude e profundidade de
sentidos são um tanto desconhecidas por não pouca gente. Mundanismo já foi uma
palavra que causou repulsa e desavenças. Hoje parece estar familiarizada na vida
prática e nos labirintos de muitas mentes deste tempo. Dizer que alguém é
mundano já foi uma ofensa, hoje desgraciosamente é semelhante a um elogio comum.
Mundanismo é o estilo de vida ditado, dirigido e regido pela satisfação de se
estar apegado às coisas materiais e prazeres do mundo.
É o apego e a afeição demonstrados aos prazeres nas coisas
oferecidas pelo sistema mundo. Para o homem mergulhado no pecado o mundanismo é
um lago de delícias. Mas para quem serve a Deus é um pântano escorregadio de
quedas, desgraças e prejuízos um após outro. O mundanismo é um império no qual
está jazido o diabo. Fazer-se amigo (segundo a Bíblia Sagrada, é afeiçoado) do
sistema mundo é se entrelaçar, se entranhar na mentalidade, no modo de pensar e
agir, do diabo. Uma imitação indireta, e assim uma inimizade contra Deus. O
mundanismo culmina na declaração de incredulidade, ainda que não seja
verbalizada.
A narrativa sobre a mulher de Ló é uma forte advertência para
cada um de nós. Gn 19.14-26. Sua história é um exemplo verídico, e Jesus o
Filho de Deus a citou e sobre ela nos recomendou exortando: “lembrai-vos da
mulher de Ló”. Lc 17.32. Desprezar as advertências do Senhor Jesus é fazer
pouco caso das orientações de Deus para a nossa vida.
Dentre outras coisas que a narrativa quer nos ensinar, está traduzida a sua desobediência e o mundanismo
ocultado em seu coração embutidos no seu ato de curiosidade em olhar para trás.
O mundanismo reflete em terríveis custos que deságuam em alguns prejuízos por
vezes fatais.
1 - O prejuízo de perder fatalmente a oportunidade de
reconstruir. O mundanismo ocultado em seu coração causou o prejuízo de torná-la
conformada a situações que pouco lhe incomodavam a alma, e faze-la perder a
visão de reconstrução de vida juntamente com sua família em outro lugar. O
mundanismo tem a capacidade de obscurecer a visão de uma pessoa para as suas
reais necessidades espirituais. O mundanismo escraviza, mas também cega e
desorienta e desequilibra quem a ele se coaduna. Não devemos perder a
oportunidade de reconstrução que Deus nos oferece e presenteia.
2 - O prejuízo de perder fatalmente a nova oportunidade de ser
feliz. Deixar para trás os dias conformados com a rotina familiar e costumeira do
convívio com os ambientes de desgraças mundanas circundantes do local onde
vivia parecia lhe ser um sacrifício. Virar as costas e sair em direção à nova
oportunidade de ser feliz sem passar um olhar para trás seria um sacrifício
para a mulher de Ló. Não devemos trocar as novas oportunidades de ser feliz em
Cristo por ilusões ofertadas pelo mundanismo.
3 - O prejuízo de perder fatalmente o precioso favor do poder de
Deus. Uma das coisas que jamais podemos deixar passar e muito menos perder é o
imenso favor do poder de Deus em nos guardar e nos guiar. O favor de Deus está graciosamente
a nos causar benefícios imerecidos. Deus se importa conosco, e nesse interesse
Ele move o bom favor de Sua mão com o Seu poder, a fim de nos livrar e nos
conduzir a verdes pastos. Não devemos trocar o favor de Deus pelas forças
fascinantes do mundanismo.
4 - O prejuízo de perder fatalmente um novo lar. A vida de
abusos e excessos afundados no pecado tornou os ambientes da cidade em antros
de miséria moral e espiritual para pessoas e grupos habitantes e visitantes
daquele lugar. Os lares acostumados em ver as suas ruas e praças tracejados e
pontilhados pela desgraça dos pecados da sodomia, da prostituição e do
efeminismo, já haviam sido oprimidos pelo hábito vil do mundanismo. Quando o
homem perde a visão de temor e reverência a Deus, com ele também são, quando
não perdidos, mas minados todos os demais valores de sua vida. Um novo lar,
novos ares, uma nova vida, são tudo que uma mulher precisa para fazer sua vida
decolar e tomar as alturas em novos rumos. E Deus estava dando a oportunidade
de um novo lar, novos ares, uma nova vida, para a mulher de Ló. Pena que o
mundanismo lhe fez perder fatalmente essa oportunidade que lhe fora ímpar.
5 - O prejuízo de perder fatalmente o galardão eterno. O ato de
olhar para trás revelou o seu apego ao mundanismo deixado para trás. E com esse
olhar curioso demonstrando o seu apego, ela trouxe para si a conseqüência de ser
transformada em uma estátua alva de sal. Ela perdeu para sempre o que teria
junto ao seu marido, à sua família, aos seus parentes, etc. O ato de ser
transformada em uma estátua de sal fala de paralisação seguida por uma
conseqüente destruição ao passar do tempo. Isso nos lança luz sobre a perda
fatal do galardão eterno. Não devemos abrir brechas para que o mundanismo nos
faça perder o nosso galardão eterno.
Um gesto de dúvida, uma atitude incrédula e um comportamento
desrespeitoso para com a voz de Deus foram suficientes para fazerem sucumbir a
mulher de Ló e fazê-la perder fatalmente as oportunidades de reconstruir, de ser feliz, de
ter aproveitado o favor de Deus para si junto aos seus, de ter um novo lar,
assim como de te-la levado à perda fatal de seu galardão eterno.
Tal qual a rã sendo cozida lentamente na fervura crescente da
água ao fogo, há muita gente perdida, presa e iludida na lama do mundanismo. Há
muita gente que se dizendo “dona de si mesma” não está percebendo sua prisão e
prejuízos nas águas ferventes do mundanismo vestido conforme os gostos que atraem
e cativam-nas. O mundanismo engana, ilude, cativa, aprisiona, torna o mundano
semelhante ao louco e espiritualmente insensível, e por fim causa perdas e prejuízos fatais em
todas as áreas da vida de uma pessoa.
Geralmente o mundano se assemelha ao ébrio - não percebe a sua
embriaguez pelo mundanismo e nem admite ser vítima voluntária dele.
Não permitamos, portanto, que o mundanismo nos abrace, jamais
deixemos que as ilusões do mundanismo nos fascinem. Não nos deixemos ser
atraídos pelas forças e fantasias do império do mundanismo. Viver a vida é bom,
e saber usar suas coisas como nos orienta a Sagrada Escritura é o nosso quinhão
debaixo do Sol. Podemos viver a vida sem sermos mundanos, sem nos conformarmos
com a mentalidade do sistema mundo. Vivemos no mundo, mas dele não somos. Nossa
visão do mundo deve estar afinada com as orientações do Céu. Nossa pátria está
em cima onde está assentado o Senhor Jesus à direita do Pai das luzes.
Deus seja louvado!
PbGS
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