Começar - uma atitude que nos leva a grandes realizações.

Começar - uma atitude que nos leva a grandes realizações.

- Publicamente expresso meus mais sinceros e profundos agradecimentos pelas mensagens, cartões e correspondências que generosamente me foram enviadas por pessoas amigas e companheiros neste período transcorrido de festas de fim e começo de ano. Sinto-me extremamente agraciado pela existência de suas vidas, e reconheço a demonstração de verdadeira reciprocidade e de apreço entre nós que revela o quão bom e quão suave é que vivamos em união.

Há apenas alguns dias atrás concluímos mais um ano, e há algumas dezenas de horas que estamos começando este outro. O passado é conhecido e o amanhã sempre é surpreendente e esperado. O que passou nos faz refletir no que fizemos e no que deixamos de realizar, e se perseverante e corajosamente nos determinarmos a fazer o que deixamos ou não pudemos realizar, confiando na benevolência de Deus assim deveremos começar. Começar é tudo que precisamos, e começar é tudo que Deus espera que façamos.


Que belo movimento renovador da vida e promotor de esperanças é este que o Eterno Deus nos permite experimentar. Ao mesmo tempo que revivemos, também renovamos. Ao mesmo tempo que renovamos, também refazemos. E quanto mais revivemos e refazemos, mais somos renovados e fortalecidos – que bênção singular nos oferecida pelo Deus Criador que nos sustenta e nos renova para que possamos prosseguir! Realmente o começo nos traz grandes expectativas e esperanças.


O primeiro e maior exemplo é o Livro de Deus que abre suas primeiras palavras no começo falando de começo, e fecha suas últimas páginas falando de princípio e de fim, de primeiro e de derradeiro. Para nós o começo é apenas iniciação, para Deus o começo é criação. Para nós quando chega o fim vem o término fatal, para Deus o fim apenas aponta para a eternidade e começa com a graça confirmada pelo Amém. Deus começa criando, nós começamos crendo e invocando. Deus continua criando, renovando, guardando e aperfeiçoando, nós devemos continuar vigiando, esperando e crendo. Estamos certos e convictos de que aquele que começou a boa obra por certo a aperfeiçoará.


O começo possui alguns poderes influenciadores que nos levam a olhar por e para nós mesmos ao mesmo tempo que refletimos em quais coisas devemos trabalhar para efetivamente começar. A melhor e mais acertada recomendação é começar em Cristo, seguir continuamente nEle e permanecer até o fim agradando e servindo a Ele. Somente temos o início real e verdadeiro quando começamos em Cristo. Qualquer outra maneira de começar é humanamente idealista e filosoficamente especulativa.


Há começos que precisam de sacrifícios, há começos que carecem de esforços e há começos que requerem mudanças. Ninguém que se lança a um começo o faz para continuar e permanecer em mesmices cansativas e enfadonhas. Quem se lança a um começo, também se lança a riscos e mudanças. Quem não está pronto e predisposto a mudanças, dificilmente consegue lançar-se a empreender começos. Há coisas que devemos calcular e planejar antes de começá-las, todavia existem outras que somente são começadas depois que damos os passos da fé. Há começos que nos pedem renúncias ao mesmo tempo que nos mandam desligar e deixar para trás coisas antigas que serão inúteis a eles, nos mandam nos apegar a outras novas que serão de extrema necessidade e de incalculável valor.


Começar é apenas uma experiência inicial. Depois que começamos vamos tendo a visão mais aclarada e consistente daquilo que nos propomos a iniciar.


Algumas pessoas não começam porque lhes faltam algumas atitudes ou propósitos, outras por lhes faltarem a visão firme e ainda outras por lhes faltarem a coragem, a constância e a capacidade para lançarem-se a palmilhar os passos do começo. Há pessoas que confundem os momentos de começar tendo tudo a seu favor, e esperam os anos futuros para tentarem começar o que devem começar no presente.


Algumas recolhem-se diante dos requerimentos que todo começo exige. Outras simplesmente por evitarem sacrifícios, fogem de esforços e rejeitam mudanças que todo começo recomenda. E por se fazerem assim, perdem a motivação ou atrasam-se naquilo que uma vez poderiam haver começado. Devemos evitar os começos que são feitos pela vista, bem como os realizados pelos desejos. Eva no jardim do Éden começou pela vista e Davi da sacada de sua varanda começou pelos desejos – em resultado, ambos violentaram suas almas e lhes acresceram doloridas realidades e perdas nunca antes experimentadas. Há começos que não valem nem por um momento pensar em iniciá-los.


Porém há começos que precisamos iniciá-los no presente pela fé para poder obter grandes recompensas futuras. O então Abrão somente recebeu as grandes promessas futuras e teve seu nome maravilhosamente mudado para Abraão depois que se lançou ao começo dando os necessários passos de fé. Jamais vamos ver maravilhas em nossas vidas se primeiro antes não dermos os requeridos passos de fé. Jamais vamos ver maravilhas em nossas vidas se primeiro não tivermos predispostos a atravessar mudanças. Quem não dá os passos de fé para começar, principia enxergando apenas obrigatoriedades ou riscos. Todavia quem quer realmente começar, inicia palmilhando os passos de fé, mesmo sem compreender clara e totalmente o deserto e as severidades que vá atravessar e por inteiro o oásis aonde vai chegar.


Todo começo possui seus segredos e todo começo enfoca suas recomendações. Mas nem todo começo mostra plenamente a continuação do que se pretende começar. Na verdade não sabemos nem conhecemos o futuro com propriedade e especificidade, porém o Deus a quem servimos sabe e conhece detalhadamente todos os passos que palmilhamos do começo ao fim e quais devemos dar em continuação aos que tivemos começado. Por isso, tudo que intencionamos começar deve começar primordialmente com Ele, continuar sendo guiados por Ele e serem concluídos na presença dEle.


Há uma diferença entre saber e conhecer. Deus tanto sabe como conhece. Por isso, devemos nEle estar deliberadamente descansados e plenos de confiança também no quanto ao que pretendemos começar. Uma vez começado descansados e confiantes nEle, todos os demais passos naturalmente se nEle forem mantidos, nEle serão preservados e conduzidos na certeza da aprovação do começo que tiveram.


Nem tudo que começamos nos revela quais desafios nos confrontarão e quais recompensas nos esperam. Podemos e devemos nos lançar aos começos, mas jamais devemos esperar que todo conseqüente dele seja e se torne exatamente como na sua visão inicial, haja vista que os planos e os projetos são nossos, mas a aprovação vem de Deus.


Certa vez um honrado, experiente e expressivo amigo, que fora um de meus mestres no passado, um pregador, honrado servo de Deus, me disse pessoal e diretamente – “quando fazemos provas, devemos começá-las pelas questões mais fáceis, atravessamos pelas médias e terminamos com as mais difíceis. Mas quando nos lançamos a fazer as caminhadas da vida de fé, devemos começar sempre nos alimentando das experiências para nós mais difíceis e extraordinárias, nos cuidando para que atravessemos de pé as médias sobriamente e cheguemos no fim recolhendo todos resultados dela notando quão consistentemente fora desde o seu começo”.


Quem começa surpreende mais na continuação do que no fim. Porém quem começa bem e continua bem causa não poucas surpresas nos que passam suas vidas olhando de largo o começo que deveriam estar proposto a verem de perto e iniciá-los desde o princípio, e por lhes haverem faltado alguns ingredientes deixam-se viver navegando em mares revoltos de expectativas não realizadas e insatisfações cravejadas de pontos saudosistas. Todo bom começo segue apontando estimativamente para uma boa continuação e por conseguinte um excelente final, entretanto nem sempre acontece assim se o fazermos distanciados da vontade de Deus e intencionados apenas pelas conjunturas do aparente favoritismo e das chamativas conveniências temporãs.


Independentemente de quaisquer que sejam os começos e trajetórias alheias, os palpites e opiniões de terceiros, devemos começar rumando para o fim nos amarrando em pontos seguros na nossa rota, nos guiando nos lampejos eficazes de faróis conservados e aferidos, nos medindo e nos mensurando em posições reais e nunca relativas.


O começo exige abnegada prontidão e quase sempre significativas transformações. Por vezes não são compreendidas e por outras não são reveladas no seu todo a um só momento – que nos exemplifiquem melhor isto as minúsculas abelhas, que antes de produzirem o seu mel como o melhor e mais útil resultado, se recolhem prontamente e realizam transformações inigualávelmente somente mostrando-o depois que está pronto e quando não mais podendo contê-lo consigo mesmas.


Nada se alcança se em coisa alguma nos lançamos a começar, porém se nos lançamos a começar alguma coisa tudo nela podemos alcançar.


Que neste novo ano que se inicia, Deus nos conceda grandes e freqüentes começos com as realizações de todas as nossas expectativas. Contamos humildemente que o Deus Eterno nos faça perceber as oportunidades para novos começos. Que nenhuma das oportunidades venha se passar distantes e despercebidas por nós. Que os sacrifícios e mudanças aos quais tenhamos que nos submeter não sejam de impedimentos a alcançarmos as grandes promessas que Deus tem para nós.


Rogamos ao nosso Deus que nos ajude a estarmos e nos mantermos predispostos, disponíveis e prontos a mudanças e experiências de novos começos. Começar é a decisão mais acertada e a atitude mais vitoriosa que podem nos levar a grandes realizações. Portanto, mais do que começar o ano, comece a realizar o que Deus lhe concedeu a fazer disponibilizando-lhe em suas mãos as ferramentas necessárias e adequadas à sua capacidade e com os talentos que Ele lhe presenteou.


Comece jogando a rede pelo lado que nosso Amado Mestre Jesus lhe ordena. Comece indo na direção que o Eterno Dono das Almas lhe dirige. Comece buscando agradar a Deus como dizem as Escrituras. Não comece esperando o que fazer, mas comece seguramente fazendo ao mesmo tempo que firmemente espera. Não comece olhando as limitações de outros, mas comece nas suas limitações se guiando pela Palavra de Deus e tomando como exemplos os defeitos e virtudes de outros. Uma das perniciosas armas que perturbam o começo é o desestímulo causado por caprichos e particularidades alheias. Entretanto quando estamos determinados a começar nada há tão forte e tão suficientemente poderoso que exceda o poder e a autoridade do Senhor Jesus Cristo. Lembremo-nos que sempre existem pessoas que começaram e desistiram, porém mais que elas também há milhares e milhares de pessoas que começaram e com perseverança seguem nas mesmas trilhas que as nossas. Somente veremos a glória de Deus se antes primeiramente começarmos crendo.
PbGS