domingo, 3 de março de 2013
RESIGNAÇÃO.
Resignação.
Uma virtude cristã
recompensada.
Uma atitude quase odiada na Terra, porém sobremaneira amada no
Céu é a resignação. Num tempo em que essa virtude parece estar sendo
desprezada, e por vezes atropelada, a resignação é o tema sobre o qual este
artigo pretende trazer.
Segundo os melhores dicionários, a ação de RESIGNAR-SE significa
renunciar, aceitar, conformar-se com algo, ser paciente, suportar coisas com
paciência. Ser resignado não é uma postura tão fácil. É tão difícil quanto
pouco compreendida e assimilada ela é. Resignação não se é imposta ou cobrada,
mas assumida. Resignação é uma questão que envolve sensos, consciência e
disciplina. Quem desconhece a virtude da resignação, também ignora a arte de
medir e os resultados do mensurar.
Resignação não é sinônimo de tolice, nem de medo e nem de
covardia. Resignação é uma virtude cristã. Onde mora a resignação, aí é mais
certo que seja confortável residir também juntas com ela a prudência, o
discernimento, a previdência, a sobriedade e a vigilância.
Exigir resignação por parte de outros é uma ação que quase
sempre se vê. É mais fácil exigir do que aceitar a resignação. Lideranças em
todos os setores colocam em prática alguns mecanismos e métodos de liderança,
com o fito de obter obediência, de conseguir anseios e alvos, de diminuir
resistências ou minimizar choques e crises. Atos de falsa resignação nunca
recebeu sinete de legitimidade.
Liderados percebem e identificam pontos de estratégias sendo
empregados para colher de si sucessos em cima de suas ações de resignação.
Tanto lideres como liderados encontram dificuldade em lidar e exercer com
resignação. Uns estribam-se em deveres e outros respaldam-se em direitos,
quanto ao exercício da resignação.
Onde imperam a desconsideração, a hostilidade, a brutalidade, a
ignorância, a arrogância, o desrespeito e a soberba, não se ambientaliza a
essência e nem o perfume da resignação. Nesses ambientes até mesmo os
mecanismos coercitivos e restritivos não são correspondidos com presteza,
qualidade, lealdade e fidelidade.
Está no íntimo das pessoas a repulsa e a abstinência de
resignação. E a cada tempo que passa, a atitude de resignação caminha solitária
numa via só e de mão única. Por ausência de resignação, pessoas perdem o senso
do exame de valores sobre o que precisam e se lançam afoitas e ambiciosas ao
que para satisfação de deleites ou autoafirmação querem e desejam.
Em consequência da perda da resignação, pessoas estão
conseguindo o que primordialmente não necessitam, e arriscando-se
desajuizadamente no que elas mesmas não estão ao menos preparadas para
suportar. Para essas pessoas, o perigo das decepções e das frustrações lhes
batem às portas tão logo o brilho do que querer e do desejo se apague ou seja
extinguido por outros quereres e desejos.
Resignação é coisa do Céu. Resignação é coisa ensinada e
requerida pelo Pai, exemplificada pelo Filho e ministrada pelo Espírito Santo.
Para o Mundo e para os avessos à fé cristã, a resignação é humilhante,
desprezível e vil. E quantas vezes foi equivocadamente vista como loucura.
Resignação exige confiança, fé, convicções e segurança. Dúbios e vacilantes
encontram dificuldades para com a resignação. E resignados desconhecem as águas
da dubiedade e os ventos da vacilação.
A resignação é uma atitude nos exigida para o nosso cotidiano.
Resignação é deixar a glória, o trono e os privilégios em prol de resgatar uma
causa, a fim de depois tornar a reavê-los sendo e cumprindo o melhor dos
melhores. Resignação leva a descer, todavia com mais brilho refulgente faz
subir. A resignação não se perde, não passa despercebida e nem deixa de receber
a sua devida recompensa aos olhos do Eterno Deus. Na fé cristã, a resignação não se torna cativa e aprisionada
num túmulo. Resignação sofre e se sacrifica na Terra para ser exaltada e
coroada no Céu.
Que nenhum de nós venha cair na tolice de acreditar que a
posição que ocupamos possui a autoridade para impor ou cobrar resignação de
alguém. Isso é um falso e equivocado pensamento. Que nenhum de nós venha ser
alvejado pela idéia obscura de que estivéssemos livres e imunes da resignação
em nós mesmos. Quanta gente por não haver percebido e reconhecido os momentos
de assumir a resignação, hoje estão impedidas, na alma ou no corpo, de
desfrutar da vida dentro da normalidade e do prazer que ela oferece e dos bons
e felizes momentos que ela oferta?
Resignação não é assunto vivido para uns e apenas tópicos de
comentários para outros. Resignação vem e se apresenta para todos. Assume quem é
sensato e ajuíza o seu momento e percebe confiantemente as suas recompensas.
PbGS
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