segunda-feira, 10 de março de 2014
PARRICIDAS E MATRICIDAS HOJE
PARRICIDAS E
MATRICIDAS
Gente que mata dentro de
casa...
Duas palavras que apesar de não estarem em evidência na pronunciação
neste tempo e estarem longe do vocabulário dos círculos de conversas, estão em plena
prática nestes dias – parricidas e matricidas. Gente que mata dentro de casa.
Gente incauta que estraga e corta os seus dias de vida entre os homens. Gente
que perde o melhor do mel por cedo se lambuzar no amargo do fel.
Parricida é o termo empregado para conceituar o indivíduo que
comete o assassinato do pai. Matricida é a palavra que denomina o indivíduo que
comete homicídio contra a sua própria mãe. Esses dois termos aparecem
associados na Bíblia Sagrada. 1Tm 1.9.
Assassinar é o verbo terrível da crueldade. Está ligado à
palavra homicida. E o primeiro homicídio está registrado na Bíblia Sagrada ao
se referir ao episódio dos dois irmãos Caim e Abel. Caim entrou para a história
com um horrendo legado – o de homicida. O pecado trouxe morte ao homem, e este
vitimado por aquele tem produzido um cenário progressivo de mais mortes em
todas as áreas e em escalas variadas.
Mas uma das piores e mais terríveis e horrorosas experiências da
vida humana é o ter a presença de parricidas e/ou matricidas na convivência de
um ambiente. As reportagens e notícias jornalísticas por mais eficientes que
sejam não alcançam exatamente a seqüência de fatos dessa natureza. Nem sempre os
cursos do parricídio e do matricídio chegam às páginas e na voz da mídia. A
maioria ocorre silenciosamente de portas a dentro.
Parricídios e matricídios estão correndo às soltas e campeando
silenciosamente em uma multidão de lares. Pais e mães sendo assassinados por
seus próprios filhos através de variadas formas e “modus operandus”. Sem armas de fogo e nem armas brancas, o império
do parricídio e do matricídio tem rondado famílias de classes diferentes, e imperceptivelmente
tem engajado pais, mães, filhos e filhas em guerras frias audaciosas que não
vão a lugar digno algum.
Uma guerra injusta, insana, covarde e horripilante, cuja munição
se encaixa em palavras e cujos disparos ocorrem em atitudes e comportamentos.
Filhos que se levantam após outros para se fazerem “mocinhos e mocinhas” malditos
a si mesmos. Uns por imitação, outros por instigação e ainda outros por busca
insana de auto-afirmação. Enfim, a força da influenciação e o ímpeto das
vontades denotados pelo estopim da incentivação nas suas muitas formas.
Em multidão de lares, pais e mães estão sendo arruinados,
aniquilados, ultrajados, física e emocionalmente por seus próprios filhos. Vias
de homicídio trafegadas fria e desajuizadamente por filhos e filhas. Ações que
coadunam-se e se harmonizam diabolicamente numa pauta infernal quase
imperceptível pelos filhos. Parricídio e matricídio têm sido um tipo de
violência sem armamentos ofensivos que nem sempre chegam os seus detalhes à luz
popular.
Neste tempo, o número de filhos assassinando pais e mães
diuturnamente de forma fria e sem uso de violência física tem aumentado. Filhos
que se apresentam como filhos apenas fora das quatro paredes que delimitam seus
lares. Filhos que dentro de suas casas se fazem voluntária e deliberadamente
inimigos ofensivos gratuitos de seus pais. Sem o uso de armas, atiram e tiram e
roubam-lhes a vida e o melhor dela fazendo uso apenas de atitudes e
comportamentos verbalizados ou não.
Filhos que imitam a Caim, e também filhos que andam nos caminhos
de Sansão. Filhos que se identificam com os filhos do sacerdote Eli, e filhos
que seguem os infames passos de Lameque. Gn 4.17-24. Filhos revoltosos que
sorridentes declaram proposições positivas e auspiciosas diante dos pais,
quando na verdade desdenhando estes constroem e cumprem premissas
estarrecedoras e desalentadoras.
Filhos que dos umbrais das portas para dentro provocam opressão
e desassossegos na vida e no mundo de seus pais, e das pedras da calçada para
fora mostram-se em um universo de fantasias carismáticas e pseudo-perfeição
para aceitação e adequação populares. Tempos difíceis e dias trabalhosos nos
quais a inversão de valores está tornando vidas em trapos e lares em farrapos.
E realmente com pesar e voz de lamentos, tem se visto focos
dessa terrível semente daninha entre alguns ambientes dos filhos da casa de
Deus. Como voz de lamentos para pais, ensinadores e mestres, do santuário, alguns
desses filhos assumem microfones em maestria de cânticos, outros abraçam
instrumentos musicais em destreza de execução, outros prelecionam palavras e
conselhos não vividos. Enfim, sem que se perceba eles abrem portas e cedem
lugares ao cetro da hipocrisia comandar o seu viver e alastrar o seu operar.
E o mais trágico é que esses filhos não percebem que estão se
candidatando e sendo manipulados a assentar-se na cadeira dos infortúnios, a
desmaiarem na tenda da infelicidade, se confinarem na caverna dos desesperos, soçobrarem
na lama do caos. Filhos que têm milhares de razões para viverem bem, e
infelizmente trocam por escolher péssimas e horrendas bagatelas de vontades e
ninharias de motivos para vegetarem mal.
Motivos que alimentam a audácia e se afloram na confiança da
idade. Alguns desses filhos perdem-se no terreno do desterro a si mesmos.
Outros, após muitos lamentos, arrependimentos e remorsos caem em si e retornam
para a trilha dos pais que por eles um dia foram feitos vítimas da desafeição
tola e injusta.
Fatores desculposos têm buscado minimizar o impacto de
conseqüências sociais, entretanto o elenco de conceitos tem se mostrado
deficiente ou insatisfatório na resolução eficaz para a diminuição dos índices.
Projetos e iniciativas realmente bons e comprobatoriamente excelentes têm
empreendido esforços elogiáveis, todavia seu espectro ainda não chega aos pés
da convivência pessoal, habitual, conjunta, debaixo do mesmo teto onde habita
socialmente silencioso um numeroso índice de parricidas e matricidas.
Fatores sociais e conceitos filosóficos têm sido usados pelos
parricidas e matricidas como formas de se escudarem, se pseudo-defenderem e
protegerem suas vontades e interesses, desconexos com os elencos da vida e com
os contextos dos princípios do lar. Parricidas e matricidas que iniciam suas
carreiras na vida palmilhando as passadas da desconexão e da desafeição.
Parricidas e matricidas. Gente que por si mesma promove ventos
estranhos e concorrem para a inutilização dos pais e para a desintegração de
seu lar. Gente que aplaude pais e mães que não conhece e nem convive no
habitual, e desdenha e subestima os laços consangüíneos do seu próprio lar.
Gente que ilusoriamente enxerga verde a grama apenas no jardim alheio, e não
consegue ver a beleza das flores resultantes do trabalho e dos esforços
empreendidos no seu.
Dia após dia, choros e lamentos vêm a lume. Orações com súplicas
e deprecações têm subido ao Céu. Corações de justos têm se derramado em rogos e
lágrimas na presença do Altíssimo. Decorrentes de pesares causados pelo império
do parricídio e do matricídio. Enquanto o espírito de Isaque está comovendo
muitos Abraão, o espírito de Sansão ainda está fazendo arruaças contra muitos Manoá.
E Deus está dizendo: “...sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá
contas.” Ec 11.9.
Digamos não ao império do parricídio e do matricídio! Digamos
sim para a vida!
Deus seja louvado!
EvGS
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