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segunda-feira, 4 de junho de 2012

GUARDAI-VOS DOS CÃES.


QUEM SÃO OS CÃES?
Fp 3.2 – Guardai-vos deles.
Essa é uma pergunta curiosa e ao mesmo tempo inquietante. Ela nos leva a questionar por que na ótica da Bíblia Sagrada algumas pessoas são metaforicamente chamadas de “cães”. O que leva pessoas a serem comparadas aos cães? Quem são os “cães” de que a Bíblia Sagrada nos alerta a respeito deles? Este artigo pretende trazer algumas respostas à luz da Palavra de Deus. 

Estejam continuamente atentos sobre os cães”. Fp 3.2. Com esta forte e imperativa expressão, o apóstolo Paulo fez uma contundente recomendação em forma de rogo à igreja dos filipenses de sua época. Uma instrução com o propósito de alertar aqueles cristãos a se manterem cautelosos e cuidadosos diante de coisas com as quais se deparavam em sua época.

Uma orientação própria também para uma igreja que enfrentava um contexto hostil e debaixo de dificuldades em meio a uma sociedade bombardeada pelas guerras e disputas de filosofias humanas conflitantes e confusas entre si sobre o que de fato seria a verdadeira alegria de viver. Uma sociedade que tinha vários e diferentes pensamentos insatisfeitos sobre a alegria e que também nada conhecia do verdadeiro sentido da alegria segundo os ensinamentos do Cristo Vivo e Eterno.

Uma recomendação paulina, a fim de que também os crentes filipenses mantivessem a pureza e a essência do Evangelho de Cristo primariamente em suas individualidades como aprenderam e assim também fazerem valer essa manutenção e salvaguarda coletivamente em seu meio.

Essa expressão nos instrui a sermos cautelosos e nos desperta a redobrar cuidados sobre todos os hábitos e práticas estranhos que nos rodeiam em nossos dias. Ela é uma das recomendações que tem atravessado os séculos e cada dia mais se tem feito uma instrução extremamente necessária, útil e cabível.

Os judeus contemporâneos de Paulo usavam o termo “cães” (“kelebh”) para designar os gentios (povo não-judeu), tendo em vista aqueles verem e considerarem estes como pessoas cerimonialmente impuras, imundas. A força do orgulho carnal sobre a herança religiosa somada à observância das tradições judaicas através de esforços humanos alimentava no coração religioso daqueles  judaizantes de então algumas atitudes e comportamentos que conflitavam consigo mesmos, com a prática de sua fé e com a essência das Escrituras Sagradas.

Paulo metaforicamente devolveu o termo “cães” para sobre aqueles  falsos e fingidos que rondavam a igreja buscando lhe causar perturbações e lhe arrebanhar os coxeantes e fracos na fé cristã. No texto citado, a palavra do grego original para “cães” é “κύνας” (kynas), de “κύων” (kyõn).
Para começar a entender o assunto, precisamos saber que a visão do povo Ocidental possui certa dificuldade para compreender como o povo Oriental considera e mantém a visão de mundo em geral sobre alguns assuntos e aspectos da vida.

Além do que encontramos nas Escrituras Sagradas, o ato de comparar pessoas a cães era também muitas vezes encontrado nos provérbios populares daquela época. Pv 26.11, 17.

Para posicionar seguramente o foco do texto, vamos primeiro aos pontos sobre os cães (animais), como eram vistos nos tempos bíblicos. Com isso, poderemos em seguida compreender melhor sobre quem Paulo estava mencionando metaforicamente como “cães” no texto em apreço.

Em primeiro lugar, os cães (animais) eram vistos constantemente perambulando sem paradeiro e sem direção definida, pelas cidades. Vagueavam como forasteiros sem rumo e de porta em porta com o fim de buscarem saciar a sua fome sempre insatisfeita. Eram vistos como animais gulosos, insaciáveis e sempre prontos para abocanhar qualquer coisa que lhe servisse de alimento. Is 56.11. Escritos extra-bíblicos antigos também comprovam o fato de que os cães eram vistos como animais gulosos e insaciáveis.

Segundo, mantinham-se em bando e dependiam dele para a sua sobrevivência. Mas, por outro lado, conviviam em disputas acirradas entre si, a ponto de violentamente sangrarem e mutilarem uns aos outros por excitação e afloramento de seus instintos. Feriam-se uns aos outros, mas também se mantinham lambendo as feridas uns dos outros, e isso fazia com que não perdessem a ligação entre o bando, apesar das escoriações provocadas por eles mesmos dentro dos seus próprios bandos.

Em terceiro, os cães (animais) eram vistos como imundos e nojentos, porquanto entre si também lambiam os próprios vômitos uns dos outros. O vômito de um podia atrair o paladar de outros cães do mesmo bando ou ser lambido de volta pelo próprio que o lançou. Pv 26.11.

Em quarto lugar, constantemente eram vistos vagando em torno dos muros das cidades, nos vales de monturos, na busca e na espera de restos de lixo e de cadáveres. Não diferenciavam entre o puro e o impuro. Aproveitavam qualquer carniça ou qualquer sobra de comida bem feita e temperada que eram jogadas naqueles depósitos abertos de restos e lixos. Para o paladar canino não fazia diferença entre uma comida limpa sobrada dos palácios e a carniça imunda exposta nos monturos.

Em quinto, os cães (animais) eram vistos como criaturas que não tinham dono, não possuíam domicílio regular e nem um lar para o seu abrigo fixo. Registros os descrevem como animais soltos do ambiente doméstico e sem donos definidos. Freqüentemente, viam-se os cães se juntarem a  mendigos; associarem-se a pessoas moradoras de rua atingidas pela miserabilidade nas calçadas e portas. Lc 16.21. Principalmente eram vistos juntos atravessando a escuridão da noite ao relento.

Em sexto lugar, por serem animais carnívoros e sanguinários, sua natureza canina servia de proveito e oferecia alguns benefícios para alguns povos orientais. Algumas casas empregavam os cães como guardas e como caçadores. Mas relatos nos deixam ver que os cães não gozavam da total e plena confiança daqueles domicílios beneficiados. Era comum os filhotes de cães também se alimentarem com migalhas caídas debaixo das mesas nas casas que os criavam. Mt 15.27. Assim também alguns escritos antigos dão conta da presença do triste e vil pecado da zoofilia oculta usando cães naquelas épocas remotas.
E, por fim, em sétimo, constantemente eram vistos ataques surpresa de cães afoitos e inesperados contra pessoas nas ruas e pelos caminhos. Quer defensiva ou ofensivamente, os cães se lançavam voraz e traiçoeiramente contra tudo que lhe configurasse como uma ameaça a si. Os cães desconheciam facilmente as pessoas, até mesmo aqueles que lhe deram migalhas nas ruas anteriormente.

Em vista de tudo isso, notamos a expressão do texto citado falar em uma linguagem metafórica como reprovação de comportamentos e procedimentos. Os cães (animais) eram símbolo da impureza, do cinismo, da insensatez, da estupidez e da imundície. E nessa linguagem a palavra “cães”, “κύων” (“kyõn”), empregada no texto grego original para pessoas, comparando-as a cães, quer denotar uma figura de má índole, de má reputação, de desprezo e de imundície, familiar íntima e praticante de pecados nojentos e repugnantes contra Deus e contra até a própria natureza humana.

Paulo emprega essa mesma linguagem para pessoas que demonstravam uma oposição agressiva contra o Evangelho, contra os ensinamentos de Cristo e com fins destrutivos ou devoradores contra a igreja do Senhor Jesus. Um termo aplicado sobre pessoas com motivações estranhas e contrárias à vida no Reino de Deus e às Escrituras Sagradas e que tentavam sabotar o Evangelho da graça de Deus.

Paulo estava também se referindo a pessoas que se mantinham vagando entre a pureza e a impureza, entre a religiosidade e a insensatez, entre o sagrado e o profano, entre o orgulho dos esforços carnais próprios e a aplicação da fé. Paulo estava também denotando pessoas que perambulavam indiscriminadamente entre as igrejas para fazerem adeptos cativos a si, aos seus “zelosos” pretextos. Pessoas de vida moralmente impura e inescrupulosa. Pessoas religiosas que saiam das práticas da velha vida desenfreada, insensível e desajuizada de pecados e repúdios, e de maneira contumaz voltavam a insistir em se manterem flertando com ela.   

Pessoas cuja visão vagava insaciavelmente sem paradeiro e sem dono definidos atrás de vantagens e de tirar proveitos. Pessoas indefinidas que não tinham padrões e vínculos referenciais definidos. Pessoas que pouco lhes importava as diferenças entre santo e profano, luxo ou lixo, cidades ou monturos, coisas excelentes ou nojeiras e sujeiras. Pessoas intrusas e intrujas que usando de cinismo, buscavam cativar ambientes e pessoas indiscriminadamente, a fim de obter proveitos e captar vantagens.

Pessoas ressentidas que se desconheciam, se estranhavam e se indispunham contra as outras que lhe configurassem como uma suposta ameaça ao seu orgulho de poder. Pessoas que não discerniam o que é amor e responsabilidade, nem liberdade e libertinagem, nem erros acidentais e erros prevaricados ou premeditados. Pessoas que não tinham escrúpulos e que não se tocavam diante do descaramento e da desfaçatez. Pessoas matizadas cuja personalidade rascunhava uma cor enquanto o caráter rasurava outra.    

Pessoas movidas por vis choques de brios que avançavam umas contra as outras sem pouco importar-se se iriam se ferir, mutilarem-se, ou se matarem, em nome de um zelo pretexto e de uma fé motivadora de invejas odiosas. Mas também eram as mesmas pessoas que em conluio se alimentavam e se orgulhavam do vômito (sujeiras, fraquezas, deslizes, desacertos, erros) de umas das outras e lambiam-lhes os orgulhos feridos com as condolências traiçoeiras. Pessoas cujos gostos e vontades lhes arrastavam ao vil terreno de proveitos sórdidos e vantagens vergonhosas.

Paulo estava se referindo também a pessoas cuja visão pelo respeito pessoal havia sido arrefecida, vencida, fracassada, liquidada, em função de suas próprias intenções e desvios de conduta. Pessoas cujas bocas treinadas falavam habilidosamente do Deus Eterno, contudo seus corações indecentes idolatravam os interesses pessoais, as sórdidas manobras ocultas e a ambição pela primazia nos assentos cativos.
Paulo estava se referindo às mesmas pessoas que em nome de Deus, da religião e do tradicionalismo mantinham insensível e indecifravelmente seus corações a serviço do ódio destrutivo, do desrespeito desumano, da ignorância dissimulada, da arrogância cruel, da mansidão perniciosa e da inveja revanchista.

Paulo estava se referindo a pessoas aparentemente piedosas e munidas de sapiências oportunistas, que forçavam inverter o que jamais deve ser inverso, associar ou comungar valores incompatíveis, colocar remendos velhos em panos novos, provar o contrário do que está naturalmente explícito e modelar o racional na fôrma da irracionalidade.

Paulo estava recomendando que tivessem cautela sobre pessoas de caráter fingido e anticristão que polida e sutilmente forçavam de forma amistosa introduzir práticas, hábitos e costumes conflitantes com o Evangelho crido e vivido na Igreja do Senhor Jesus Cristo. Pessoas movidas por insaciedades, que visavam roubar a pureza, a decência, a simplicidade e a honra do Corpo de Cristo, assim como politiqueiramente buscavam se aderir e se amalgamar ao povo de Deus com a finalidade especial de promover a vergonha, desestabilizar convicções e viabilizar a interrupção da comunhão da Igreja com o Seu Senhor e assim, mesmo não prevalecendo, provocar um sério e terrível quadro de insipidez.

“Acautelai-vos dos cães”.
PbGS



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