segunda-feira, 7 de outubro de 2013
NÃO FAÇAMOS COMO ARÃO.
Não façamos como
Arão fez.
Supervalorizar é um
risco perigoso.
Valorizar é suficiente. Valorizar com consciência, equidade,
sabedoria e inteligência é sinal de justiça. Valorizar é sinal de demonstração
de maturidade e coerência de atitudes sobre aquilo que avalia. Valorizar é
sinal de consistência e equilíbrio. Quem sabe valorizar demonstra saber fugir
das malhas e riscos perigosos da supervalorização. Todo aquele que
supervaloriza declara abertamente seus sinais de imaturidade e seus riscos de desequilíbrio
de sensos.
Supervalorizar significa conferir aumento excessivo de valor
sobre algo. É aumentar o valor de algo além do que isso possui ou que é justo e
digno de ser considerado na realidade. Independente de objetivos, condição e
circunstância, supervalorizar de certa forma é elevar excessivamente a primazia
de algo em detrimento de outro. Supervalorizar é um risco perigoso.
Supervalorizar incorre no sério risco de na ânsia de depositar
valor, superlativa a valorização, e com isto candidata-se a contradições ou
encosta-se nas paredes da injustiça ou da hipocrisia. Supervalorizar é fazer má
aplicação do senso de juízo de valores sobre alguém ou algo. Supervalorizar é
um ato que centelha desequilíbrio nas visão e postura de alguém sobre algo.
Toda vez que supervalorizamos algo nos colocamos nas trilhas dos
riscos. Alguns destes aparecem imediatamente, porém outros se arrastam ocultos
e avolumam-se surpreendentemente mais tarde. Antes melhor e mais sábio é
valorizar do que supervalorizar. Valorizar adequadamente é sinal maduro de aprovação
e comprovação. E supervalorizar por si somente já imprime o sinal de exagero e
desatino.
Devemos e podemos valorizar com consciência, admiração e
convicções as coisas de Deus. Quem ama o Deus da obra e a obra dEle, sabe
aplicar o seu senso avaliativo em examinar e valorizar as coisas de Deus. E na
obra de Deus não podemos nos dar ao luxo pessoal de meter os pés pelas mãos e valorizar
o que quer que venha a nossa presença, e muito menos supervalorizar o que quer
que seja ou quem quer que seja. A supervalorização normalmente traz escondidos
em suas mangas os ais dos perigos e os valetes dos prejuízos.
E para nos ensinar a fugir do erro e dos perigos da supervalorização,
estão registrados alguns momentos da vida do sacerdote Arão que nos levam hoje a
meditar com um pouco mais de atenção no assunto e examinar o que está diante de
nós ou vem ao nosso encontro. Aqueles momentos nos fazem perceber que algumas
coisas que se faz hoje certamente cairão na ótica de um crivo mais rigoroso
amanhã, em razão das conseqüências que produzirão. Isso não é julgamento, mas
sim aprendizagem pela percepção.
Vale considerar tanto as virtudes e valores como as falhas e
desacertos cometidos por aquele sacerdote dos dias de Moisés. Contudo, também
vale muito mais olhar para as verdades que a Bíblia Sagrada nos possibilita a
enxergar de alguns momentos da vida do sacerdote Arão. Arão fora escolhido,
separado e confirmado à posição de confiança para cuidar especificamente dos
assuntos espirituais do seu povo. A sua vara floresceu e frutificou como sinal
dado por Deus confirmando a chamada e a posição a ser exercida por Arão. Entretanto,
mais tarde em alguns momentos aquele sacerdote cedeu a imposições e influências
externas e aplicou a supervalorização que mais tarde lhe trouxe séria
repreensão divina e prejuízos espirituais ao seu povo.
Supervalorizar o imediatismo é uma ação perigosa. Arão fez isso. O povo se dirigiu a
Arão a fim de obter consentimento imediato para construir um deus e adorá-lo e prestar-lhe
culto. Tendo se perdido da confiança no Senhor, o povo com isso também perdeu a
visão de si próprio, a de sua identidade e a de futuro, assim também subestimou
tanto a Deus como ao seu líder Moisés. O povo não quis errar sozinho. Quis
errar, mas amparado por quem pudesse responder como cabeça pelo seu erro. Geralmente
quem erra não se conforma em errar sozinho. Sempre há mais alguém candidato a ser
arrastado conjuntamente no mesmo erro.
E assim a ansiedade dos desejos lhe começou a falar mais alto e
forçar-lhe apelos para o agora. A força das más influências pagãs externas de
estranhos hábitos pagãos somada à ânsia de cultuar qualquer elemento
espiritualizado e “divinizado” instigou o povo a buscar imediatamente fazer e
consagrar um deus para si. O que o povo pretendia era ter a sua ânsia espiritual
de adorar e os seus desejos irrefletidos, satisfeitos imediatamente a todo e
qualquer custo. Coisa de precipitação afoita e impetuosa e imprudência errante,
não lhe importando o amanhã e nem as conseqüências que disso pudessem advir!
E movido pela pressão externa requerendo atendimento à uma
vontade inconseqüente para o agora, aquele sacerdote do povo de Deus veio a se
desequilibrar dos lastros de confiança em Deus e se desgovernar no discernimento
de valores. Assim Arão cedeu e assumiu uma atitude de simulada deliberação. Um
dos grandes e graves erros de lideranças nos arraiais do povo de Deus se
concentra no falso pensamento de que deve se dar o que a vontade do povo quer e
os seus desejos determinam que devam ser satisfeitas as suas pretensões.
Os medos das supostas ameaças de ficar só levam mentes a seguir
os caminhos de Arão. Essa atitude é uma declaração gritante e crassa de omissão
e oposição contra os princípios de governo, de liderança, estabelecidos por
Deus para com o exercício da chamada e uma subestimação e menosprezo para com a
delegação de autoridade conferida e confiada pelo Senhor para a execução das
tarefas de direção e condução de algo pertinente ao Seu povo.
Devemos ser sábios e inteligentes também ao avaliar itens e
elementos com os quais nos deparamos. Exercer o tato, o tirocínio e o bom
senso, para que não venhamos incorrer no risco de nos tornarmos vítimas pela
culpa e pelo dolo provocados através do ato da omissão mascaradamente embutido
nos viés da supervalorização. O imediatismo por vezes vem trazendo
conseqüências sérias e absurdas para a obra de Deus. Medos e supostas ameaças
possuem a força maléfica de fazer ceder a imposições maliciosas e astutas, de
impor limitações forçadas, de mostrar coerção contra a responsabilidade de liderar.
Devemos ser consistentes, coerentes, legítimos, transparentes e sábios em não
cedermos a influências de forças coercitivas, interesseiras em captar
supervalorização para si.
Estamos testemunhando o tempo da febre de supervalorização. Um
tempo em que medos e desejos pretextos se misturam e se conluiam na supervalorização
de coisas do agora alheiamente ao que se possa vir delas no depois. Essa
atitude pode fazer custar caro para vidas, reprová-las. Arraiais dos filhos do
Reino têm sofrido impactos da onda das artificialidades e arrastos das marolas
da superficialidade, em razão da supervalorização.
Viver de coisas do agora sem perceber o que elas trarão no
depois é um ato pouco inteligente, nada pensante e, por conseguinte, tenebroso,
duvidoso e caminhante na linha da inconseqüência. Algumas coisas do imediatismo
geralmente caminham nos passos precipitados dos desejos sobre o que se quer
agora sem se aperceber do que possa advir disso nas respostas do depois. Basta
valorizarmos o que não nos trague e nos devore depois. Arão supervalorizou o
agora e em contrapartida desvalorizou o depois.
Independente da visão de finalidades, existem coisas que hoje
são feitas sob algum fator influenciador para tal, e que certamente trarão suas
conseqüências no futuro. Muitos desacertos e prejuízos na obra de Deus que hoje
vemos são resultados de decisões e ações tomadas no passado. Quando se semeia
arranjos instantâneos para colher e atender apenas contingências momentâneas do
presente, não se planta para manutenção e estabilidade consistentes do
futuro.
E uma das coisas que desafiam a manutenção e a estabilidade dos
valores cristãos na obra de Deus é a perda do foco sobre em que se deve
depositar e investir a valorização. É preciso se ter boas e seguras razões para
sobre em que investir a valorização. Valorizar apenas o presente sem se
importar com o futuro é um grave erro que tem levado mentes a sofrerem perdas
sobre perdas. Algumas irreversíveis, irrecuperáveis. Para se exercer o senso da
valorização é preciso se ter e considerar em mente alguns fatores importantes.
Não façamos como Arão fez, desconsiderando o passado, ignorou as
experiências que teve com Deus e desprezou o próprio Deus. Supervalorizou o
medo da força da conceituação, da impopularidade e das opiniões alheias que
pudessem lhe sobrevir no presente sem olhar para o futuro do que daquele ato de
supervalorização poderia acarretar a si e a todos.
Saibamos valorizar pessoas e coisas, e jamais nos exceder em supervalorizá-las. Não
nos percamos fascinados pelas vontades de agradar e com isso cairmos nas vias
da supervalorização do que quer que seja, a fim de que não venhamos a ser
coniventes e nos tornar vitimados por nós mesmos. Valorizemos aquilo sobre o
qual temos a justa certeza e a visão clara e segura de suas propriedades
louváveis em todos os sentidos, assim como a visão coerente do que isso possa
trazer nos seus resultados sem conflitos com a Palavra de Deus e sem choques
contra a consciência cristã e a vida dos amados da casa do Pai.
PbGS
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