quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
PROSPERIDADE MATERIAL
Prosperidade material.
Perigos que poucos enxergam.
Estamos nos dias de intensa busca por prosperidade material. Os
medos, a instabilidade e os riscos das escassezes estão fomentando a
canalização de esforços na procura acirrada em direção a conceitos, métodos e
princípios que instruam ao alcance de prosperidade material segundo a visão
humana.
As influências nutridas pelas correntes de pensamentos
materialistas estão engodando e bombardeando não poucos corações.
Justificativas já sentam nas poltronas com nada mais do que argumentos
requintados pelo toque da inteligência humana aplicada à ganância insana e à
insatisfação soberba e ansiosa. E em meio a essa guerra de confusões, os
diversos questionamentos eclodem buscando respostas seguras e consistentes.
Desejos ávidos, contrastantes e conflitantes com a Palavra de
Deus tentam por em práticas habilidades equilibristas a fim de se sustentarem
de pé. Algumas mentes objetivam os seus deleites próprios, e para buscar
respaldo que se aplaque as suas consciências, tentam usar o texto bíblico a fim
de ocultarem os seus reais interesses. Na verdade algumas pessoas o mais que
desejam é entesourarem garantias através de bens terrenos para si mesmas, para
suas famílias e parentela, muito embora não o confessem abertamente.
Nos seus conceitos basilares, prosperidade significa ter progresso, ter bons resultados, ter
desenvolvimento com êxito. No conceito bíblico veterotestamentário, a palavra prosperidade traduz a hebraica “tsalach”
ou “tsaleach”,
do texto original. E significa basicamente impulsionar para frente, ir adiante,
ultrapassar, vencer, fazer ser proveitoso, útil, lucrativo, vantajoso,
abundante, ter sucesso e vitória.
No sentido bíblico neotestamentário, a palavra prosperidade traduz a “euporia”
e a “euodóo”,
do texto original grego. E significa facilidade, fecundidade e plenitude de
bens e riquezas.
A Bíblia Sagrada é favorável à prosperidade. E do ponto-de-vista
bíblico, prosperidade não é fruto de mágicas, de surgimentos relâmpagos e
momentâneos. Prosperidade é fruto de trabalho consistente e capaz, somado com esforços, inteligência,
empreendimento, coragem, determinação e oportunidades. Tanto religiosos como
irreligiosos podem prosperar na ordem natural das coisas.
A verdadeira prosperidade consiste em estar sob a bênção e o
favor do Senhor Deus. Ele é quem faz prosperar. O Senhor Deus é a Fonte da prosperidade. Sem a bênção e o favor de Deus, prosperidade material é apenas um ajuntamento de bens, cujo peso é somado a medos e riscos. Deus faz alguém prosperar, ir bem, ter
sucesso, ser bem-sucedido, em qualquer lugar ou circunstâncias. E isto não se
resume em apenas algo traduzido em bens e patrimônios físicos. Toda
prosperidade traz consigo as suas responsabilidades.
É larga a possibilidade de um coração vir a ser inebriado e
embriagado pela prosperidade material, e com isso se tornar irresponsável
consigo, com outros, com o meio e com o tempo. Existem os perigos da
prosperidade material, e muitos não os percebem.
1 – Esquecer-se do Senhor.
Dt 6.10-12. Esse é um dos perigos fatais. Esquecer-se de Deus é se fazer
candidato a ser lançado no inferno. Sl 9.17. A prosperidade material pode
conduzir um coração à ilusão de viver regaladamente estribado em sua
independência de Deus. Ela causa forte e tamanha dificuldade para se crer na
soberania do Senhor Deus e reconhecê-lo como o Todo-poderoso que Ele é. Tanto a
abundância como a escassez de prosperidade material podem levar uma pessoa a
esquecer-se de Deus.
2 – Revolta contra Deus.
Dt 32.15. Esse é outro perigo da prosperidade material. A abundância de
prosperidade material certamente conduz à saciedade. E uma vez vivendo no
costume da saciedade, aparece ao coração a tentação para a rebeldia, para a
revolta. Lamentavelmente essa tem sido a realidade de não poucos que atingem a
abundância de prosperidade material. Ao momento que estão gordos e fartos,
passam a dar pontapés e coices no Abençoador. Alguns abandonam lentamente e
outros estrategicamente rejeitam a Deus. Tanto a abundância excessiva quanto a
escassez ferrenha podem levar um coração a se revoltar contra Deus.
3 – Perdição. Pv
1.31-32. Além dos anteriores, mais esse perigo da prosperidade material ronda
os corações. Não tem sido distante o histórico de perdidos em conseqüência da
prosperidade material. A diferença é que alguns mergulham declarativamente na
perdição e se evadem e distanciam de Deus, enquanto outros levam a vida fazendo
meia pausa entre o ora estar longe e ora tentar passar uma fachada de que está
perto do Senhor. Salvo exceções conhecidas e comprovadas, aparecem perdidos
fora e perdidos dentro dos arraiais do Senhor.
4 – Negação de Deus.
Pv 30.9. Ainda outro perigo da prosperidade material é o da negação a Deus.
Aqui está um dos mais enganosos perigos, posto que ele não chega de repente. A
negação a Deus inicia-se num caminho com passadas que dão acesso à ante-sala
dos questionamentos até chegar ao cômodo final no qual as respostas deságuam na
conclusão de que não seria mais necessário o servir a Deus e nem O
reconhecê-lo.
5 – Desvio da fé. 2Tm
6.10. Por fim, surge outro perigo da prosperidade material. Não poucos são os
defensores da prosperidade material. Um disfarce para amparar a cobiça e a
ganância é tentar incutir nas mentes a obrigatoriedade de adquirir prosperidade
material por qualquer e todos os meios, não sendo levado em contas qual sejam
eles. O desejo pelas riquezas é uma armadilha com paredes de prata e portal de
ouro. De fora não se consegue perceber os tormentos e sofrimentos que estão
dentro dela. E o perigo se torna mais claro depois que nela já caiu, restando
os últimos passos para o desvio da fé. Nem sempre os que desejam prosperidade
material percebem que esse desejo na verdade é uma paixão e logo em breve se
transformará em amor ao dinheiro.
Assim sendo, fica de bom proveito perceber e refletir melhor no
que registrou o sábio Salomão nas fases de sua vida de experiências. Jamais
seria dispensável o olhar para as experiências vividas por Moisés e pelo povo
de Deus durante a caminha no deserto em direção a Canaã. Não se pode esquecer e
deixar passar os dias vividos por José na terra do Egito. Seria de bom alvitre
tomar algum tempo para meditar no que Asafe expressou em dois dos salmos
escritos por ele. Salmos 73 e 74.
Não seria demais dirigir-se a refletir nos escritos do apóstolo
Paulo quanto a convivência e administração de prosperidade material.
Finalmente, jamais podemos desprezar as palavras do Senhor Jesus, o Filho de
Deus, a respeito dos perigos da prosperidade material. Quanta gente abaixa a
cabeça e literalmente sai da cena quando é confrontada com a exigência da
tomada de decisão em servir a um só senhor. Prosperidade material quando não
está a dispor dos propósitos de Deus, é semelhante a um animal bravo e
descontrolado, cujas rédeas se perdem do controle daquele que o possui.
PbGS
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