Escola Bíblica Dominical (EBD): Aulas ou simplesmente Bate-papos?

EBD: Aulas ou Bate-papos?

Aulas são aulas... Bate-papos são bate-papos! Aulas são portas e bate-papos são janelas! Encontramos entre alunos de EBD comentários sobre aulas e professores de escola dominical. Esses comentários são inevitáveis, e podem nos apontar para situações sintomáticas ainda não percebidas e que devem ser analisadas. 

Os professores de EBD jamais devem sentir-se melindrados, ou mal-vistos, ou incapacitados por alguma deficiência em sua atuação quando seus alunos de EBD expõem comentários com críticas. Tal como observamos naturalmente os sintomas efeito de um desconforto que nos agride e buscamos a causa e o remédio eficaz indicado que traga o alívio desejado, assim também precisamos observar as deficiências nas nossas classes de alunos, buscando melhorar a qualidade de nossas aulas de EBD. 

Buscar a qualidade é a corrida insistente hoje em todos os setores da vida! As publicadoras de revistas da EBD têm em sua estrutura funcional um departamento de ensino competente que elabora programada e criteriosamente os comentários das revistas de escola dominical através de comentadores capacitados, experientes e reconhecidos na denominação para a qual essas revistas se destinam. Esse departamento de ensino segue um currículo básico de EBD. 

Vez por outra encontramos textos nos tópicos desses comentários que provavelmente ainda estejam aquém de suprir satisfatoriamente a necessidade esperada de conhecer em profundidade os temas por parte tanto dos professores como de seus alunos. Vale dizer que a lição da revista de EBD possui o comentário básico do tema, exposto de forma elementar visando ser uma ferramenta como forma de roteiro essencial para nortear a aula dominical. E para aprofundamento nos temas há de se dirigir a recursos mais volumosos e a meios específicos nos assuntos.

Esse roteiro básico da lição se deve a alguns fatores como o espaço disponibilizado no impresso em vista dos custos e oneração sobre a matéria prima e seu processo de elaboração gráfico a fim de que seja produzida uma revista de boa qualidade e de bom preço de aquisição na linha cliente final. Assim como também ao tempo de trabalho estimado para a atividade de aula. 

É compreendendo essas limitações que entram as responsabilidades paralelas do professor e do aluno na EBD! E por não entender ou até desconhecer esses fatores alguns professores e alunos tornam equivocadamente a revista da EBD como apenas um objeto acessório desprezível de ensinamento pobre e raso. O que é um grande erro. 

Como dito acima, a revista de EBD não é o tudo, e sim um esboço do plano de aula comentado que carece da bagagem do comentário vivo do professor envolvendo o seu aluno. O professor de EBD necessita ir mais além dos comentários da lição dentro do seu tema, a fim de complementá-los enriquecendo-os, ainda que básicos, com explicações, exemplificações e aplicações para a vida no tempo atual! 

Apoiar-se inteira e exclusivamente na revista é o erro fatal do professor de EBD e o prejuízo final do aluno de EBD. O tema e seus comentários RESUMIDOS estão impressos na revista, mas a sistemática de ministrá-los está com o professor e o aluno, juntos! Lamentavelmente ainda há professores e alunos de EBD que tendem a transformar suas aulas em bate-papos. Alguns fatores deficientes ou ausentes viabilizam em bate-papos ao invés de aula programada. 

As aulas e não os bate-papos! Aulas é o assunto principal da oportunidade sagrada nos oferecida pelo nosso Deus que une no Seu templo o professor ao aluno na classe de EBD num momento do domingo, e que por sua vez é conduzida sob responsabilidade destes! Portanto, na classe de EBD, nem o professor nem o aluno devem transformar sua AULA em bate-papos perdendo o foco principal e a oportunidade de ganhar conhecimento e entendimento necessários para a vida cristã diária. 

No passado o povo de Deus foi (“vinha sendo”. Verbo hebraico indicando ação não completada) destruído por falta de conhecimento (Os 4.6). A palavra inspirada nesse texto sagrado para o termo “destruído” é a hb. “SHÃHAT” com seu radical SHHT que nos diz “daquilo que foi corrompido, deteriorado, desfeito, arruinado”, uma ação prévia que antecede a hb. "SHÃMAD" com seu radical SHMD que vem significar “aquilo que conseqüentemente foi varrido como que por uma vassoura”. 

E com nossa atenção voltada para as orientações bíblicas, precisamos exercer a mordomia cristã nas nossas aulas. Aulas são conteúdos, bate-papos são apenas brechas! Aulas são portas, bate-papos são apenas janelas! Aulas apontam para futuro, para tarefa sistemática de ensino com caráter formativo objetivando resultados. 

Bate-papo é um artifício de comunicação utilizando conversas amigáveis livres e tem o seu lugar próprio nas preliminares introdutórias, pode visar algo futuro, porém quase sempre aponta para abrir caminho e/ou para livre aquisição de informações também quase sempre desvinculadas de comprometimento didático e passíveis de serem esquecidas em curto tempo. 

Em vista do exposto, o que devemos preferir para nossas classes de EBD? Aulas ou bate-papos? Não transformemos nossas aulas em apenas bate-papos. Aulas são portas e bate-papos são simplesmente janelas. Portanto, nos domingos vamos entrar pelas portas com profundidade e cooperar em produzir discípulos, ou ficaríamos apenas nas janelas deixando futuros órfãos desprovidos? Vivemos uma época escatológica sem precedentes e precisamos assumir responsabilidade dedicada com o conhecimento e sua ministração!
PbGS 
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