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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

PREGADORES: Que dizem os homens quem nós somos?

PREGADORES: Que dizem os homens quem nós somos?

A verdadeira identidade de uma pessoa é muito importante para si mesma e para outros. Ter consciência e convicção de nossa própria identidade é a base fundamental que nos confere confiança e certeza de quem somos, de qual é a posição que assumimos, de quais ações devem ser as nossas, bem como de qual é a nossa parte em uma dada empreitada na qual estamos nos dedicando, para a qual fomos destinados e inseridos a cumpri-la e concluí-la – nossa verdadeira identidade pode estar intimamente ligada a esses valores e fatores básicos da vida.


Tudo parece mostrar que estamos vivendo o tempo em que encontramos um considerável número de pessoas ansiosamente buscando e desesperadamente tentando o “querer ser” alguma coisa. Nós, pregadores e ensinadores cristãos, pequenos ou grandes, estamos também encontrando e vendo passarem diante de nossos olhos a grande e montanhosa avalanche de pessoas na corrida do “querer ser” alguma coisa na obra de Deus. Parece que um grande número de pessoas a uma só partida arrancou decidido a chegar a todo custo ao ponto do “querer ser” alguma coisa sem na verdade ter a justa e comedida visão do que seja essa alguma coisa de que tanto se propõe, se destina e se lança a ser.


É sumamente útil primeiro saber com convicção quem somos e quem devemos verdadeiramente ser para poder, então, confiante e seguramente realizar o que fazemos. Quem conhece sua própria identidade tem facilidade de saber a sua história e conceber o que deve realizar e por conseguinte possui a viva certeza de aonde deve chegar. O segredo e a chave para alcançar o fim de nossa jornada concluindo com sucesso e grande êxito a missão e obra a nós confiadas começa por sabermos de fato quem somos. Quando nos falta este item todas as demais coisas tornam-se sombrias e comprometedoramente duvidosas em algum ponto da nossa caminhada ante os confrontos, obstáculos e oposições que se levantem e nos desafiem. Certamente em algum momento de nossa trajetória as adversidades levantarão questionamentos diretos acerca de quem somos e se o que estamos fazendo é o que devemos realizar. Antes de qualquer outra pessoa, nós temos que em nós mesmos estar cônscios e convictos de nossa verdadeira identidade. Quando conhecemos nossa verdadeira identidade, dificilmente somos movidos ou surpreendidos, e temos respostas firmes e seguras aos questionamentos que vierem se lançar sobre nós e sobre nossos ministérios – nosso ministério está intimamente ligado à nossa verdadeira identidade.


As opiniões e conceitos alheios sobre a identidade de alguém podem variar de pessoa para pessoa, haja vista que cada um tem seu mundo e foro íntimo e quase sempre uma forma particularizada de aferir o mundo exterior. Isto é muito natural, pessoal e facilmente compreendido, e por que não dizer que é este o fator que muito aplicamos diante do que vemos, testemunhamos, avaliamos e apreciamos na vida diária. Não são as declarações isoladas de outrem que causam influência em nossa identidade, muito pelo contrário é a nossa identidade que deve exercer forte e real influência sobre as declarações alheias feitas sobre nós e a respeito do que realizamos.


De fato as opiniões e os conceitos que são emitidos sobre nós nem sempre podem revelar a inteireza e integridade definidas de nossa verdadeira identidade.


As opiniões e os conceitos que se dão sobre alguém diferem muito uns dos outros em função de vários fatores referenciais e comparativos existentes ou pré-concebidos que se adquire ao longo do tempo, se possui ou se constata num dado momento.


É mais fácil qualificar alguém do que conceituá-lo e defini-lo. As qualidades são mais visivelmente demonstradas, expressamente notadas e em algum momento claramente reveladas. Pelos frutos conhecemos a árvore - nos ensinou o nosso Mestre Amado Jesus.


A verdadeira identidade de uma pessoa possui propriedade e mais profundidade, e por esta razão somente conseguimos verdadeiramente conhecê-la e satisfatoriamente apreciá-la e sobre a qual afirmar conceitos e opiniões um tanto mais seguros quando efetivamente contamos com dois fatores essenciais para isto - a convivência e a intimidade -, e estes demandam dependentemente de um terceiro adjunto e predominante, o tempo da periodicidade deles. Somente nos é possível com boa medida de segurança afirmar opiniões e conceitos sobre alguém quando com este temos a oportunidade de conviver intensa e interativamente por um período de tempo considerável e suficiente para que em nós sejam construídas e impressas a imagem real do que se nos apresenta. Também temos que saber que não são estritamente os momentos circunstanciais, transitórios e contingenciais que declaram, concluem e encerram definidamente a verdadeira identidade de alguém. Para se conhecer a verdadeira identidade de alguém precisamos ter um pouco mais do que convivência – é preciso além da convivência ter a intimidade. Sem intimidade, tudo que falarmos será e estará sempre aquém ou além do que realmente é ou do que esperamos que seja.


Nem sempre a convivência favorece algum nível de intimidade, haja vista existirem pessoas que conviveram, ou convivem, com outras por tanto tempo sem nunca de fato haverem sido íntimas, nem haverem estabelecido uma plataforma de confiança e cumplicidade que apóie e confira algum grau favorável que firme os altos e preciosos valores da intimidade.


Existe a convivência mantida por formalidades e a convivência estabelecida por laços que superam e transcendem as barreiras do formalismo. A primeira é mantida, alimentada e forçada por fatores superficiais, externos e estranhos cujas raízes podem estar fincadas na busca de conveniências vantajosas, nos interesses individualistas e/ou nas obscuridades do parasitismo calculista. Na convivência mantida por formalidades as partes se vêem de alguma maneira obrigadas, ou sentem a sensação de obrigatoriedade, a estarem juntas. Este tipo de convivência não leva ao conhecimento em potencial da verdadeira identidade de alguém.


A segunda, por ser a mais louvada, a mais trabalhada e compartilhada sob adversidades e a mais buscada, não somente é mantida, mas também estabelecida quase sempre pelo vínculo da voluntariedade sacrificial e da entrega total e vital à consecução ou à manutenção de uma causa mútua. Enquanto a primeira se alimenta da força da necessidade, ou da política amistosa e oportunista, e da respeitabilidade aparente que somente os desafios e a transitoriedade surpreendem-nas, a segunda possui as marcas do sacrifício e do alto preço da resignação expressa, da cordialidade mútua comprovada, da firmeza do comprometimento mesmo sob riscos no calor e nas aflições da jornada. Ela não se coaduna nem se conforma aos arranjos e “jeitinhos” nem ao “jogo de cinturas”.


Olhemos para alguns exemplos deixados para nosso ensino. Um deles é a convivência e intimidade entre Davi e Jônatas, os quais demonstraram saber quem eram, para que foram designados e escolhidos, quais eram as suas posições e ocupações e quais valores reais estavam em evidência – o poder em um trono e um reinado sobre uma nação inteira. Jônatas parecia ter uma boa medida de consciência e conhecimento sobre a verdadeira identidade de Davi e este a daquele. Apesar de possuírem curta periodicidade de convivência, ambos construíram nesta os alicerces e levantaram os patamares sólidos firmados em colunas que favoreceram à intimidade e com isto conhecerem entre si suas verdadeiras identidades. O calor das guerras eventuais e o compartilhamento intenso de seus valores e experiências entre ambos na consecução dos mesmos objetivos sacrificiais debaixo de adversidades e oposições foram o suficiente para a curta, todavia intensa, convivência transcender as barreiras da formalidade e favorecer que fosse estabelecida uma plataforma segura de intimidade de servos de Deus cooperando juntos para a manutenção e a integridade do trono e da nação do povo de Deus. Os valores, o poder e o prestígio que estiveram em evidência não foram causa de compartimentalizar restrições, liberdade de ações e interesses.


Quantas pessoas movem-se, ou são movidas, de obra e missão a elas confiadas pelo Senhor a realizarem e a concluírem. Umas por terem sido incapazes de possuir convicção de suas identidades, outras por terem se feito, ou sido feitas, tolas, infantis, presunçosas, inconseqüentes e imprudentes, presas e vítimas de si mesmas ou das conveniências. Outras por haverem sob dúvidas abafado suas chamadas e vocações ao terem cedido lugar a assumirem cargos e funções alheias à sua missão ligada à sua própria e verdadeira identidade por haverem se esquivado debaixo dos medos, dos receios e da temerosidade. Ainda, outras se perdem por faltar-lhes conhecimento e discernimento e, além dessas, outras por não terem respostas aos questionamentos assediadores vindos das adversidades que lhes confrontam durante os períodos críticos da jornada.


É notório que Davi e Jônatas não apenas se conheciam mas favoreciam a ambos e a outros o serem conhecidos. Quem nunca se deixa ser conhecido nunca revelará sua verdadeira identidade e muito menos nunca possuirá nem construirá intimidade estabelecida com pessoa alguma e em conseqüência será sempre um eremita estranho e preso dentro de si mesmo, ainda que estando rodeado por uma multidão. Vive a vida tentando e buscando conhecer os outros e esquece-se de que estes mesmos outros estão a todo tempo também lhe avaliando, medindo, provando, aferindo seus erros e virtudes, notando suas fraquezas e vulnerabilidades e buscando conhecer-lhe a verdadeira identidade.


A convivência pode ser facultada, mantida e comungada entre muitos, porém a intimidade deve ser estabelecida e venerada sempre entre poucos. O grande número de conviventes em um grupo jamais será o mesmo, igual, ou aproximado ao de íntimos. Somente os íntimos têm a singular e valiosa oportunidade de se conhecerem e se firmarem entre si, se conceituarem e opinarem seguramente sobre suas próprias e verdadeiras identidades.


Ainda, como outro exemplo, notemos a convivência e intimidade entre o Senhor Jesus Cristo e Seus primeiros discípulos. Alguns destes conviveram com o Senhor, mas não foram nem se fizeram suficientemente íntimos dEle. Estando convivendo juntos, porém sem alguns possuírem intimidade com Ele. Judas Iscariotes manteve a convivência formal e conveniente com o Mestre e com seus outros colegas discípulos, e por não ter intimidade chegou ao momento obscurecido e funesto pela sua reservada atitude oportunista e contrária que o levou ao fracasso pessoal e fatal. Existem erros e fracassos que são corrigíveis mas há fracassos e erros que são fatais. Conviver sem intimidade é manter formalidade, e esta é insuficiente para embasar conceitos e opiniões a respeito da verdadeira identidade de alguém.


Outro exemplo, por fim, é a convivência e intimidade entre o apóstolo Paulo e seus companheiros de empreitadas. Alguns mantiveram a convivência com Paulo, mas não estabeleceram, ou não permitiram ser confirmada, uma plataforma firme de confiabilidade, fidelidade, lealdade, capaz e favorável a fundamentar raízes de cumplicidade que apóiam e conferem intimidade. Foi traído por uns e abandonado por outros, entretanto certamente aos que o estimavam e estimava a estes, distintamente houve entre si convivência e intimidade por um período de tempo considerável a ponto de hoje estarem para nós registrados fortes clarões históricos pelos quais podemos compreender conceitos, opiniões e qualificações definidas sobre a pessoa de Paulo e sua verdadeira identidade. Nem todos que nos rodeiam conhecem de fato a nossa verdadeira identidade, bem como nós às suas.


Há que chegue sempre o momento, e isto não é surpreendente nem fora do natural, em que somos levados a interrogar ou ser interrogados acerca do que está sendo dito da identidade de alguém.


O que pessoas estranhas, eventuais e distanciadas ao nosso convívio dizem a respeito de nossa identidade tem pouca importância e quase nenhuma relevância. Todos costumam falar, opinar, conceituar e definir quase sempre a respeito de todas as coisas, mesmo não sabendo com propriedade e domínio sobre o que estão dizendo. Entretanto devemos apenas dar certa e cabível medida de atenção ao que aqueles que convivem efetivamente conosco confessam com suas próprias palavras o que lhes está impresso dentro de si a nosso respeito. Ainda assim não deixam de ter visão e conceitos diferentes e estranhos sobre a nossa verdadeira identidade. Podemos esperar respostas surpreendentes e reveladoras vindas de alguns dos nossos conviventes, todavia estejamos certos de que aquelas vindas de nossos íntimos merecem nossa maior atenção.


Não são as opiniões, as conceituações, as definições, a nosso respeito, vindas das multidões, que possuem o poder de nos influenciar ou fazer mover da obra e missão a que temos de realizar, completar e concluir no que nos foi confiado a fazer. Devemos estar certos e seguros de que algumas multidões nos ouvem apenas na convivência formal, eventual e espectadora. Destas se espera serem ditos quaisquer opiniões e/ou conceitos dos mais surpreendentes que surjam, sabendo que algumas delas são anônimas, indecisas e superficiais nas suas aferições. Mas também devemos saber que há multidões com as quais estamos interagindo e elas nos ouvindo mais próxima e freqüentemente.


Devemos estar cônscios de que aqueles com quem estabelecemos intimidade estão em posição mais privilegiada do que outros em função de uma convivência mais estreita, testemunhada e marcada por sacrifícios relevantes comuns. Isto nos revela e nos faz compreender certas razões pelas quais algumas promovem diferenças do que dizem do que não sabem sobre de quem não conhecem a verdadeira identidade.


Que lamentável se torna quando não conhecemos a verdadeira identidade de uma pessoa e nos deixamos ser guiados por nossa própria visão e preconceitos incompletos e inacabados, por referenciais maldosos, infundados e duvidosos. Alguém formula e encerra conceitos definitivos a respeito de outrem e sem qualquer temor, sem qualquer reserva, de forma irresponsável lança suas formalizações duvidosas de quem não conhecem.


Dizer algo de quem não se conhece é imprudente e contraproducente. Quando possuímos inseridos em nosso contexto a convivência e a intimidade de alguém durante um bom período de tempo e de sacrifícios, adversidades e demandas em comum, podemos opinar sobre esse alguém e conceituá-lo mais confortavelmente. A convivência registra os fatos e a intimidade marca o íntimo. Encontramos pessoas que em seus convívios demonstram não saber conhecer, nem reconhecer, nem elogiar e nem dar pareceres sobre a identidade de seus próximos e conviventes.


Elogios ainda que bem intencionados e cabidos nem sempre expressam exatidão e justiça sobre alguma coisa do que realmente somos ou fazemos. Existem pareceres emitidos sobre nós que nas nossas limitações nem mesmo tomamos conhecimento das intenções que estivera em evidência neles sobre nós. Convivência e intimidade atestam e elevam virtudes e suplantam ou comprovam elogios. Quantas pessoas que entram em nossos caminhos e pelas necessidades da vida e da sobrevivência se vêem obrigadas a estarem longe de nós e havendo muito tempo depois de alguma maneira ao reencontrá-las elas expressam coisas tão marcantes e impressas dentro de si que nem mesmo recordamos quais foram com exatidão e em quais momentos com precisão aconteceram. Quantos frutos foram produzidos e cuidados dentro de tantas pessoas que nos ouviram e nos ouvem quando nos púlpitos. Podemos estar sendo acompanhados, visualizados, imitados, copiados, respeitados, distinguidos, venerados, amados, sendo e servindo de exemplo, e não termos a dimensão exata do que isto representa no íntimo de alguns ouvintes dentre os públicos que nos ouvem. Porém nem mesmo isto confere completo conhecimento do que dizem de quem somos, por serem rápidas passagens e eventuais oportunidades. Isto me faz lembrar de algumas felizes ocasiões em que pregando em algumas igrejas da cidade do Rio de Janeiro encontrei pessoas que ao virem saudar-me falaram de coisas tão marcantes e registradas para elas que até aquele instante demonstraram estar lembradas dos vivos detalhes.


Por este momento excetuando a ética para ilustrar fatos como complementação e para edificação, só e somente só para isto, trago uma passagem da vida em que certa vez preguei em uma simples e aconchegante igreja na zona sul da cidade do Rio de Janeiro sob o tema “Jesus é a porta”, e ainda terminando a aplicação do último tópico e preparando-me para a conclusão, uma senhora nos bancos mais ao fundo, no lado esquerdo da porta, segurando a mão de seu filho, ambos hoje servos de Deus, se levantou e gritou espontaneamente, consciente e lúcida “eu quero entrar nessa porta”! Anos depois ao reencontrá-la e ser saudado por ela em uma noite, depois que preguei, em uma reconhecida igreja no bairro da Lapa, centro da cidade do Rio de Janeiro, ela veio de semblante feliz, me deu um abraço de mãe e fez uma breve narrativa daquele fato antigo me fazendo recordar dos detalhes e fez questão de me fazer estar certificado que ela não esquece aquela noite e que a partir dali sua vida norteou novo rumo, para a glória de Deus!


Não são, todavia, acontecimentos marcantes o suficiente para deixarem o público conhecedor de nossas verdadeiras identidades. Eles marcam testemunho mas não têm o poder de declararem a inteireza de nossas verdadeiras identidades, e seja por causa disto que alguns pregadores caiam na ilusão de que são de todo e por inteiro conhecidos.


Os caracteres próprios e individualmente exclusivos que nos identificam na nossa totalidade em todo tempo, em qualquer lugar, sob quaisquer circunstâncias, são os componentes intrínsecos e inatos de nossa real e verdadeira identidade. Os sentimentos assim como as representações que desenvolvemos sobre nós mesmos a partir da nossas vivências, a síntese pessoal de nós mesmos, é a nossa verdadeira identidade. Buscar inserir ou tentar acrescentar elementos estranhos a eles pode comprometer a estrutura do íntimo em algum momento de nossa vida, ainda mais quando se nos deparar os momentos conflituosos e requerentes de tomada de posicionamentos e de decisões vitais. Quando alguém perde sua verdadeira identidade perde o norte de seus verdadeiros valores e caracteres e fica semelhante a alguém postado diante de um cruzamento tendo dificuldade e dúvida de qual rumo a seguir a partir dali em continuidade ao que vinha ou ao que em algum ponto foi quebrado, interrompido, no que no início estava proposto a seguir.


Costumamos dizer não ter identidade própria o alguém que acrescentou e abrigou fatores estranhos aos seus caracteres próprios e nisto perdeu ou deixou de ser o que verdadeiramente era ou estava proposto no início a ser. A descaracterização contribui em muito para que uma pessoa se perca em algum ponto de sua trajetória e com isto tenha sua verdadeira identidade comprometida. A descaracterização ganha espaço ante aos pontos estranhos que vão sendo adicionados a cobrir os verdadeiros pré-existentes que antes forneciam a verdadeira identidade. Temos que ser bastante equilibrados, sensatos e sobretudo discernidores de quais mudanças significativas precisamos efetivamente sofrer ou atravessar, sob pena de falsamente acreditar que estamos mudando para melhor, quando na verdade essas aparentes melhorias podem ser desnecessárias e possivelmente ilusórias e causadoras de conflitos interiores posteriormente. Quando somamos pontos estranhos aos nossos caracteres exclusivos e individuais corremos o risco de “apagar” a nossa identidade anterior e nesse processo assumir uma nova identidade, que em algum momento vai ser confrontada e desafiada pelas adversidades e conflitos naturais da vida. E o perigo surge quando chegamos a este ponto e despertamos do que fizemos e neste desejarmos voltar ao que éramos antes e já não o podermos fazê-lo tão facilmente, não poder a esta altura romper tão facilmente com elos ora afirmados e estabelecidos na nova identidade assumida por nós mesmos. A esta verdade vemos os exemplos de povos, pessoas, tribos, instituições e grupos humanos, que por haverem perdido suas verdadeiras identidades assumem atualmente o que na verdade não são e antes não desejavam ser, sobrevivem tateando com muita dificuldade para tornar-se aos valores originais da identidade anterior ou se esforçando em firmar-se e absorver a nova identidade. A perda de identidade ocorre num processo vagaroso, progressivo e constante que aos poucos vai sendo estabelecida a nova identidade ao mesmo tempo em que esta vai suplantando, abafando e apagando a identidade anterior que é a verdadeira, permitindo apenas a continuidade de alguns resquícios e restos do que era antes – isto é muito perigoso e tem assoreado muitos grupos e soçobrado muitas pessoas, muitos bons costumes, doutrinas e ensinamentos pelo mundo afora. O exemplo deste perigo e seus efeitos é patente e notório em vários segmentos, comportamentos e setores da sociedade hodierna.


Nós não precisamos simplesmente mudar porque o mundo exterior ou fatores estranhos assim o impõem, arrastam ou desejam. O próprio tempo e a renovação do nosso entendimento vão nos levando a conhecer qual é a vontade de nosso Deus para nós – isto engloba todas as áreas, interior e exterior, em nós e em nossas vidas. Nosso Deus conhece a nossa verdadeira identidade e esta, mesmo sob mudanças necessárias, mantém seu cerne e sua característica exclusiva, própria e inalterada.


Mas os homens que nos rodeiam não a conhecem na sua totalidade, somente vindo a conhecê-la ao conviverem efetivamente conosco e quando mais os que possuem o privilégio da intimidade conosco. Podemos ser aceitos e recebidos ou vir a nos tornar rejeitados, intolerados, desprezados, muitas vezes por causa do que os homens dizem de quem somos nós e do que nós mesmos declaramos ser.


Quando desprezamos o item conhecer a verdadeira identidade de alguém por abrigar preconceitos, idéias pré-concebidas e/ou dar ouvidos a opiniões e conceituações oriundas de pessoas distantes em convivência e alheias à intimidade, podemos incorrer em sérios erros e cometer injustiças que poderão vir nos custar um preço muito alto, causar danos e até vir a sofrer perdas irreversíveis.


Portanto, meus companheiros pequenos pregadores, que os homens digam de nós o que espelham as nossas verdadeiras identidades, para que em tudo sejamos reconhecidos, independentemente de cargos e títulos, como ministros embaixadores e despenseiros dos mistérios de Deus aos homens, e venhamos a ser achados dignos de ser recebidos e aceitos honrosamente nas tribunas e púlpitos aonde quer que formos convidados e recebidos, sendo o que verdadeiramente somos. Não precisamos em tempo algum nos descaracterizar de nossa verdadeira identidade acrescentando a ela fatores estranhos que no futuro venham nos comprometer na nossa estrutura interior como pessoas e aos nossos chamados, vocações e ministérios.


O que os homens dizem de quem você é, expressa a verdade de sua identidade? Ou o que dizem de quem você é, apenas pinta uma imagem surreal, alegoriza uma figura, de quem você gostaria que fosse ou pretende ser? Que o que digam os homens de quem é você, seja a expressão, se não exata pelo menos aproximada e honesta, da verdade sobre sua verdadeira identidade.


Que quando os homens nos olharem nos vejam a quem de fato somos e não a uma outra figura ou pessoa em nós, a fim de que evitemos ser alvos de ridicularizações, de rejeições, ou de virmos a ser ignorados e confundidos. Muitos padecem e sucumbem por permitirem que suas identidades sejam descaracterizadas por influências alheias, opressoras, por atrativos e modismos insignificantes, e com isto deixam sem respostas de si mesmos ao que dizem os homens quem são.


Nós, companheiros pequenos pregadores, principalmente nós, que no anonimato da mídia temos e sabemos clara e confiantemente a certeza de nossas chamada e vocação, mantenhamos firmes na nossa verdadeira identidade, não necessitando seguir ou absorver coisas alheias e estranhas a ela, para que o Excelente Espírito do nosso Deus continue nos usando em favor da Sua obra e dos homens. A humanidade e o tempo do fim estão cada vez mais requerendo definição de identidade das instituições, dos grupos humanos e dos homens em geral, e acima de tudo nosso Deus quer continuar nos usando na Sua seara como originais que nós somos sem acréscimos e sem artifícios, ainda que nas nossas limitações.
PbGS

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