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terça-feira, 1 de junho de 2010

ESQUECIMENTO E LEMBRANÇA

ESQUECIMENTO E LEMBRANÇA

Há os que se esquecem, mas também existem os que se lembram. Há coisas que precisam ser esquecidas, entretanto existem coisas que devem ser lembradas. Certa frase popular diz que “o tempo faz esquecer”. Mas a verdade a qual muitos ignoram é a de que o tempo em si mesmo não possui o poder de nos fazer esquecer tudo. Quantas coisas o tempo por si jamais conseguiu apagar da história ou de nossas mentes. Nem tudo pode ser apagado apenas pelo tempo, ainda que algumas coisas devam realmente ser lançadas no esquecimento pelo tempo depois de sofrerem seu devido tratamento para que vivamos progressivamente bem.


Um grande desafio reside no fato de não sabermos como conviver e lidar com as coisas que já esquecemos ou com aquelas que devamos esquecê-las. E o outro é o de não sabermos dar-lhes o devido tratamento, a fim de que elas se façam estar colocadas muito ausentes de nossas memórias.


Existem tantas pessoas presas ao passado ou prisioneiras de si mesmas, em razão de no fundo de suas almas nada demonstrarem saber lidar com o esquecimento e a lembrança.
Algumas destas preferem seguir o modelo revanchista de Esaú em esquecendo o seu juramento decorrente de um impulso momentâneo que lhe levou à ruína, guardou o rancor para no momento oportuno externar sua vingança, e outros seguirem o de Jacó evadindo-se a fim de evitar possíveis perdas, revanchismos ou conflitos. O tempo foi um fator usado por Deus para nele acontecerem coisas que ensinaram a Esaú e ao mesmo tempo por outro lado coisas que promoveram experiências e sucessos a Jacó. Quem não sabe esquecer, nada sabe do que deve e como pode se manter necessariamente lembrado. Para Esaú o tempo e as circunstâncias ajudaram-lhe esquecer o ressentimento contra Jacó, e para Jacó o mesmo tempo e as circunstâncias se tornaram veículos encorajadores que o ajudaram a apagar-lhe o medo.


E para que nossa caminhada tenha um prosseguimento feliz e proveitoso, é preciso que compreendamos, dentre outras, as multifacetas do esquecimento e da lembrança. Há coisas que podemos esquecê-las e existem coisas das quais devemos lembrá-las.
E para tanto, pretendo por começar falando aos meus caros e generosos leitores que tanto o primeiro quanto o segundo muito podem nos revelar profundas lições através de suas multifacetas.


Notemos inicialmente o esquecimento. Quais coisas úteis e necessárias podemos compreender dele? Ele é uma realidade experimentada de alguma forma e em algum tempo na vida de todas as pessoas. Ele é motivado por muitas e variadas razões que vão desde a simples sobrecarga interferente ou influente na atenção fazendo com que esta abrace difusamente muitas coisas, até as sérias patologias mentais.


Às vezes o esquecimento assume a função de um mecanismo mental pré-provocado intencionalmente para fugir de alguma coisa que não queremos, rejeitamos ou dela nos defendemos e nem gostaríamos de nos lembrar substituindo-a por outras, e por vezes decorre involuntariamente de conseqüências alheias à vontade e domínio pessoais sobre o que teríamos que nos manter lembrados. A prova é que o homem está sujeito ao esquecimento e ao mesmo tempo por outro lado pode de certa forma dominar o desejo de lembrar, ou até mesmo a lembrança propriamente dita, conduzindo-a para guardar no íntimo coisas de não serem facilmente alcançadas pelo esquecimento.


O esquecimento é também companheiro do lapso e amigo do descuido, e pode nos trazer sérios prejuízos à nossa vida espiritual. Tanto o lapso como o descuido podem ser sintomas do esquecimento. Existem coisas que temos que lançá-las ao esquecimento, porém também há coisas que jamais devemos delas nos descuidar.


Devemos esquecer a velha vida de aprisionamento e servidão do antigo “Egito”, e nos decidirmos em seguir nossa marcha para a Canaã Celestial, ainda que tenhamos que ser levados e orientados por Deus pelos trechos áridos e desérticos da vida. Certamente nestes Ele nos manterá e nos fará passar por profundas experiências. E de nenhuma dessas experiências de todo o caminho do nosso deserto devemos esquecer.


Devemos esquecer da velha vida de falsa liberdade e comodismo da antiga “Babilônia”, e nos dispormos em subir do seu cativeiro enfeitado pela ostentação de maravilhas e fama alheias para edificar em nossa própria “Jerusalém”, ainda que tenhamos que nos levantar para um esforço muito grande em vencer os desafios da caminhada até nela chegar. Estejamos confiantes em Deus porque certamente Ele também despertou o espírito de outros conosco para nos confortar as nossas mãos voluntariamente para continuar a jornada até a Jerusalém Celestial.


Também há outra faceta do esquecimento, é a de que ainda que não devamos, podemos nos descuidar de horários, de compromissos e de atividades enfim, mas jamais devemos nos descuidar do serviço e da adoração ao Eterno Deus.
Podemos até esquecermo-nos de nós mesmos por algum tempo ou por algumas coisas que urgem à emergência quando olhamos a vastidão e a imensidade da seara, bem como as grandes e profundas necessidades dela e percebemos conscientemente o “tipo de comida que temos e que os homens não a conhecem”, todavia jamais devemos deixar de lembrar das multidões de almas famintas e sedentas que se arrastam nas veredas das ilusões fantasiosas da vida e do mundanismo, e que em meio ao mar revolto das tenebrosas circunstâncias esperam de nós mais do que arcabouço de palavras em forma de discursos – anseiam que lhes ajudemos a salvar-se lançando-lhes “o salva-vidas” da Palavra de Deus pela pregação.


Podemos passar horas inteiras dedicadas nas tarefas de preparação inerentes ao trabalho para o qual fomos chamados e vocacionados pelo Senhor, todavia jamais devemos esquecer que existe uma multidão de almas salvas em Cristo mas carentes de conhecer a natureza e a finalidade de suas presenças no Reino de Deus, e que para isto devemos ter o firme compromisso de ajudá-las no seu aperfeiçoamento lançando-lhes o fundamento e confirmando-lhes o que o Senhor mandou guardar através do que seguramente devemos ensiná-las.


Existem coisas que nos fazem ser envolvidos pelo lapso, e há coisas que podem dividir ou distrair nossa atenção e assim nos arrastar sensivelmente ao esquecimento.
O esquecimento pode ser um fator do qual se pode ser lançado mão para nos servir de defesa, mas também dele podemos nos tornar vitimados se falhar nossa lembrança. Quando lidamos com o elenco de muitas coisas e este exceder a nossa capacidade e poder de controle sobre ele, e não soubermos administrar essa sobrecarga, estamos nesse ponto de alguma maneira às portas do terreno do esquecimento. Que diríamos de um homem de muitos compromissos, tratar os seus muitos deveres sem um meio necessário de que lhe faça deles estar lembrado?
O antídoto para o esquecimento é a lembrança. Há coisas que podemos esquecer e existem coisas que delas devemos sempre estar lembrando.


Nunca devemos esquecer que Deus nos apela a utilizarmos frequentemente para algumas coisas a nossa lembrança e para outras nos recomenda a Sua Palavra a que devemos esquecê-las – lembrar do que já passamos, lembrar do que já vivemos, lembrar do que já experimentamos, lembrar das coisas que já vimos, lembrar das coisas futuras que vemo-las por esperança e promessas, lembrar das coisas de cima, lembrar do nosso Criador -.


E uma das ferramentas que mantém nossa lembrança afinada e ativa é a repetição. Todas as vezes que repetimos uma lembrança, prática ou comportamento, mais nossa memória a fixa, conserva e a reproduz em forma de lembrança viva e acesa. Não é demais dizer que a repetição é um dos métodos didáticos para se aprender algo, haja vista que a aprendizagem ocorre em processo.


A repetição nos leva ao estado de condicionamento. A repetição é, portanto, uma das armas didaticamente poderosas que muito contribui em nos ajudar a manter lembrados do que devemos estar. Quando praticamos alguma coisa boa ou má, aprovada ou reprovável, repetitivamente, querendo ou não vamos imprimindo-a cada vez mais viva e forte dentro de nós. E dependendo do que ela seja, vamos “pari-passu” mantendo-a alimentada e acesa e se torna com isso cada vez mais difícil de nos livrar dela ou esquecê-la.


As tradições, as ordenanças e as cerimônias se mantêm vivas na lembrança quando constantemente são repetidas dentro dos seus propósitos. São recebidas de gerações passadas e transmitidas ao longo do tempo para as gerações futuras por meio da prática repetitiva. E quanto mais são ativa e fervorosamente repetidas nos seus moldes originais, mais elas se mantêm acesas, vivas, originais e verdadeiras na sua integridade e vivacidade como o foram as suas primeiras práticas primordiais.


Muitos se perdem dos princípios lhes ensinados por começar se isolarem do que receberam dos primeiros pais, e depois por deixando de praticar esses princípios os suplantam e substituem por outros estranhos até que aqueles primeiros tenham caídos no esquecimento – esta é uma das fortes estratégias do adversário e do mundanismo contra os valores humanos e inimigos dos princípios e valores bíblicos -.


Os fatos e ensinamentos bíblicos são numerosos e absolutamente significativos e importantes, e deles não devemos esquecer e sobre eles precisamos estar constantemente lembrados, haja vista que são figuras de ensino para todos os homens. Na verdade eles foram escritos para proveito nosso, a fim de que sejamos agradáveis a Deus e vivamos sob a Sua bênção. Quem faz bom proveito dos conselhos da Palavra de Deus se faz agradável a Ele. E uma das formas muito proveitosas de nos manter lembrados e tirar o melhor proveito deles é através do simples método didático da repetição – repetir a sua leitura, repetir a sua prática e repetir a sua reflexão. Todas as vezes que lemos e praticamos, estamos ao tempo que os revemos, alimentando e reacendendo a nossa memória com eles vivos.


Por outro lado, sem que por muitos seja percebido infelizmente a repetição exerce de certa forma engenhosamente didática e imaginativa com a prática da iniqüidade e do pecado, quando cada vez que praticados, mais o praticante vai se tornando perito íntimo e preso a eles e mais vai se fazendo amante afeiçoado deles pela repetição condicionadora que os mantém vivos e alimentados dentro de si e estará sempre diante de suas vistas.


E nestas linhas, um pouco antes de lhes falar mais profundamente sobre o assunto-tema, devo em respeitosa hombridade e cordialidade para com os meus caros e generosos leitores e companheiros me colocar antecipando a lhes dizer algumas coisas um tanto úteis sobre mais dois fatores pertencentes a essas multifacetas do esquecimento e da lembrança - a memória e a imaginação.


Inicio, pois, pelo primeiro fator – a memória -. Tanto a memória como a lembrança são levadas em contas por Deus. Memória e lembrança, apesar de serem um tanto distintas, se interagem e se completam. Ele, como o Deus Eterno, nos recomenda a fazer uso de nossa lembrança e nos determina manter algumas coisas em nossa memória para que na nossa existência elas sejam mantidas como marcos que passam de geração a gerações, bem como outras Ele nos manda, ordena, a que esqueçamo-las. Nem tudo devemos manter no nosso mundo interior para que seja literal e mentalmente “deletado”, a fim de que façamos sempre o possível para não vierem a ser trazidas á nossa memória.


Há coisas que quanto menos delas recorrermos, menos ficam vivas e disponíveis para serem “escaneadas” pela nossa memória e evocadas à nossa lembrança. Deixar alguma coisa no esquecimento significa simplesmente colocar outras em seu lugar. Eis aqui um segredo para o sucesso da obtenção de novos valores. Há coisas e pessoas que jamais devemos substituí-las nem tampouco esquecê-las, principalmente aquelas que se constituem em marcos fortes e referenciais para nós, bem como outras que traduzem algum valor significativo ao nosso ser.


Há pessoas que nos esquecem e existem as que lamentavelmente esquecemos, algumas vezes isto acontece com relativa facilidade e outras em função de fatores alheios ao querer e ao desejo, entretanto existem pessoas que delas jamais podemos esquecê-las por traduzirem um alto valor de importância que somente a eternidade futura vai lhes revelar.


O desejo e o querer podem acionar nossa memória e esta buscar as lembranças. Os sons e as imagens também podem acionar nossa memória e esta nos carregar lembranças das coisas passadas. A memória conserva, portanto, o passado no presente, e no momento em que é acionada, ela vai em busca das impressões guardadas e ainda alimentadas e as repassa em forma de projeção para a lembrança. E neste ponto passamos a reviver mentalmente as coisas passadas.


Outro fator importante nos chama a atenção – a imaginação -. Memória e imaginação também estão de alguma forma ligadas ao esquecimento e à lembrança. A memória evoca o passado existente e a imaginação evoca tanto o passado como o presente e o suposto ou concebível futuro. Esta é também uma área perigosa sobre a qual Deus nos fez fortes recomendações aos nossos antepassados impondo limites, a fim de que nos resguardemos ao utilizá-los para não produzirmos ilusões, enganos, prognósticos e adivinhações – um terreno extremamente perigoso quando se desconhece as suas facetas e realidades!


O perigo iminente que ronda e campana sorrateiramente hostil contra os dons espirituais é o uso da mistura de potenciais e capacidades naturais psicologicamente humanos juntados à memória e à imaginação para produzir impressões aparentemente espetaculares e fantásticas aos homens. Digo afirmativa e declaradamente que isto em nada tem relação com sinais, maravilhas e milagres produzidos pelo Espírito de Deus. Essa mistura se faz funesta e diabólica que sempre é acionada nas prognosticações e adivinhações para lograr algum êxito na tentativa de imitar os dons do Espírito e de causar deméritos e menosprezo às coisas de Deus, enaltecer a força diabólica e egocentrar e iludir os homens.


Grupos numerosos de pessoas arrastam-se iludidas e enganadas por manifestações místicas e psicológicas produzidas pela memória e imaginação puramente humanas e influenciadas e manipuladas por vontades particulares que em nada produzem nas suas vidas espirituais, a não ser o grande abismo da confusão. Jamais devemos esquecer que as coisas de Deus não se resumem a “sentimentos e emoções confinados” e não redundam em um momento transitório sem finalidade divina – elas nos seguem impressas por toda a nossa existência para servirem de testemunhos e possuem propósitos a fim de que nunca venhamos esquecê-las.


E para sermos fiéis e leais ao Senhor e nEle sermos verdadeiros, temos que dedicar nossas capacidades de memória e imaginação por amor inteiramente ao Seus bom serviço e graciosa vontade para que sejam rendidas glórias ao Deus Eterno e Senhor de todas as coisas em nossas vidas.


Cada vez que entristecemos, apagamos e extinguimos as ações e manifestações reais do Espírito de Deus, estamos cooperando incidentemente para que alguma outra coisa se fortaleça e se levante no mundo espiritual para guiar os homens nas vias do engano e das ilusões subjetivas. É preciso que tenhamos e mantenhamos o íntimo relacionamento com o Espírito Santo para não produzirmos e evocarmos coisas de nossa própria imaginação, e sermos tão somente instrumentos, vasos, portadores da multiforme manifestação do poder de Deus através de nossas vidas.


Deus usa a nossa memória e a nossa imaginação! Isto é uma coisa extraordinária – somos limitados física e experimentalmente e restritos potencialmente em relação aos elementos do universo, todavia Deus usa a nossa memória para lembrar das coisas remotas e passadas, a fim de que cuidando de nossas vidas nos ensine fazendo lembrar para que nos tornemos mais sábios, e usa a nossa imaginação para alcançar realidades e verdades do mundo bíblico e do espiritual, inventar, criar e transformar coisas possíveis com elementos existentes -. Aleluia!


Nossas memória e imaginação são realmente um conjunto extraordinário, e Deus conta com as nossas capacidades de memória e lembrança para amá-lO, obedecê-lO e servi-lO melhor. Bem como Ele nos concede a capacidade de imaginação para proteger nossas vidas e ambientes, através das coisas que inventamos, idealizamos, criamos e transformamos para fazer possíveis e acessíveis ao uso do homem.


Digo capacidades de memória porque o nosso Bondoso Deus nos dotou de algumas delas: capacidade de fixar e conservar as impressões que recebemos do mundo externo; capacidade de evocar e reproduzir as impressões já fixadas dentro de nós; capacidade de reconhecer as impressões reproduzidas dentro de nós; capacidade de localizar no tempo e no espaço as impressões reproduzidas e reconhecidas existentes no nosso mundo interior. Memorizar é reter, gravar, guardar e registrar na memória. Através da memória revemos e revivemos o passado e através da imaginação formamos impressões tanto do passado como do futuro.


Imaginar é a capacidade de produzir impressões e figuras de imagem em nosso mundo mental. A imaginação tem a capacidade de poder expressar-se em várias e diversas maneiras. Não é pecado utilizar a capacidade de imaginação. Temos que estar conscientes e sabermos em quais coisas devemos empregar essa capacidade, quais coisas podem ou devem ocupar espaço em nossas memória e imaginação e como devemos trabalhar com a imaginação, a fim de permanecermos fiéis e verdadeiros no que transmitimos aos homens.


Jamais devemos usar da imaginação para produzir fatos imaginários supostos e mentirosos e com eles transmitir inverdades. Os falsos mestres são excelentes doutores nessa arte de arquitetar e improvisar o engano e com este transmitir as suas enfeitadas mentiras para buscarem méritos e benesses em proveito próprio.


A imaginação pode ser expressa através de parábolas, também através de visualização de representações concretas de coisas acontecidas e, além dessas, através do emprego de figuras de linguagem quando desejamos personificar figuras, metaforizar ou analogizar algo.


A imaginação é um importante recurso do qual se pode lançar mão sempre que for necessário e cabido tal emprego. Dificilmente se consegue ler e explorar os episódios bíblicos sem em pensamentos imaginar segundo experiências pessoais como podem ter sido aqueles lugares, acontecidos aqueles fatos e terem sido aqueles personagens segundo as narrativas e algumas com mais riquezas descritivas fazendo nos possibilitar penetrar com nossa visão moderna no mundo antigo.


No ministério da Palavra a memória e a imaginação possuem juntas certamente um lugar especial, e o Senhor usa tanto uma como a outra para a Sua obra, entretanto nenhuma delas tem o mérito de assentar-se em lugar de primazia na pregação e no ensino cristão. Não são elas as peças-chaves que movem a pregação, apesar de serem potenciais extremamente úteis. Não são elas as detentoras de aplausos. Retribuir todos os créditos e méritos à memória e a imaginação é fazermo-nos por demais pretensiosos em tentar, implícita ou explicitamente, anular as revelações de Deus.


O esquecimento e a confusão entre o presente e o passado podem conjuntamente desmontar e desarmar o potencial e a integridade psicológica do homem. Isto também pode se constituir em sinais e sintomas de comprometimento de nossa memória. E para manter nossas lembranças e cuidar bem de nossa memória é preciso exercitá-la diariamente.


Esquecer não é uma atitude tão fácil. Nem tudo que se deixa para trás fica-se esquecido. Gostaríamos efetivamente de esquecer muitas coisas que ficaram para trás de uma só vez, mas a inspiração do Espírito de Deus ao apóstolo Paulo fê-lo escrever aos filipenses utilizando o verbo esquecer no gerúndio “esquecendo” (uma ação contínua, sempre em movimento de continuidade) quando escreveu: “esquecendo-me as coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo...”. Prosseguimos para o alvo praticando continuativamente o esquecimento das coisas que para trás ficam, ou seja, à medida que prosseguimos para o alvo vamos ter também que nos manter esquecendo continuamente das coisas que ficam para trás.


Deixar para trás requer certa medida de esforço, empenho e coragem para com as coisas que ficam e de expectativa para as coisas que vêm pela nossa frente, a fim de que nossa caminhada prossiga continuamente para o alvo e nos faça alcançar o prêmio que a nós está proposto. Há coisas que devemos esquecê-las e deixá-las a fim de que para trás real e verdadeiramente fiquem e não venham nos acompanhar e servirem de embaraço à nossa caminhada, e existem coisas que devemos nos manter alertas nelas para que nos sirvam de referências para prosseguir seguramente na nossa caminhada.


Quantas pessoas ainda carregam consigo coisas mal-resolvidas e pendentes que lhes laçaram e garraram-nas no passado e elas sofrem as constantes e freqüentes cobranças e inquietações por não se empenharem em dar-lhes o seu tratamento devido para depois disto esquecê-las e deixá-las de fato para trás. Permanecem trazendo-as à memória repetidamente vezes por outras, fazendo com isto que caminhem travadas lentamente e sua jornada seja feita sob agruras e incapacidades e inferioridades, pior seja as das imaginárias temeridades.
Por isso, e para não voltarmos constante e forçosamente ao passado que tanto queremos esquecer, é que temos que dar o devido tratamento para as coisas a fim de que elas não permaneçam mal-resolvidas nas nossas lembranças e nos nossos caminhos.


De certa maneira existe uma tendência acentuada nas pessoas em se lembrarem dos outros quando estão atravessando um vale de sombras, principalmente quando se encontram niveladas na mesma situação tenebrosa deles, entretanto quando se tornam a estar no monte de orvalhos, também se torna fácil esquecerem-se dos outros que em algum dia estiveram compartilhando da mesma ardorosa ocasião com eles. Melhor é lembrar-se tarde do que nunca – que nossos olhos de memória não se esqueçam de visualizar por este instante o copeiro-mor de faraó, amigo de prisão do jovem hebreu José no Egito – que lembrou-se tarde porém lembrou.


Existem os que se esquecem de nós, todavia também existem os que de nós se lembram carinhosa e afetuosamente com suas entranhas em quais sejam as situações e circunstâncias que se encontrem. Que diga isto a misericordiosa resposta do Senhor Jesus ao profundo e ansioso rogo de um dos malfeitores crucificados em situação terminal ao lado do Senhor Jesus na cruz, para que fosse lembrado por Jesus Cristo quando Este entrasse no Seu reino.


Qualquer um de nós gostamos de ser lembrados para ocasiões especiais e por pessoas para nós também especiais, e quantas vezes ouvimos de pessoas nos rogarem como fez aquele José na casa da prisão egípcia, nos rogarem que não sejam esquecidas por nós quando os ventos estiverem soprando favoráveis a nós que podemos fazer alguma coisa por elas em cooperarmos graciosa e generosamente com elas e fazemo-nos estar esquecidos.


Uma entre as multifacetas do esquecimento que se nos mostra em algum instante da vida é a de que o tempo da dificuldade e da escassez pode nos fazer esquecer do tempo da fartura. E por outro lado as coisas boas que nos acontecem, através delas Deus nos faz esquecer de dificuldades e em algumas vezes nos esquecemos brutalmente de pessoas e até do próprio Deus que no-las concedeu para satisfação e consolo. Por isso seja preciso discernir que é melhor que estejamos contentes com a nossa porção acostumada para que não venhamos nos afastar, murmurar e esquecer-se de Deus.


É tenebrosa a conseqüência que vai sobre aqueles que se esquecem de Deus.
De uma coisa a Palavra de Deus nos alerta – “...todas as gentes que se esquecem de Deus serão lançadas no inferno” -. Não esquecer dos favores que nos são prestados e nos lembrarmos daqueles seus agentes que generosamente nos fazem é certamente uma atitude louvável e apreciável de gratidão. Podemos nos lembrar de quem quer que seja que nos haja prestado favores, todavia acima de qualquer um desses, devemos nos manter lembrados dos de Deus e de que Ele é o que rege e move todas as coisas.


E uma das coisas que extremamente nos sensibiliza é o fato de que o Deus Criador se lembra de nós e se compadece do nosso estado e condição; se sensibiliza, olha de Seu majestoso trono de glória e inclina os Seus ouvidos para as nossas orações. Por que, então, nos faria a nós mesmos estarmos esquecidos de dEle? Como nos poríamos no meio e nivelados às gentes que jamais se esquecem de pessoas importantes e expressivas e com facilidade extrema em contrapartida também nunca se lembram de Deus?


É naturalmente compreensível que uma pessoa não nos tenha em suas lembranças em virtude das muitas mais significativas que lhe circundam e de tantas outras que lhe sejam mais diretas. Isto é natural e aceitável, e devemos ser inteiramente amadurecidos para entender isto sem qualquer dificuldade. Os pequenos com freqüência conseguem com relativa facilidade se lembrar dos grandes, porém dificilmente estes lembram-se daqueles. Esquecer-se de Deus é o passo mais insensível, fatal e direto no caminho escuro que conduz à descida final ao inferno.


Meus senhores, em algumas vezes e para algumas coisas, precisamos compreender que se é mais equilibradamente vantajoso o estarmos esquecidos em alguns corações e lugares para que ao mesmo tempo permaneçamos vivamente lembrados no Reino de Deus.
PbGS

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