O ANTICRISTO – e como ouvistes que vem...

O ANTICRISTO – e como ouvistes que vem...



Existem personagens e assuntos na Bíblia Sagrada que de há muito tempo chamam a atenção de todos aqueles que tomam conhecimento das suas particularidades e riquezas de detalhes. Ao penetrarmos no mundo bíblico deparamos com tantas coisas surpreendentes que somente o Livro de Deus revela e explica e que nos deixa sobremodo admirados sobre como a história do homem é conduzida. Por exemplo, os acontecimentos escatológicos e seus desencadeamentos são cobertos de mistérios, mas que aos poucos vão sendo abertos ao conhecimento e descobertos através da abertura da cortina do tempo.


Há algumas décadas passadas quase não se conseguia imaginar sobre como se daria a ocorrência de acontecimentos de difícil explicação na humanidade. Apesar dos muitos eruditos escritores piedosos que foram extraordinariamente dedicados ao estudo em profundidade dos assuntos bíblicos nos falarem através de suas obras literárias e nas oportunidades de os ouvirmos em estudos, palestras e simpósios sobre os mais variados temas da Bíblia, na verdade não tínhamos a clareza de certos assuntos da Escritura Sagrada. Eram assuntos difíceis de serem explicados e compreendidos bem como de serem identificados na sua alocação no tempo de nossa história.


O tempo passou e muitas obras escritas ao longo dele têm chegado até nós graças ao determinado e incansável trabalho reconhecido dos nossos muitos tradutores para a nossa língua. Mas muitas coisas apesar de estarem escritas, sempre ficaram por ser reveladas no nosso cotidiano, haja vista que nossas realidades ainda não alcançavam os elementos palpáveis que viessem a nos possibilitar atingirmos o nível de compreensão das coisas que nos cercam em comparação às que foram escritas. Entretanto, é o movimento do mundo e o desenrolar dos fatos que vão tornando mais claras as coisas que hão de acontecer.


Neste artigo, trago aos meus diletos leitores um tema que sempre despertou curiosidade e causou inquietação sobre o que se deveria realizar em relação a ele ou como dele se abster, se proteger e se guardar – o anticristo -. Em tempos passados houve certa ignorância com relação a esse tema, em vista também do exíguo número de material disponível em nosso idioma sobre ele, bem como do pouquíssimo acesso a essas fontes de esclarecimento. Aliadas a isto, também as investidas do espírito do ceticismo contra a verdade dos fatos escriturísticos sempre buscaram promover a descrença e  alimentarem a incredulidade.


Muitos se fizeram céticos e preferiram não tocar no assunto “anticristo”. Outros tantos chegaram a externar seus pensamentos através do falar muitas coisas superficiais, por vezes pouco fundamentadas e outras tantas muito resumidas e ainda encobertas de mistérios. Muitos professores de escola bíblica dominical tiveram dificuldades para munir seus alunos com informações de teor mais detalhado, consistente e aprofundado. Principalmente os que vivem distantes das capitais onde o acesso a literaturas e fontes de apoio ainda eram um tanto difícil e os recursos da didática oral encontravam conflitos de linguagem, de pontos-de-vista e de realidades vivenciais.


Os tempos foram chegados e com eles veio a ocorrência de muitos fatos trazendo a lume muitos objetos apontados na única fonte seguramente fidedigna da revelação divina, a Bíblia Sagrada. Mormente os avanços científicos e tecnológicos nos foram possibilitando a alcançar progressivamente apenas ainda janelas da revelação pelo nosso entendimento sobre as coisas e fatos com mais precisão e mais detalhes inconfundíveis, comprovando a verdade da Palavra de Deus.


Por muito tempo, assim como outros, o tema deste artigo foi esquecido e deixado de ser falado com mais constância e citado em menor freqüência. Alguns temas escatológicos tornaram-se raros nas pregações. A demonstração de domínio do conhecimento sobre cultura bíblica assumiu uma maioria de púlpitos, deixando os ouvintes mais intelectualmente conhecedores e mentalmente vibrantes com um tipo de esperança imediatista na busca de satisfações imediatas para as suas necessidades espirituais diárias do que com a salvação que “agora estamos mais perto do que quando começamos”.


Essa negligência contribuiu para que muitos se fizessem repletos de alegrias temporárias, implantaram em muito boas gentes uma mentalidade com requinte de positivismo otimista, todavia vazios de convicções de fé e fracos de consciência da redenção final cujos momentos a cada dia são marcados por sinais fortemente identificadores. Essa negligência também promoveu um tipo de evitação e afastamento, assim como uma onda de esfriamento espiritual que cobriu e varreu sobre muitos corações com relação aos temas escatológicos e conseqüentemente alguns mais facilmente cambaleiam na certeza da esperança e outros perdidos na sede de conhecer esquecem de manter a fé numa boa consciência e naufragam na fé por a haverem ancorado em coisas pouco consistentes que não são suficientes para produzirem raízes que sustentem suas vidas firmes no dia mau, e perdidos por não encontrarem forças em meio aos sofrimentos e aflições do calor da vida, encontram falsamente a triste saída de fundear esmorecidos no mar da descrença.


Quanto mais nos esfriamos para as advertências bíblicas, mais nos tornamos debilitados na fé em crer nas verdades de Deus sobre as coisas que hão de acontecer sobre os homens, e com isto podemos incorrer no risco de vir adormecermos espiritualmente e perdermos o rumo verdadeiro daquilo que está proposto para o povo salvo em Cristo Jesus. A apostasia é precedida de um esfriamento espiritual que se instala lenta e sutilmente. E uma das táticas do diabo contra os homens é se manter presente em oculto entre estes sem ser percebida a sua operação – um tipo de serviço secreto que espreita, planeja, campana, opera e busca efetivar os resultados objetivados secretamente até que se manifestem na tragédia com o falso histórico de causa e efeito puramente humanos e físicos.


Lembro-me de alguns estudos bíblicos ministrados por meus bons mestres sobre as coisas futuras, e cada vez que falavam conforme o Espírito lhes concedia que explicassem, toda a classe de alunos parecia sentir calafrios e espantos reais e aquilo nos fazia a entrar num estado de alerta tal que saíamos daqueles estudos mais fortes e mais atentos aos fatos, às notícias jornalísticas, pouco nos importávamos com tudo que se nos configurasse como embaraços à nossa caminhada cristã e naquele clima mantínhamos em estado de sobreaviso e com nossa fé avivada e afinada com o que realmente pode acontecer num de repente a qualquer momento como está escrito na Palavra de Deus.


Sem qualquer saudosismo, mas com alguns anos na caminhada, notamos que surgem gerações que ganham bom grau de entendimento e elogiável nível de compreensão sobre as coisas correntes, e por ficarem pouco íntimas da Palavra de Deus, enriquecem-se de uma teoria experimental, ainda sendo pouco o número daqueles que também se predispõem a assumir uma posição espiritual sólida quanto as responsabilidades para com as coisas sagradas e por conseguinte se tornam movíveis nas coisas que devem ser vistas por fé e nas outras que estão por vir.


Parece que estamos vendo nas gerações mais novas a corrida ansiosa e mecanicamente fria no obter a bagagem do conhecimento das letras e o abandono latente da dedicação fervorosa em construir uma vida de fé em intimidade com Deus nos parâmetros e princípios do Espírito. Parece que a sobriedade e o temor do Senhor estão obscurecidos pelo intelectualismo da frieza do saber como substituição à sensibilidade do fervor da fé. Algumas coisas nos deixam transparecer que a visão das gerações mais novas concentra-se apenas na validade dos valores emotivos e dos itens circunstanciais, pouco importando-se com o que está por vir. Recorrem aos sofisticados recursos modernos viabilizados pela tecnologia, estribam-se neles e parecem menosprezar o sacrifício pessoal e prazeroso em buscar, meditar e aplicar a Palavra do Senhor.


Mas, contudo isto não conseguimos fugir ou nos esconder do panorama que de há muito tempo se instala lenta e progressivamente no mundo. Acima de qualquer especulação investigativa e de fatos que configurem a ação do anticristo, há um mistério da injustiça presente e operando entre os homens – o anticristo – e a Bíblia Sagrada é a única fonte inspirada e revelada por Deus aos homens que descobre descritivamente com toda propriedade traz à luz cada fator relacionado ao anticristo. A Bíblia diz que “o espírito do anticristo já está no mundo” e que “o mundo jaz no maligno”. O tempo é chegado de a cada dia despertarmos os homens que nos ouvem nos estudos e nas pregações para essas verdades sobre o anticristo.


Infelizmente temos encontrado ainda algumas pequenas multidões que encontram maior facilidade em ver do que em crer. Algumas pessoas parece haverem contraído um cansaço contra as formas de leituras da Bíblia Sagrada e parecem espantadas, surpresas e desavisadas quanto à ação progressiva do anticristo no mundo. Há uma visão e uma plataforma sendo trabalhadas para o estabelecimento do governo temporário do anticristo sobre os homens do pecado ser consolidado numa época que está por vir.


E dentre os principais fatores que precisamos conhecer do anticristo, o tempo da atualidade já nos faz enxergá-los a luz da Bíblia Sagrada com maior consistência e suficiência. Neste artigo, junto-me aos muitos colegas e companheiros que já publicaram obras literárias a respeito do assunto, para contribuir em somar às tantas fontes existentes e com isto equipar os muitos caros e generosos leitores. Vejamos alguns desses principais fatores sobre o anticristo:

I – SEUS NOMES:


1. O Ímpio. Is 11.4


2. O Anticristo. 1Jo 2.18


3. A Besta. Dn 7.11; Ap 13.1


4. O Príncipe que há de vir. Dn 9.26.27


5. O Homem do pecado. 2Ts 2.3


6. O Filho da perdição. 2Ts 2.3.


7. O Opressor. Is 14.4


8. O Iníquo. 2Ts 2.8

II – SUAS ATIVIDADES:


1. Ele cuidará para receber a adoração que é devida a Deus. 2Ts 2.4


2. Ele se entregará a Satanás, como fez Judas. Dn 8.24; 11.37-38; Ap 13.2


3. Ele se oporá de forma sistemática contra Deus. 2Ts 2.4


4. Ele promoverá a impiedade e a apostasia no mundo. 2Ts 2.4,8,12; Ap 13.1-18; 14.9-13


5. Ele será um ditador mundial e tirano sem piedade. Dn 8.24; 2Ts 2.9


6. Ele exercerá o controle sobre a religião. Ap 13.1-18; 15.2


7. Ele exercerá o controle sobre cada indivíduo por meio de sua marca. Ap 13.16-18; 14.9-11


8. Ele exercerá o controle sobre a área econômica. Dn 11.38-43; Ap 13.17,18


9. Ele exercerá o controle sobre a área política. Ap 13.4,7; 17.12-17


10. Ele exercerá o controle sobre a mente dos homens de maneira admirável. Ap 16.2; 18.2-4, 8-18


11. Ele exercerá o controle sobre os exércitos da Terra. Ap 16.13-16; 19.19-21

III – SEU COMPORTAMENTO REVELADO:


1. Ele fará tudo conforme a sua vontade pessoal. Dn 11.36


2. Ele falará contra Deus coisas tidas como espantosas, maravilhosas. Dn 11.36


3. Ele se engrandecerá sobre todo deus. Dn 11.36


4. Ele será próspero até que a ira se complete. Dn 11.36


5. Ele se engrandecerá sobre tudo. Dn 11.37


6. Ele não terá respeito aos deuses de seus pais. Dn 11.37


7. Ele não terá respeito ao amor das mulheres. Dn 11.37


8. Ele não terá respeito sobre qualquer deus. Dn 11.37


9. Ele multiplicará a honra aos que o reconhecerem. Dn 11.39


10. Ele agirá contra os castelos fortes com o auxílio de um deus estranho. Dn 11.39


11. Ele fará os seus seguidores dominarem sobre muitos. Dn 11.39

IV – SUAS MANIFESTAÇÕES:


1. Se dará mediante o ecumenismo. Ap 13.12; Gn 11.1-9


2. Se dará mediante a apostasia. Lc 18.9; 2Ts 2.3


3. Se dará mediante as falsas doutrinas. 1Tm 4.1-3


4. Se dará mediante a presença de uma guerra contra a família. Lc 17.27


5. Se dará mediante a imoralidade. Lc 4.35; 8.27


6. Se dará mediante a presença de teia com tipos e formas de controle sobre os povos.


7. Se dará mediante a guerra insistente contra a Palavra de Deus.


8. Se dará mediante oposição contra o nome de Cristo. 1Jo 2.22,23


9. Se dará mediante oposição contra a pessoa de Cristo. 2Jo 1.7


10. Se dará mediante oposição contra a igreja de Cristo. 1Jo 2.18


11. Se dará mediante oposição contra o poder de Cristo. 2Ts 2.3,4


12. Se dará mediante oposição contra todos os que seguem a Cristo.

A expressão bíblica dos originais para a palavra “anticristo” denota uma personalidade com tudo que lhe é próprio fundamentada no egoísmo, no desamor e na oposição a tudo que não se dobrar aos seus ditames tiranos. O anticristo não apenas se engrandecerá sobre segmentos isolados da humanidade, ele se levantará contra tudo e contra todos que sejam ameaças aos seus objetivos. Muitos homens enganados e iludidos pensam que serão beneficiados ou recompensados pela prestação de seus trabalhos e alianças feitos para o anticristo.


Cada homem aliado ao seu sistema se tornará uma peça descartável ao anticristo no momento da consecução de cada uma das fases de seu plano, haja vista que suas natureza e características inatas se resumem na oposição principal ao homem. O anticristo manipulará as massas em direção contra Deus, o Criador, e contra o Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus provido para salvar o homem que nEle crer, cabeça e coroa da criação.


A oposição do anticristo não se levantará apenas contra o Cristo e seus seguidores, mas intencionalmente vai se estender contra tudo que estiver relacionado ao homem utilizando os diversos meios e mecanismos coibitivos e coercitivos como instrumentos que buscam legalidade para exercer a autoridade anticristã sobre os homens. Aproveitando o oportunismo do esfriamento do amor entre os homens, o anticristo influenciará cada vez mais para que desapareça o amor de Deus ensinado pelo Senhor Jesus Cristo aos homens. Hoje já se desponta cada vez mais o surgimento sugestivamente incentivado de um tipo de amor estranho cujas expressões são divorciadas do amor de Deus ensinado na Palavra de Deus. 


É momento de reflexão e de encorajamento para o anúncio e o ensino efetivos e eficazes da Palavra de Deus, haja vista que os homens sofrerão a falta dela começando pela escassez de sua publicidade e pela repressão de sua propagação pública.


É momento de visualizarmos o panorama geral que sutil e lentamente cerca os homens, e vejamo-lo acima da momentaneidade, do imediatismo, do emocionalismo transitório e dos interesses particulares. A tirania do anticristo se mescla no falso engano promocional de menos custo, menos dores, menos sofrimentos e maior benefício, maior prazer, maior satisfação.


É momento de olharmos para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé, sabendo que o anticristo progressivamente se revela sob a forte maquiagem de um aparente domínio de paz estabilizado sobre os homens e em favor destes, aparentemente.
PbGS
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