quinta-feira, 2 de maio de 2013
OBEDIÊNCIA: bênção para servir.
OBEDIÊNCIA: uma
bênção para servir.
Não transforme
obediência em obrigação fria.
“Serviremos ao Senhor, o
nosso Deus, e lhe obedeceremos.” Essa foi a expressão que o povo hebreu
disse a Josué por ocasião do pacto da renovação de sua aliança com Deus quando em Siquém. Js 24.24.
Servir e obedecer. Serviço e obediência. Das duas palavras de
ação, começo por dizer que o foco temático deste texto está concentrado na
segunda expressão – obedecer.
Obedecer é uma ação que está intimamente ligada ao ouvir, ao atentar
para, ao atender, ao seguir ou se submeter à vontade de outrem. Obedecer está
ligada a palavras e a exemplos. Obediência inspira, influencia e promove mais o
valor e a importância de obedecer. Obediência envolve raciocínio, inteligência,
temor, respeito, conhecimento e lucidez.
Quando o ato de obedecer se faz cego, frio e insensível, então
deixa de ser propriamente obediência e passa a trilhar o perigoso caminho do
fanatismo, da loucura, da insensatez e da intolerância. Por outro lado, forças
estranhas tem intentado por várias estratégias se infiltrarem no seio dos
filhos do Reino para lhes fazer distanciados, distraídos e ocupados do seu foco
de obediência a Deus como preconiza a Sua Palavra. Alguém quer por todo custo
nos fazer que sejamos apenas obedientes a Deus subjetivamente, de forma
estática e contemplativa, numa cultura que se mova apenas represada num mundo
imaginário, sem ações respondentes para o enfrentamento objetivo diante das
situações do meio exterior.
Obedecer é uma atitude que se exterioriza no comportamento. Obediência
possui os seus dois lados. Além de ter o seu ambiente subjetivo, ela se
manifesta no mundo objetivo. Não existe obediência restrita e resumida ao mundo
subjetivo. Obediência resulta em frutos palpáveis, observáveis e avaliáveis. A
obediência não se contenta, não se satisfaz e não se restringe no mundo de
imaginações. Quem obedece atenta ao que ouve e é impelido para o agir.
Não há como existir obediência apenas na imaginação. A
obediência do homem interior se exterioriza de alguma maneira no seu exterior,
na sua vontade e esforços de buscar se fazer melhor e mais correto no seu
obedecer. Quer seja uma demonstração de obediência integral ou quer seja a
manifestação de atos de obediência parcial. Quer seja um obedecer por certo
tempo, quer seja o engajamento em uma obediência levada a sério com primazia,
prioridade e reverência por toda a vida, mas de alguma forma essa obediência vem a lume.
Na nossa vontade e esforços para obedecer ao Senhor, e na busca
de nos fazermos melhor e mais aperfeiçoados na obediência somos ajudados pelo
Espírito Santo. O Espírito Santo está dentro de nós e também conosco. Jô 14.17.
E no empreendimento de obedecer aos princípios de Deus como Seus filhos que
somos por adoção, Ele nos ensina, nos instrui e nos adestra através das
experiências que passamos.
Obediência é um princípio estabelecido por Deus para todas as
coisas. Apesar da obediência exigir sacrifício, ela é melhor do que
sacrifícios. É possível a uma pessoa demonstrar ações de sacrifícios e dentro
dela mesma tais ações apenas serem movidas por costumes habituais frios,
robóticos e mecânicos. Ou até mesmo sob a visão de interesses ocultos.
Obediência não é exigência exclusiva imposta a umas pessoas e a
outras não. Obedecer não é isenta para uns e esteja obrigada para outros. É
muito possível a uma pessoa conduzir seus vícios habituais como se estes fossem
atos responsivos de obediência. É muito possível e até mais fácil impor e
exigir obediência de outros do que propriamente de si mesmo oferecer liberal e
voluntariamente exemplos de obediência individual que inspirem e promovam a
consolidação da obediência mútua e coletiva.
Obedecer é uma ação bem definida. Ou se obedece ou se é
desobediente. A obediência não deve ser apenas de palavras, nem tampouco
somente de ações. A nobreza da obediência não está apenas no falar ou no cumprir
em fazer algo simplesmente, mas também na maneira como se enxerga e se entrega
a realiza-lo. Segundo as Escrituras, torna-se passivo de desprezo um ato de
obediência desprovido da demonstração de fervor genuíno e sincero com a devida
propriedade visível no reconhecimento de fazê-lo.
O vocábulo obediência e seus sinônimos ou derivados
aparecem na Bíblia Sagrada mais de 150 vezes. O Senhor Jesus, o Filho de Deus,
é o maior exemplo de obediência. Obediência humilde e submissa mas com poder e
autoridade. Obediência quase incompreendida mas com honestidade e sobriedade.
Obediência odiada mas com sabedoria e simplicidade. Obediência é o oposto da
arrogância, da soberba e da altivez. Não poucas pessoas encontram sérias
dificuldades para obedeceram.
A vida cristã ganha vivência e experiência nas trilhas da
obediência ao Senhor Deus e da disciplina ensinada na Sua Palavra. Quando um ambiente se reveste da obediência hipócrita, apenas aparente, deixa então de ser saudável e passa a ser doentio. Pior se torna quando isso é por parte daqueles que lideram nele ou o representam, por ele respondem. Torna-se então em palco de exemplos "finos", "cultos" e "politizados" da desobediência.
Obediência por deveres e obrigações impostos é uma pobreza
mesquinha que contenta e satisfaz apenas e somente as mesas do mundo dos
homens. A obediência por deveres e obrigações pode iludir as melhores e mais
poderosas das vistas humanas. Esse tipo de obediência tem arrastado muitas pessoas
à perda da melhor fragrância do que já foram e lhes roubado a melhor essência do
que já possuíram. Afinal, desde a queda dos nossos primeiros pais no jardim do
Éden em conseqüência da desobediência, o homem vem sendo diuturnamente enganado e morto pelo desejo curioso dos olhos.
Obedecer não é uma palavra obsoleta, esquecida, ou de somenos
importância. Querer servir a Deus sem obediência é enganar a si mesmo com
migalhas da vil parcialidade “achista”. No servir a Deus, o “achismo” e as
opiniões próprias e particulares isoladas não possuem vez conjunta. Embora da
obediência tenha sido um tanto ignorada a sua essência, e recebido indevido destrato
e desatenção imerecida a ela. Nenhum de nós seria suficientemente capaz de
mensurar ou avaliar integralmente e como merece a obediência de outrem.
Ao longo da história, para alguns líderes tem sido muito mais
fácil julgar e enquadrar liderados, e exarar deferimento de “santa condenação” sobre
atos insatisfatórios destes segundo a visão que aqueles possuem e nutrem, do
que propriamente investir e persistir em instruções e resgates para tornar seus
liderados mais sóbrios, conscientes e aperfeiçoados na caminhada de obediência.
Em questão de obediência, o ponto forte e referencial são as Escrituras e o
ponto apurador está exclusivamente na mão do nosso Bom e Eterno Senhor.
Definitivamente é um grande prejuízo na vida para uma pessoa que
leva seus anos na vida cristã literalmente empurrando seus dias arrastados
debaixo das rédeas de uma obediência parcial, movida apenas pela força dos
deveres e obrigações religiosos ou eclesiásticos. Por conseqüência desse tipo
de obediência, líderes e ministérios cristãos correm os sérios riscos de, mesmo
não confessando com palavras, seus ambientes se fazerem afastados do Caminho,
se desolarem da essência de igreja de Cristo, perderem a natureza de Reino e
ganharem a égide pujante de impérios. Assumindo apenas configurações rotuladas
tentando levantar totens e sustentar uma flâmula social-religiosa, agregadora e
vinculativa, que segundo suas vistas acreditam ser o Evangelho da graça de
Deus.
Não há como servir a Deus sem que haja vontade e esforço
palpável e visível para obedecê-lo. No Reino de Deus, não há como se manter uma
obediência imaginária, estática e contemplativa. Para ser sal da Terra e luz do
Mundo e se manter fiel, firme e consistente nas tarefas da missão do Evangelho
é preciso obedecer ao Senhor Deus como diz a Sua Palavra.
Alguém valoriza a obediência ensinada na Palavra de Deus ao
passo que também enxerga essa obediência em outros que estão vivendo e
exemplificando a importância da mesma. É falsa e falaciosa uma demonstração de
obediência no estilo farisaico e impositivo, ditatorial, dominador. Ao passo
que alguém vê os frutos e bênçãos da obediência livre e voluntária em outrem,
também este é inspirado, influenciado e desejoso a também da mesma forma
obedecer como aquele que o levou e o mostrou vivencialmente ao caminho da
obediência livre e voluntária. Obediência aparente, obrigada, recheada de “achismos”
e de opiniões sem apoio bíblico, é apenas hipocrisia. E a pior dela é a
hipocrisia cultivada em corações influentes e expressivos no santuário.
PbGS
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