quinta-feira, 5 de julho de 2012
IGREJAS, TRIBOS E AQUÁRIOS?
Igrejas, tribos e aquários?
Uma visão empobrecida e desfocada.
O crescimento do
número de evangélicos no Brasil tem sido uma realidade clara, inconfundível e
incontestável. Os censos estatísticos e os meios de comunicação dão por boa
prova em larga escala que mais corações brasileiros estão cada vez mais sensivelmente
se voltando para a verdade e o poder do Evangelho e mais inclinadamente para os
cultos das igrejas evangélicas a fim de ouvi-lo e aprenderem dele.
Por vivência e
experiência, os filhos do Reino conhecem que esse mover sobre as muitas vidas não
emana exclusivamente de qualquer pensamento das fraquezas e debilidades humanas
como também de forma alguma seria de
nenhuma iniciativa filosófica humana.
Muito pelo contrário
do que os inebriados e escarnecedores esquinas e “cafofos” comentam, algumas
excelentes coisas nos comprovam que o Evangelho de Cristo é e sempre
permanecerá triunfante como sempre o foi em si mesmo, visto que ele é poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê. Rm 1.16. O Evangelho da graça de
Deus sempre libertará e aliviará todos os corações cansados e oprimidos que a ele se chegam.
Enquanto as tragédias conseqüentes
do pecado buscam campear em terras secas e áridas, os corações tementes a Deus nos declaram que o povo brasileiro hoje está cada
vez mais buscando sair das trevas e vir para a Luz. O povo brasileiro está hoje mais esclarecido
e mais conhecedor a respeito de tudo que nos contextos lhe circundam. Isto se
deve a alguns fatores nem sempre instantaneamente identificáveis e quase sempre
por fatos e circunstâncias inexplicáveis por palavras. Enfim, o crescimento do
número de evangélicos é uma realidade incontestável e palpável.
Por outro lado, não
tem sido distante ou raro perceber a existência concentrada de muitas igrejas
evangélicas em um mesmo lugar. Umas quase de portas com outras numa mesma rua e
num mesmo logradouro. Algo nunca visto em décadas anteriores. Alguns segmentos
sociais e também alguns conselhos e concílios chegam a demonstrar nas suas
entrelinhas algumas deixas de desconfortos e alguns resquícios de preocupações.
Mas por quê, se a graça e o perdão de Deus são insondavelmente misericordiosos?
Não seria por demais
dizer que alguns de telescópios, lunetas, binóculos e monóculos estão ainda a
certa distância observando como a elas chegarem e outros já bem de “pertinho” a
elas se inclinando em busca de alguma coisa que somente suas vidas poderiam
revelar o que residem nos seus corações. Certo se vê e de forma experiente se
sabe que visão quantitativa jamais pode ser confundida com vida qualitativa.
Graças ao Deus Eterno
que todos os corações tementes ao Senhor têm notoriamente manifestado de forma
unida, unânime e coesa o repúdio e o desprezo claros e diretos contra objetivos
fundamentalmente “satanabólicos” (uma
mistura lúgubre e ardilosa de intentos destruidores satânicos somados a um bojo
sutil e arquitetado de estratégias diabolicamente divisoras e dissensoras).
Diante de tal fato,
algumas coisas nos ares nos dizem que a Luz do Evangelho está brilhando mais
forte nos corações que buscam se inclinarem para a Palavra de Deus. Muitos bons
corações começam a perceber pelo menos inicialmente por alguns filetes a
majestosa soberania de Deus na História do homem. Ao longo dos anos o Evangelho
de Cristo tem libertado e transformado vidas, movido muitos corações como
ferramentas determinadas nas empreitadas em prol e a favor da felicidade real
do próximo.
Alguns púlpitos têm
posto em prática o real esforço e a severa dedicação sérios e honestos para com
a Palavra de Deus. Ainda que por vezes alguns centenários, outros decanos e
ainda alguns outros mais jovens e um tanto neófitos ainda não tenham conseguido
literalmente “se encontrar” nos propósitos para os quais existem. Todavia mais
cedo e breve o quanto se espera, a sede de instruções e adestramentos vai
fazê-los voltar os olhares para aprenderem daqueles que por décadas servem de
fato e em verdade ao Evangelho de Cristo.
Mas em meio a alegre
nova citando o crescimento do número de evangélicos no Brasil, um terrível e
assustador clima se levanta tentando declarar e fixar o estabelecimento de convivência
tribal e não de comunhão entre igrejas. Afinal que está crescendo? Igrejas ou
tribos? Alguém quer sugestionar que sufoquemos o exercício das linhas pastorais
e substituamo-lo pela visão de chefes tribais. Alguém parece querer e estar
interessado em que deixássemos de ser igreja e assumíssemos a conduta de tribo. Todavia quem realmente apascenta e quem legítima e coerentemente prega pela Espada do Espírito jamais precisa de “tacapes” de “chefes”
e nem de “fumaças místicas” de “pajés”.
O panorama parece
querer nos dizer que haveria uma intenção de estabelecimento de tribos e não a
manutenção da unidade em comunhão de igrejas. Ainda bem que isso não tem sido
uma visão generalizada. Não tem sido o legado que temos recebido dos nossos
primeiros pais, e nem mesmo o exemplo que DEVEMOS deixar para os nossos
posteriores. Afinal, muito distantes e diferentes estão os princípios da igreja
em relação às coisas próprias e naturais da visão de “chefes de tribos”.
Determinantemente, precisamos
entender que a igreja do Senhor Jesus nunca foi e jamais será uma tribo. Até
porque tribos são grupos humanos reduzidos e setorizados, ligados entre si apenas
por laços naturais e terrenos. E a igreja é um corpo além de organizacional, é místico
e espiritual em Cristo. A igreja do Senhor Jesus não pode trocar a essência
legítima de unidade verdadeira para viver prática e visão de interesses
tribais. Alguns estudiosos e autores evangélicos renomados e respeitados vêm
publicando obras apologéticas a respeito do assunto.
Não é de se estranhar
que ainda estejam soçobrando desalinhadas com o tempo algumas mentes que fazem
estar estonteantemente estampada e impressa a sua visão de “chefe tribal”.
Igrejas cujas portas quase se encontram e cujos terrenos quase se avizinham,
todavia cujos corações parecem sempre se afastar e “vigilantemente” se distanciarem.
Afinal, algumas das coisas eficientes que os chefes tribais com orgulho e garbo
fazem é defender o seu povo, demarcar as suas fontes de subsistência e delimitar
o seu território.
Uma concentração
massiva de igrejas evangélicas num mesmo lugar parece querer declarar algumas
observações: primeira, pode estar havendo apenas um crescente número de adesões e
afinidades para com o evangelho na região; segunda, pode também lamentavelmente estar havendo
um crescente número de fracionamento de grupos motivado por divisões de poder,
por incapacidades ou desajustes de líderes, ou por desencontros de interesses;
e terceira, pode estar havendo um crescente número de conversões na área. Esta
última premissa é a que deveria justificar também como uma razão demonstrativa com mais propriedade e
coerência do crescimento verdadeiro e real.
Na verdade, por um
lado há muitos e vários pontos espiritual, psicológica, fisiológica ou socialmente
motivadores. E por outro, sabe-se que sempre existiu no coração de todo
brasileiro uma forte vontade de conhecer a Deus e uma expectativa inata e
tendente ao exercício e aprofundamento de seu senso religioso devido também às
suas origens antropológicas. Alheio a tendências, o crescimento qualitativo vai além do aumento quantitativo. Este demonstra elevação de números, e aquele é comprovado pelos frutos produzidos pela individualidade do coração convertido.
Contudo, qualquer ou
nenhum crescimento podem justificar a adoção, dotação ou assunção de práticas
das idéias tribais para liderar a igreja do Senhor Jesus. Jamais seria
aceitável e muito menos aprovável que um líder cristão “recomende” (para não
dizer cercear ou proibir persuasivamente) a qualquer um de seus liderados para não
freqüentarem cultos e ajuntamentos fraternos de outras igrejas evangélicas. Seria
uma declaração velada de divisão e dissensão. Seria neste tempo voltar um
comungar com as mesmas péssimas e arcaicas influências de Diótrefes.
Mais desastroso ainda, é encontrar alguns líderes cristãos declarando o seu próprio rebanho de “aquário”.
Se um líder confessa ser o seu rebanho um aquário, então subentende-se que as
pessoas nele estariam privadas, subjugadas, obrigadas e limitadas a um espaço privado e confinado. Seria mais
decente, honrado, nobre e justo que os “peixes” gozem do exercício de sua
liberdade para ajuizarem que os tempos de “aquários” foram findados.
O crescimento está
chegando, e os tempos estão fazendo as suas declarações. Que este crescimento venha na verdade ser real e verdadeiramente
mantido e nutrido com a Palavra de Deus e percebido nos frutos dignos do
arrependimento e da conversão, segundo as Escrituras Sagradas. Que este
crescimento não venha se apoiar em idéias tribais, arcaicas, feudais, exclusivistas,
sectárias, separatistas. Que este
crescimento encontre o profundo rio do fluir do Espírito, visto que as igrejas
não são “aquários”. Que este crescimento jamais se preste em apoio a ditames de
“chefes tribais”, amantes de sectarismos e de separatismos.
Que com este
crescimento aproveitemos o mover do Espírito sobre as muitas vidas e que estas
se tornem qualitativamente mais voltadas para a Palavra de Deus. Que com este
crescimento o sublime orvalho do ensino das Escrituras seja buscado vezes mais
do que antes. Que com este crescimento os líderes comecem a perceber as
demandas e se voltem cada vez mais para a capacitação, para a reciclagem e para
o imenso clamor e necessidade de vida cristã legítima e autêntica.
Diante de tal
crescimento, precisamos ter em mente que somos a igreja governada pelo Senhor
Jesus Cristo e não e jamais nos transformemos em "tribos" manobradas por “chefes”
e assistidas por “pajés” e nem mesmo tidas como "aquários". Que nenhum de nós venha ter essa visão empobrecida e desfocada. Que
jamais encontre guarida em nós o espírito de tribo, a subserviência a “chefes”
e o medo de “pajés”.
Você pertence a uma
igreja ou a uma tribo? Sua regra de fé e conduta está firmada nos ensinamentos
cristãos contidos na Espada do Espírito ou se baseia na influência e ditames
dos “tacapes” dos “chefes” e nas “fumaças místicas” dos “pajés”? Você possui a
liberdade cristã ou está aprisionado aos “totens” de “tribos”?
QUE SEJAMOS SEMPRE
IGREJA, NUNCA TRIBOS E JAMAIS AQUÁRIOS.
Que o nosso
crescimento seja como igreja, jamais como "tribos" e muito menos uma multiplicação de fracionamentos de "aquários".
PbGS
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