sábado, 14 de julho de 2012
FÉ: um bem mais precioso.
FÉ: um bem mais precioso.
Guarde a
sua fé...
Começo este artigo convidando
o caro e generoso leitor a por as vistas com mais carinho e apego ao lindo
texto sagrado, escrito pelo Apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” 2Tm 4.7.
E somente objetivando
posicionar o assunto, preciso concentrar o foco na última expressão do
versículo supracitado: “...guardei a fé.”. A fé é um bem precioso. Tão mais precioso
do que o mais puro ouro, e muito mais do que a mais fina prata. Você está
guardando, mantendo, a sua fé? Que você tem feito para guardar a sua fé?
A lógica e a razão são
dois elementos admiráveis e cativantes. Mas apenas possuem o brilho de
enfrentar os combates da vida trafegando dentro dos corredores das
possibilidades, das probabilidades e das limitações, e quando findam a carreira
se deparam com o esquife, com os limiares do aguilhão da morte e com o esbarro
do túmulo. A lógica e a razão rejeitam entrar na galeria “Aos Hebreus 11”, e se entrassem certamente se
perderiam e se chocariam com as admiráveis riquezas de suas vitrines.
A fé, todavia, com sua
nobreza, convicção e firmeza singra o combate ultrapassando os horizontes das
impossibilidades, dos riscos e do inexplicável. E quase vista como loucura, vence
o mundo, prossegue para o alvo, percebe o encerramento da carreira e entrega e
abandona o corpo frio ao túmulo. Contudo, atravessa este e permanece enxergando
os resultados de que tanto tem esperado.
A fé não encontrou dificuldade alguma para deixar parentelas e ter saído peregrinando na direção de
Deus e sob os Seus cuidados. Ela não enxergou dificuldade alguma para ver imponentes
muralhas caídas. Ela restaurou o altar e foi respondida com fogo do Céu. Ela
obedeceu as ordenanças de Deus e discerniu as conformidades dos decretos humanos para
restaurar muros em ruínas e ter reerguido portas do meio em escombros.
A mesma fé que subjugou ursos e leões, venceu o gigante, assumiu o palácio e não perdeu o seu cerne e nem
a sua essência. A mesma fé que num dia transformou a água em vinho, curou enfermos e libertou endemoninhados, enfrentou os momentos cruciais do jardim, do
julgamento, do flagelo e foi assunta ao Céu. A mesma fé que testificou e
fortaleceu vidas, também se aprontou para o desterro e tendo sido ilhada não se omitiu do momento
das grandes visões e revelações.
Não causa nenhuma
surpresa o ouvir alguém dizer que estamos vivendo tempos difíceis e dias
trabalhosos. Dias da revelação plena e aberta do homem do pecado. Dias de cristos
supostos e pressupostos. Dias de esquemas e manobras. Dias do alastramento de
iniqüidades, da incredulidade e do conseqüente esfriamento do amor. Dias da
ignorância e da insensibilidade imperarem. Dias da intolerância, da insensatez
e dos desafinos e desatinos governarem. Enfim, dias que desafiam a fé.
Dias de tanto alguns sóbrios
quanto outros imprudentes se permitirem adormecer de lamparina nas mãos debaixo
destas altas horas da noite espiritual que assola o mundo, que entra em casas,
divide famílias, inverte conceitos e preceitos, inebria musas e vira mesas,
quebra princípios e despreza apelos, leva mentes a deitarem-se na lama e
degustarem o vômito. Dias que o engano e as ilusões tentam obscurecer e
desafiar a fé.
As muitas campanhas a
serviço da incredulidade confusamente se acirram e até se chocam entre si
mesmas. O volume de labirintos e facetas da incredulidade aumenta e o terreno da
confusão e da distração cada vez mais se torna movediço. Enfim, tudo parece
dizer que a cada dia precisamos de mais guardar a nossa preciosa fé. A fé
insistente, que por vezes possa parecer importunação. Mas, afinal, “quando vier
o Filho do Homem, porventura achará essa fé na terra?” Lc 18.8
A cada passo que o
tempo avança, o bom combate da fé torna-se renhido e árduo. A cada momento,
diante de atos e fatos, o Espírito de Deus está expressamente nos exortando:
“Guarde a sua fé”. E como foi com Ló, parece que estamos também ouvindo a mesma
voz firme nos recomendando: “Escapa-te
por tua vida”. Gn 19.17. Os lampejos dos tempos estão publicando prenúncios
de desafios à fé. Mas que nenhum de nós olhe para trás, e que cuidemos e
reanimemos outros servos de Deus que conosco estão, a fim de que atravessemos
as “campinas” até o Lugar Seguro.
Ainda as palavras
inspiradas do Apóstolo Pedro estão nos dizendo em alto e bom som: “Sede sóbrios. Andai em temor. Sede santos”!
A graça do Senhor Jesus Cristo concedida aos que nEle crêem há de ser revelada,
como diz a Escritura! Provas e sinais disto, temos muitos. Históricos e histórias
disto, são confirmados diariamente.
Os “vãos esplendores terrestres, os passarinhos
e as belas flores querem nos encantar”, diz o hino 36, da Harpa Cristã, por
Justus H. Nelson. Mas o panorama também parece por outro lado nos dizer que as
contingências da noite espiritual trevosa estão tentando desarmar a fé de
muitos e ao mesmo tempo buscando neutralizar a fé dos exilados da Linda Pátria.
A fé não deve se deixar ser iludida por demonstrações enganosas da mesquinhez e
da mediocridade. A fé não deve se deixar ser levada pelas impressões produzidas
dos frutos da artificialidade sutil.
Estamos no tempo das
maiores e mais esplendorosas impressões e das mais arquitetadas aparências. Impressões,
demonstrações e aparências nem sempre declaram um coração movido pela essência
da fé. Afinal, artes e cenas possuem a destreza para vestirem as várias
roupagens e acessórios da ambigüidade, das ambientações e das conveniências. Estamos
no tempo da mentira se tornar em candidato, da vergonha buscar pleitos e da
falsidade oferecer apoios. Enfim, estamos no tempo de guardar a nossa fé.
Fé é um assunto
altamente espiritual, e não pode ser confundida pela força única e exclusiva de
vontades e nem pelos engenhos da intelectualidade. Algumas vezes o querer
dispara uma declaração de fé, mas nem todo querer se fundamenta em necessidades
ou se apóia na genuína fé. Muitas e na maioria das vezes as vontades e a
intelectualidade se colocam a serviço do orgulho individual, da soberba “santa”
e da ostentação pessoal.
Ainda estão as
palavras do Apóstolo João veementemente nos recomendando como um reforço
fortalecedor: “Olhai por vós mesmos”.
2Jo 8.
Não percamos a fé,
porquanto a temos recebido para atravessar os anos vencendo o mundo e
subjugando a carne. Aqui vão alguns conselhos úteis para guardar, manter, a nossa
fé em Cristo Jesus:
1 - Não se entregue ao
ostracismo espiritual e não perca o seu relacionamento individual com Deus e o coletivo
com os outros servos do Senhor Jesus de seu círculo de comunhão e relacionamento.
O afastamento gradual e a desagregação lenta quase sempre não são percebidos
pela mente excessivamente ocupada com as responsabilidades e afazeres naturais da vida
secular. Tudo faça para “morar na Casa do
Senhor e aprender no Seu santo templo”.
2 - Não se desaponte
diante dos problemas humanos que lhe circundam ou que diretamente lhe envolvem.
A receita bíblica e eficaz é: “Olhando
para Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé”. Perceba que o verbo olhando
do texto sagrado fala de uma ação contínua. Na vida existem muitas experiências
de pessoas, contudo há milhares e milhares de testemunhos vivenciais da fé de
outras que vivem uma vida devocional sadia e de intimidade com o Senhor Jesus. Nem
sempre essas estão na galeria de fama, mas podem servir de referenciais
honrados e úteis.
3 - Não coloque peso de
autoridade secular sobre a autoridade divina, bíblica. A visão secular tem a
sua autoridade reconhecida e respeitada, mas não possui a última palavra sobre
as coisas divinas, bíblicas. Os pensamentos céticos aumentam de forma gradual,
em progressão lenta, até desaguarem em uma tempestade de conflitos e dúvidas
que neutralizam a fé drasticamente.
Temos os deveres de
conhecer o nosso tempo e também de examinar tudo, entretanto o que deve ser
retido por nós para a nossa edificação é apenas o bem segundo a Palavra de
Deus. E há um universo de muitas e diversas coisas na vida que biblicamente são
classificadas como bem. Alguns deixam, ou perdem, de usufruir delas em função
da ignorância, dos excessos, dos desafinos e dos extremismos. A tolice afoga uns, o preciosismo embriaga outros e o perfeccionismo sufoca muitos.
4 - Não se desanime
diante das injustiças e desrespeitos promovidos pelo mundo. A Bíblia diz: “O mundo jaz no maligno”. O verbo “jazer”
significa estar enterrado, sepultado, plantado. Portanto, não esperemos somente
atos de justiça e de respeito para com a nossa fé. Dispensa-se todo e qualquer
comentário a este respeito, visto que sobre isto as Sagradas Escrituras versam
com toda propriedade e autoridade.
Todas as pessoas
experimentam fases de sofrimentos, frustrações e decepções, todavia o nosso
Mestre Amado Jesus Cristo nos ensina e nos conduz. As provações existem para
provarem e as correções existem para corrigirem. Afinal, “todas as coisas cooperam juntas para o bem daqueles que amam a Deus”.
Rm 8,28. E “as aflições do tempo presente
não se comparam com a glória que em nós há de ser revelada”. Rm 8.18.
Diariamente, centenas
de pessoas caem em desacertos, sofrem desastres espirituais, entretanto a cada
momento milhares de pessoas são encontradas pela fé abraçam-na e logo não
permanecem prostradas e se levantam pela fé que recebem do Senhor Jesus Cristo,
o Autor e Consumador da nossa fé. A fé que recebemos do Senhor Jesus é um bem
mais precioso que temos. 1Pe 1.7.
Por isso, guarde a sua
fé sempre. Combata o bom combate pela fé. Siga pela fé a carreira que lhe está
proposta. Mantenha e proteja a sua fé.
PbGS
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Amigo. É para mim uma honra estar no seu blog, poder ver e ler as belas palavras aqui contidas. Seu blog é uma benção, fiquei maravilhado, seu amor a Jesus nota-se nas palavras escritas, continue a ser esta grande benção, a deixar-se usar pelo grande Oleiro. Quero aproveitar a oportunidade para partilhar o meu blog : Peregrino E Servo. Vou ficar muito feliz se tiver a gentileza de fazer uma visita ao meu blog e deixar um comentário, e se desejar, mas só se quiser siga, de volta vou retribuir. Deus te abençõe ricamente.
ResponderExcluirAntónio Batalha.
Nobre amigo, irmão em Cristo, Presbítero Antonio Batalha:
ExcluirPaz seja com o amado companheiro. Apresento o meu cordial e sincero agradecimento pela sua boa presença por aqui. Sinto-me honrado em ter o seu generoso comentário sobremodo incentivador.
Estimo-lhe muita saúde continuadas vitórias na sua preciosa vida.
E juntando a minha fala à sua, elevo ao Senhor nosso Deus Todo-poderoso, misericordioso e bondoso todo a nossa mais profunda gratidão e o nosso mais verdadeiro e sincero louvor para sempre.
Seja bem-vindo, nobre companheiro!
Volte sempre!
Fraternalmente,
Em Cristo,
PbGS