quinta-feira, 21 de agosto de 2014
APRENDER DO SENHOR JESUS
APRENDEI DE MIM...
Diz o
nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.
O conjunto de pilares que sustentam a vida cristã consiste nos
fundamentais, a saber: a oração, o ensinamento, a pregação e a adoração. Isto
não é um segredo. Isto é uma realidade notoriamente aberta e objetivamente
palpável. E dentre esses pilares sustentadores da vida cristã está em
prioridade o ensino. Muito pelo contrário do que algumas mentalidades tentam
forçosamente fazer valer, o ensinamento é o fundamento para: a oração, a
pregação, a adoração e o serviço cristão aplicado em todas as demais esferas.
Não é demais dizer que a vida cristã, tanto individual como
coletivamente, desde os primeiros dias da igreja primitiva, sempre foi marcada e sustentada pelo
ensinamento. Ensinamento saudável que construiu nos crentes uma estrutura resistente e capaz, tanto para a vida pessoal como para o desempenho pleno de nossa missão no Evangelho. Aprender e ensinar não são de somenos importância e jamais foram
de momentos irrelevantes. Aprender e ensinar não significam assunção garantida
de perfeição, porém da realidade de busca persistente de aperfeiçoamento em
todas as áreas de nossa vida individual e coletiva, nas quais estamos inseridos.
O ensinamento clareia e fortalece a consciência, promove o
robustecimento da fé, contribui em produzir e formar um indivíduo com respostas
coerentes, ajuda em disciplinar o indivíduo nos caminhos e princípios da coesão
e da unidade cristã. Além disso, o ensinamento é uma ferramenta poderosa e
eficaz para, senão a eliminação, mas a minimização, de problemas que vão desde
as esferas existenciais até as interrelacionais. O Mestre e Senhor, Jesus
Cristo, aplicou cerca de um pouco mais de um terço de Seu ministério terreno na
atividade efetiva do ensino. Essa prática jamais deve ser substituída, assim
como jamais pode ser suprida por qualquer que seja outra atividade da vida
cristã.
O ensinamento possui seus dois lados, a saber: o formativo e o
informativo. E um dos piores e mais desastrosos enganos consiste no
desequilíbrio entre esses dois lados, porquanto ambos são correlacionalmente
interdependentes entre si. Rebanhos locais
passaram por épocas um tanto permeada pela ignorância. Foram os tempos
da focalização acentuada no formar, enquanto o desprezo, ou a falta de tato, em
lidar com a informação produziu frutos desgovernados, brutalmente hostis e
insensíveis para com muitas vidas. Naqueles dias, um pouco mais felizes foram
aqueles que obtiveram orientação segura e acesso viabilizado e incentivado a
buscarem consistência através dos meios informativos.
Os anos passaram e por algum tempo aquele desequilíbrio estava
quase cedendo lugar para uma balança promissoramente equilibrada. Entretanto,
com adventos de novidades e modismos febris, aquela balança tornou a tender ao
desequilíbrio. O foco que antes estava concentrado sobre o lado formativo,
agora passou a se direcionar para o lado informativo, e o formativo foi sendo
desprezado. E com isso não poucos males tomaram assentos onde não se deveria
ceder-lhes. E quando não se sabe lidar com a informação, perde-se também na
formação. E como perde... Que digam os nossos dias onde imperam e campeiam a
artificialidade, a superficialidade e os vícios tendenciosos.
E por conta desse desequilíbrio, muito boas mentes já não sabem
de que espírito são. Outras nem mesmo sabem de qual a verdadeira razão de sua
fé cristã. Além dessas, outras em tudo que sabem são resumidas ao engano da
trilha do materialismo, do mercenarismo e da mercadejação, acreditando serem
estes o ponto essencial e o objetivo de sua fé. Uma fé momentânea,
circunstancial e contingencial. Um prejuízo desastroso que somente vem a lume
quando ela é confrontada com o tempo do vale, da seca, da decepção e da
frustração, humanas.
Mas que pena que a sede de informação anda desconexa com a
importância da formação. Busca-se enchimento pela informação, todavia cai no
esvaziamento ou inchaço por desprezo à formação. E assim esse lamento mostra
diuturnamente obreiros que já não sabem o que é a obra, e esta em alguns
lugares já nem sabem identificar, reconhecer, escolher e confiar nos verdadeiros
obreiros que o Senhor Jesus presenteou para a obra.
A ausência ou a deficiência de ensino tem produzido péssimos resultados
sintomáticos, tanto no lado formativo quanto no informativo. Não são apenas as
ocupações materiais atinentes à sobrevivência humana que estão afastando vidas
das tarefas e atividades do ensino na casa de Deus. O termômetro da escala do
interesse tem revelado que se casa numa parceria um conjunto de fatores que
afetam o ensino. A falta de presenças no ensino na casa de Deus é um efeito
desse conjunto que vai desde a ausência até a deficiência, passando pela
desincentivação, desmotivação, desinteresse, inconstância, inconsistência, falta
de visão de propósitos, inconsciência de comprometimento efetivo.
Além disso, a tentativa de aplicar teorias seculares e suas
correntes de pensamentos em áreas cristãs, cujo campo é exclusividade do
Espírito Santo. Assim se produz frutos em mentalidade, visão e prática
estranhos ao Espírito da igreja cristã. E assim as vias do relacionamento
cristão em Deus são pulverizadas com idéias e ideais de César. O terrível
perigo disso é visto em grupos que vivem de movimentos sazonais, mergulhados em
febres e modismos que são apagados por outros sucessores que uns após outros também passam e da
mesma maneira e na mesma intensidade apagam-se entre si.
E por fim, a ausência e a deficiência de ensinamento criam supostas
satisfações, e formam tendências a hábitos estranhos ao Espírito da igreja
cristã. Algumas vezes quase trilhando linhas incorrigíveis pelas ferramentas costumeira e espiritualmente conhecidas e normalmente conduzidas em tratamento direto pelo próprio Deus sobre o homem, após
tentativas de aconselhamentos e cuidados pastorais indiretos. As tendências a
vanglórias, a soberba, a auto-afirmação pessoal, ao egocentrismo, ao
partidarismo, ao seletivismo, ao servilismo subserviente, ao prediletismo, ao
oportunismo e a interesses vergonhosamente vantajosos. Enfim, ilude e afasta o
crente da consciência cristã.
Assim sendo, vale muito ainda antes neste tempo, atentar para as
palavras do Mestre e compreender a importância do Seu convite a aprender dEle.
Uma vida cristã com estrutura sólida e consistente é resultado de formação e
informação pelo ensino em sua suma importância, tanto para individual como
coletivamente servir a Deus e a outras vidas com mais confiança e segurança no
que é e no que realiza.
EvGS
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