segunda-feira, 19 de novembro de 2012
SOBRE A TRIBUNA SAGRADA.
Uma palavra sobre a tribuna sagrada.
Franqueza, não indelicadeza.
Na Terra existem
muitos locais importantes, cada um com o seu merecido valor, mas não se deve
igualá-los a um mesmo nível. É preciso saber aplicar o senso de distinção sobre
cada fator referente a cada um deles. Cada um com suas naturezas e características
próprias, assim como com objetivos aos quais são destinados e com as suas
razões de ser e existir.
Dentre esses muitos
locais está separado um que se destaca em si mesmo, em função de suas natureza,
escolha e destinação requererem um tipo de dedicação especial, invulgar e
incomum, tendo em vista os assuntos que lhe ocupam. Esse local se destina em
levar os assuntos da Terra para o Céu, e se dedica em trazer as respostas do
Céu, a fim de instruir e guiar os assuntos dos homens na Terra. Esse local é a
venerada tribuna sagrada. Jamais ela deve se tornar objeto-alvo ou veículo da
confusão.
Neste artigo, pretendo
me ater à tribuna sagrada como um todo abrangido pelo conjunto completo que
envolve pessoas, atitudes e ações em quaisquer espaços do seu local.
Tem sido
notoriamente observado que nos últimos anos, a significância, a natureza e os
propósitos da venerada tribuna sagrada não têm sido bem percebidos e nem
discernidos por algumas mentalidades estranhas. Infelizmente,
embalos de alguns dissabores estranhos tentam forçar influências seculares
sobre a tribuna sagrada, levando esta a descuidar-se do seu zelo, da sua influência e assim passe
a ser como se fosse um local comum e desprezível. Quando nunca foi e não o é.
A tribuna sagrada
jamais deve se revestir com as fantasias de facilitações desonrosas
e desordeiras. A tribuna sagrada nunca deve se dobrar aos degraus da subserviciência
e da desonestidade que campeiam no mundo. A tribuna sagrada jamais deve se colocar atrás das
masmorras do silêncio para evitar tocar em assuntos que passem como desagrado
às vistas de intentos obscuros e desalinhados que a ferem, que a manchem e que
a aviltem. A tribuna sagrada deve manter a sua sobriedade, e exercer o seu
ofício com santidade, tato, sabedoria e inteligência ao tratar de assuntos
delicados e meticulosos.
Por anos e anos, quase
todos os que tomavam assentos ou faziam uso da tribuna sagrada, na sua maioria conheciam
boa parte dos veios da ética, do verdadeiro e desprendido companheirismo, do
bom senso, da equidade e do equilíbrio, pertinentes ao ambiente da tribuna
sagrada. Sou de uma geração na qual sua boa parte recebeu bons valores daqueles
que nos antecederam na tribuna sagrada, e com eles aprendeu a vê-la com um
olhar especial e agregador; um olhar respeitoso entretanto amigo e jubiloso; e um olhar reconhecedor todavia jamais
assombrado ou inferiorizado e nem tampouco intimidado.
Houve tempos nos quais
a tribuna sagrada parece ter sido mais bem vista e mais amplamente respeitada e verdadeiramente
reconhecida. Nesse aludido tempo, os indivíduos aspirantes aos nobres assentos
da venerada tribuna sagrada possuíam mais sensatez e zelavam melhor pelo bom
senso a respeito da mesma e de tudo que a ela seja pertinente, assim como o
compromisso de se fazerem bem representá-la para as gerações mais novas. A tribuna sagrada não é um local de ostentação, mas sim de representação responsável e expressiva.
E em face de alguns
detalhes estranhos isolados, começou a tribuna sagrada a não mais ser vista por algumas mentes com o mesmo
respeito herdado daqueles nossos antecessores. E com isso, os seus assentos parecem ter começado a ser minados e infiltrados por mentalidades “amigas”, cujo cerne e cantigas interesseiros
e oportunistas parecem estar desafinados do tom celestial. Os negócios desta vida nos rondaram. Parece que além de ministros e obreiros passamos a ter alguns "artistas".
É preciso que seja percebido
que a tribuna sagrada jamais deve ser um local destinado a promoções de espetáculos e shows.
É preciso que seja distinguido que a tribuna sagrada nunca deve ser um local de
animadores de auditório e nem de palco de apresentações. A presença manifestante da alegria e do júbilo diante
do Senhor é inconfundível e incomparável. É preciso que seja diferenciado que a
tribuna sagrada em tempo algum deve ser servida de plataforma com um palanque
rodeado de assistentes expressivos e de meros espectadores. É preciso que seja
percebido que a tribuna sagrada não é um local pespontado pelas vielas do
carrancismo, das intrigas, das retaliações e nem pelos becos do ressentimento. A tribuna sagrada é inegociável.
Que fazer então para
transmitir aos mais jovens a marca impressa de honradez e coerência jubilosa, a
que faz jus a tribuna sagrada? Que fazer para que as gerações mais jovens
percebam e distingam o respeito a que se deve cultivar para com a tribuna
sagrada?
Em vista de sua
natureza, a tribuna sagrada deve possuir a sua visão voltada para alguns pontos
norteadores.
Em primeiro lugar,
para a sua razão de ser e de existir. A tribuna sagrada é diferente de qualquer
outro setor, quanto a sua subsistência espiritual. Ela não subsiste por si
mesma e jamais deve ser alimentada, regida ou mentoreada por idéias,
idealizações, ou ideais particulares, com o fim de escorrer benefícios estranhamente particulares a grupo de interesse seleto.
E se assim fosse, seu nome certamente seria qualquer outro que tenha alguma
conotação com os trilhos dos interesses de um sindicato humano ou de uma ala de concorrência empresarial. A tribuna sagrada não é formadora de elites, nem de estrelatos. Ela não comunga com o espírito de elitizações. Ela ensina, prepara e aperfeiçoa servos para o serviço do Senhor Jesus.
A tribuna sagrada tem
a natureza espiritual e existe a serviço do Evangelho da graça de Deus. Sua
razão de ser consiste e concentra-se na sua natureza espiritual entrelaçada com
o seu papel na sublime missão celestial.
Em segundo, para o seu
procedimento. A tribuna sagrada deve proceder toda a sua atuação com zelo e
diligência no que tange às ministrações e à adoração. Ela é co-responsável
direta e com peso maior sobre todo “fogo e incenso” que ocupem o seu local e o
seu tempo na pregação, na ministração de ensinamentos e no serviço da adoração.
Jamais a tribuna sagrada deve se sentir coagida ou intimidada por elementos
estranhos à sua natureza, à suas razões de ser e de existir. Nunca a tribuna
sagrada deve se sentir na obrigação de abrir mão ou abrir espaços para ceder
lugar a imposições, a sensacionalismos e a elementos coercitivos ou alheios aos seus
perfil e procedimentos.
Além desses, para os
seus propósitos. Lembro-me de recentemente ter ouvido um jovem obreiro orar em
favor do pregador, e logo após aquela oração ele ter pedido a atenção do público
para contar uma paródia de mau gosto, cujo intuito revanchista direcionava-se
contra o nobre e sublime trabalho daquele pregador que pelo seu trabalho entendemos ser eficiente e eficaz. A
tribuna sagrada se destina a assuntos nobres e sublimes. Ela jamais deve ser
usada para emitir deboches, paródias, piadas, desabafos, deixas acusatórias, ilustrações
deselegantes ou incoerentes, que ferem diretamente a sua natureza e propósitos,
assim como a indivíduos e a cultura local.
E, por fim, para os
seus porte e procedimentos. Pelo seu posicionamento, a tribuna sagrada é
notavelmente visada. E o comportamento em seu local deve ser auto-policiado por
todos que a ela acessam e que nela tomam parte efetiva. Um dos maiores
desrespeitos e indelicadezas silenciosos para com o local da tribuna sagrada
reside nos gestos e posturas incompatíveis de quem a acessa ou dela toma parte.
Nos últimos anos,
notoriamente permeia o desconhecimento sobre como proceder compativelmente com a
tribuna sagrada. Promoções em larga escala ofertam o desrespeito e o descaso para com a tribuna sagrada. Permissões parecem ceder que seus assentos sejam acessados por elementos e assuntos cujos fins
articulam e consolidam interesses pretextos.
Mas que pena nos causa
a questionar sobre o que parece algumas mentalidades estarem tentando fazer da tribuna sagrada. Por onde andam os
doutrinadores destemidos e determinados a ensinar as gerações mais novas quanto
aos trâmites, significados e importância da tribuna sagrada? Por onde andam os
mestres comprometidos com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus a
prepararem e equiparem as gerações mais novas a fim de manterem o mesmo fogo aceso no
altar que recebemos de nossos pais na fé e contribuírem para que as chamas permaneçam ardendo continuamente sem se
apagar?
PbGS
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