quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
MISSÕES: leve a sério!
Missões.
Leve essa tarefa essencial a
sério!
Nas décadas de 80 e 90 o espírito missionário inspirou e
impulsionou milhares de milhares dos filhos da Casa do Pai em nossa nação
brasileira. A tônica tomou uma força espetacular e impactante sobre muitos
corações de servos do Senhor Jesus. Houve notoriamente um mover do Espírito de
Deus que marcou inúmeras vidas. E alguns movimentos e campanhas de cunho
missionário decolaram e tomaram força e garra e seguiram com afinco em levar a
preciosa semente a povos e lugares de perto e de longe.
Apesar de todos os riscos, as precariedades e limitações
naquelas décadas, as escolas de formação de missionários assumiram
intrepidamente o compromisso áureo com o IDE ordenado pelo Mestre. Até mesmo
inúmeros recém decididos e abraçados pela fé em Cristo receberam a forte e
intensa convicção do Espírito de Deus para um envolvimento mais efetivo e
direto na obra missionária naqueles anos.
Em razão de algumas deficiências aceitáveis à época e de algumas
dificuldades que tabulavam limitações, muitos voluntários aos campos
missionários saiam dos cursos de Missões com uma bagagem até então ainda muito
elementar na época. E muitos missionários livres e voluntários intrepidamente
desbravaram rincões longínquos e inóspitos sem qualquer preparação formativa e
com quase ou nenhum suporte informativo. Era patentemente percebido que todos tomavam
rumos unicamente e apenas apoiados no chamado, na graça do Senhor e nas
promessas declarativas da Palavra de Deus.
Não demorou muito para as nuvens de difamações inconsistentes e
críticas ressentidas e infundadas sobreviessem aos que haviam se lançado a
gastar suas vidas na tarefa suprema da evangelização de lugar em lugar e de
povo a povo. De certo que aproveitando-se de algumas facilidades e da boa fé de
outros, alguns falsos crentes assumiam falsa identidade de missionários e
apareciam sazonalmente em algumas regiões. Os desacertos e prejuízos
localizados, promovidos por estes últimos, foram ínfimos em relação aos grandes
sucessos e avanços da obra missionária.
A obra de Missões não contava com os arrojos potentes e incrementos
velozes das tecnologias e nem da contribuição das estratégias do marketing e da
publicidade. O que mais marcaram aqueles dias na obra missionária foram o amor
ao Mestre e às vidas perdidas, o destemor, a intrepidez, a consciência de um
chamado, a determinação para uma tarefa, a liberalidade e a voluntariedade,
tanto de quem ia como de quem ficava apoiando.
Na obra missionária, as dificuldades e os desafios sempre foram
e permanecem os mesmos. Salvo algumas facilidades eventuais e temporárias,
dificuldades são minimizadas e desafios se tornam amenos. Na obra missionária,
as garantias humanas precisam ser levadas a sério, todavia por vezes elas
apresentam suas falhas em vista das suas limitações e de algum entendimento
raso.
Os anos se passaram, e o fervor produzido pelo espírito
missionário foi sendo arrefecido nos corações e abafado por muitas lideranças. E
Missões em alguns arraiais passou a ser apenas uma lembrança em murais e uma
programações em cultos rotineiros. Uma tentativa de aplacar a consciência e se
entrincheirar em justificativas quase nada convincentes.
Ademais o sono espiritual foi vencendo muitos corações, e esses ao
pouco caso, e aos poucos foram levando vagarosamente a obra missionária ao descomprometimento
e à negligência. Uns se enveredaram em projetar aquele fervor em busca de tirar
proveitos para si próprios. Outros foram infectados pelo vírus da vanglória e
da imitação dos sistemas do mundo. E aquele espírito missionário veio
lentamente sendo ameaçado pelo espírito de ostentação fomentado pela sede de
status e pela fome de poder.
E aos poucos o espírito da ganância e da inveja foi inoculando o
terrível veneno das cismas e dos medos contra aqueles missionários preparados
nos bancos das escolas de missões que estavam sendo bem sucedidos nos campos de
Missões. Alguns, por ordem natural do desenvolvimento das circunstâncias e sob
o favor da boa mão do Senhor Deus haviam fixado residências com suas famílias
nos lugares aonde foram enviados. E a insatisfação tola e as suspeitas pouco
inteligentes foram os instrumentos do diabo para estancar investimentos, desterrar
ou abandonar não poucos daqueles missionários já estabelecidos e consolidados.
E assim como a obra missionária sofreu pelas próprias mãos daqueles que haviam
se envolvido nela.
Por outro lado, o espírito do preciosismo e do ressentimento
acendeu ferrenhas nuvens de críticas de desmerecimentos e desconstrução contra
o trabalho que vinha sendo efetuado pelos missionários livres voluntários,
assim como difamações apimentadas pelo orgulho soberbo contra a pessoa deles. Alguém
chegou a criar uma classificação lúgubre e infame que punha divisão entre
missionários. Assim, intrigas, abandonos,
descasos e desrespeitos aos poucos foram cooperando com o diabo para que
aqueles voluntários livres viessem a sofrer discriminação e constrangimentos e
com isso fossem por algum motivo afastados da nobre tarefa da evangelização.
Hoje estamos numa época, na qual os cursos de Missões estão extremamente
acessíveis. Os meios e recursos para Missões estão batendo às nossas portas e
entrando em nossos lares através da difusão e divulgação pelos meios de
comunicação. As facilidades estão sobrepondo e ultrapassando as limitações que
haviam no passado. As estratégias, os planos e os projetos de Missões estão
cada dia encontrando novas formas de atuação com aplicações inovadoras e
promissoras.
Com exceção aos que seriamente, definidamente e
transparentemente estão de fato fazendo Missões acontecerem, o fervor e os
propósitos originais de Missões vêm ainda sendo substituídos por euforias culturais e
oportunismos monumentais. E ao invés de trazer de volta aquele fervor e
reavivar o espírito missionário verdadeiro com comprometimento e firmeza de
propósitos, algumas mentalidades parecem estar apenas instigando os filhos do
Reino a apenas viverem de ajuntamentos rotulados com divisas de Missões.
Muito movimento e poucos missionários. Muitas luzes, brilhos e
holofotes e também muita escuridão densa, muita dubiedade, muita matização e
muita maquiagem. Muitos discursos otimistas e falas artísticas e poucas
mensagens inspiradoras a Missões. Enfim, grandes e terríveis prejuízos vêm
riscando os ares já de algum tempo, distraindo e desfocando a igreja do Senhor Jesus de sua missão de fazer Missões.
Não por poucos, tem se notado que salvo exceções, parece que
algumas mentes não estão levando de fato a tarefa de Missões tão a sério como
deveriam. Algumas delas parecem vir tentando apresentar justificativas
contumazes para falta de envolvimento em Missões. Outras parecem apresentar os
mais diversos mecanismos de substituição do foco principal e primordial de
Missões, se afastando para superficialidades e artificialidade, cujas artes não
passam de fantasias missionárias rasas e ocasionais e de exposição de artefatos
souvenires e de discursos técnicos que apenas lembram países e revivem passados
de Missões.
E até quando mentes vão transitar nas ruas de ilusões culturais
e viajar nas estradas de recordações estáticas e nostálgicas sendo rasas em Missões? Até quando mentes
vão apenas se manter conformadas com discursos e estatísticas nas tribunas e
bandeiras, faixas e flâmulas nas paredes dos templos? Até quando mentes vão se
fazer pouco responsáveis com os recursos destinados a Missões? Até quando
mentes vão construir e embelezar paredes e muros, enfeitar murais e continuar
de olhos fechados para real e verdadeiramente fazer a tarefa de Missões?
Naquelas décadas citadas se tinha missionários, quer
academicamente preparados ou quer voluntários livres. Com ou sem garantias
humanas, eles singraram mares e desbravaram terras. Sob ameaças de abandono ou
de desterros, ou sob nuvens de críticas ou de falsos testemunhos, com poucos
investimentos, aqueles bandeirantes de Missões não deixaram passar as suas oportunidades.
E hoje, cumprir a tarefa de Missões tem sido símbolo de
contratos e requisição de garantias. Em muitos rebanhos, oferece-se
facilidades, apoio, recursos e nem preparados e nem voluntários livres aparecem
de sã consciência e convicções para fazer a tarefa missionária. As prioridades
pessoais e particulares estão sendo fortemente desafiadas pelas leis da
sobrevivência. Aqueles que possuem chamadas específicas, capacitados,
habilitados e vocacionados para Missões são literalmente abandonados,
rejeitados e refugados, em vista de tantos motivos feios e banais que não valem
tomar espaço. Os compromissos e intenções têm suplantado, abafado e desviado os
deveres para com a obra de Missões.
Hoje, bem mais que no passado, temos mais mestres, professores e
cátedras em assuntos de Missões. Bem mais que no passado, temos à nossa
disposição uma infinidade de recursos literários atinentes a Missões. Muito
mais que no passado, temos mais escolas e cursos de Missões nas diversas formas
de realizá-los. Enfim, temos muitos recursos, mas pouco empenho e pouquíssimos empenhados em Missões.
Contudo, por outro lado existem ainda pouquíssimos missionários
apoiados efetivamente pelas lideranças dos rebanhos. E alguns deles padecendo
privações, em vista dos descasos por parte de quem os tem enviado. E os
candidatos a Missões e os missionários voluntários livres infelizmente com mais
frustrações e decepções sobre suas próprias lideranças e rebanhos. Muito mais
que no passado, tem se demonstrado menos compromisso, menos determinação, menos
coragem, menos envolvimento real e verdadeiro. Muito mais do que no passado,
hoje temos mais e espetaculares painéis, banners extraordinários e bandeiras
inspiradoras. Igrejas engordam em eventos e programações voltados para si e emagrecem em efetivo engajamento em Missões.
Mas onde estão o comprometimento e os missionários? Onde estão o fervor e o compromisso efetivos
com a tarefa de Missões? Onde estão os investidores de risco em Missões? Onde
estão os preparados e teóricos de Missões? Onde estão os voluntários livres
para levar adiante a tarefa de Missões? Onde estão a seriedade, a consciência
sobre a tarefa missionária e a firmeza de propósitos para Missões?
PbGS
Marcadores:
comissionamento,
comprometimento,
descomprometimento,
evangelização,
missionários,
missões,
negligência
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem-vindo ao Kerigmatikos ou Didatikos !
Welcome! Willkommen! Bienvenido!
EvGS - Ev. Glauko Santos