domingo, 19 de agosto de 2012
O EVANGELHO DE DEUS.
O Evangelho de Deus
A notícia de boas novas do Rei.
A palavra evangelho
traduz a original do texto grego “euangelion”, que por sua vez
traduziu a hebraica “besorah”. Evangelho significa uma mensagem
de boas novas, as boas notícias. Era empregada para dizer de uma mensagem de boa
notícia da parte de um monarca ao seu povo, através dos seus arautos mensageiros
dedicados aos serviços desse anúncio, chamados e distintamente incumbidos para tal.
A mensagem de boas
novas expedida pelo monarca possuía o teor original, imutável e irrevogável contendo
a divulgação da sua vontade, o objeto da mesma e os propósitos para os quais a
mensagem se destinava alcançar. Nenhuma outra autoridade possuía competência
para efetuar alteração, mudança ou revogação no teor original da mensagem de
boas novas do monarca que a originou.
Os arautos,
mensageiros encarregados de transmiti-la e divulgá-la para o povo, eram reconhecidos
e credenciados pelo monarca para a tarefa do anúncio. Eram cônscios e
conhecedores dos requerimentos de suas funções de arautos. Nenhum arauto era
desconhecido ou anônimo ao monarca credenciador. Eram notoriamente adestrados, reconhecidamente
capazes e comprovadamente habilidosos em lidar com as palavras recebidas
diretamente do monarca, assim como com os seus significados, aplicações e
implicações.
Apesar do teor das
boas novas contido na mensagem ser original e imutável, a forma e a estrutura dispositiva
da mensagem era da responsabilidade tácita e fiel do mensageiro comissionado
pelo seu senhor monarca. Sua autoridade de arauto possuía limitações e
salvaguarda, e o seu trabalho de mensageiro jamais lhe conferia abertura para
efetuar composições extras, juntadas, anexos, adendos, emendas, locupletações, pareceres
e opiniões alheias ao monarca de quem originou as boas novas.
Qualquer elemento
divulgador da mensagem que não fosse o arauto era considerado apenas um retransmissor
e narrador informal e popular do reino. Daí o fato de naquele tempo haverem
circulado entre o povo o repasse de boatos e rumores oriundos de mensagens
fracionadas, incompletas, truncadas e desafinadas do teor da mensagem original.
O lindo texto da Carta
de Paulo aos Romanos, especialmente Rm
1.1-4, abre alguns lampejos que nos despertam responsabilidades, nos
requerem e nos tornam capazes de compreender detalhes vitais e sumamente
importantes sobre o Evangelho de Deus.
Primeiro, o evangelho de Deus tem uma origem, como diz o seu
próprio nome no texto em pauta. Ele pertence ao Senhor Deus Eterno, Criador e Todo-poderoso.
Ele é a mensagem de boas notícias da parte do Senhor Deus para os homens, suas
criaturas. O evangelho de Deus expressa a sua vontade revelada aos homens e
trata da manifestação de Seu bom favor e graça para com eles, para a obediência da
fé. O seu assunto-tema central e o seu teor se concentram acerca de Seu Filho Jesus
Cristo.
Segundo, o evangelho de Deus havia sido prometido através dos Seus profetas. Os
profetas exerceram o papel de arautos na função de mensageiros exclusivos do
Senhor Deus aos homens. As Escrituras Sagradas nos deixam notar claramente que
nenhum profeta que esteve na condição de arauto mensageiro de Deus teve por
usurpação extrapolar as suas limitações e responsabilidades para com o anúncio
de Deus ao povo. Os profetas conheciam e lidavam com os assuntos do seu tempo, do
seu povo e da sua nação. Mesmo alguns por vez fugindo, ou se escondendo, ou
sendo incompreendidos, ou sendo ignorados e perseguidos, ou se contrariando a
si mesmos, ou sofrendo momentos de tristeza em si mesmos, não efetuaram
acréscimos na mensagem das boas notícias do Seu Senhor.
Terceiro, o evangelho de Deus foi prometido nas Santas Escrituras. Elas
são a fonte referência da mensagem de boas notícia de Deus aos homens. O
evangelho de Deus não foi um resultado de códices, códigos, escritos duvidosos,
efeitos da capacidade criativa e intelectual humana. O evangelho de Deus foi
prometido pelo próprio Deus na Sagrada Escritura. Deus havia falado antigamente, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas. A nós Ele nos falou, nestes últimos dias, pelo Filho, a
quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. Hb 1.1-2
Quarto, o evangelho de Deus trata acerca de Seu Filho. O evangelho de Deus não
se destina e nem se prende a assuntos fora do propósito da mensagem de Deus – a
que os homens através dele pela fé cheguem ao conhecimento de Deus através de
Seu Filho Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, provido por Deus para redimir o
homem da lei do pecado, para livrá-lo do poder do pecado e por fim para
preservá-lo completamente da presença do pecado.
Quinto, o Senhor Jesus, Salvador Ungido, é o assunto-tema da mensagem do
evangelho de Deus. O Salvador Ungido nasceu
da descendência do rei Davi, segundo a linhagem humana. Rm 1.3. Portanto,
como o homem Maravilhoso Conselheiro e Príncipe da Paz, Ele nasceu da linhagem
real, querida, amada, respeitada e reverenciada, de Davi. O Salvador Ungido foi
da descendência do patriarca Abraão e, portanto, como homem, pertence à
linhagem da promessa. Mt 1.1
Finalmente, o Senhor Jesus, Salvador Ungido, foi declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de
santificação, pela ressureição dos mortos. Rm 1.4; Lc 3.22; Lc 24.5-8. Portanto,
como Deus Forte e Pai da Eternidade, Ele foi testemunhado como varão poderoso em palavras e obras e em
poder no Espírito. Deus ressuscitou Jesus Cristo e nos ressuscitará dos
mortos pelo Seu poder. At 17.31; 1Co 6.14.
À luz de tudo isso,
precisamos compreender que a mensagem das boas novas de salvação pertence e
procede do Senhor Deus. Que ela foi prometida por Ele e anunciada através dos
Seus profetas nas Santas Escrituras. Que o assunto-tema dela é o Senhor Jesus, Filho
de Deus. Que ela é completa e íntegra em si mesma e não está aberta a qualquer alteração,
mudança ou revogação. Que a mensagem das boas notícias de salvação foi provida por
Deus através de Jesus Cristo pelo qual recebemos o favor de Deus imerecido por
nós para a obediência da fé.
Cabe, portanto, a todo
aquele que anuncia o evangelho de Deus conhecer as suas tarefas de arauto
mensageiro de Deus, estar cônscio de suas limitações e responsabilidades para
com o teor original da mensagem das boas notícias de Deus aos homens, ser
dedicado ao comissionamento recebido e fiel aos propósitos do anúncio do evangelho
de Deus.
Não troquemos o teor
das boas notícias de Deus, e nem trunquemos a Sua mensagem, a fim de agradar
arranjos desarranjados, desafinados, descabidos, descasados e desconexos para
com as Santas Escrituras e para com os propósitos do evangelho de Deus. Sejamos
criativos, e ainda que mais imaginativos, dependamos das revelações do Espírito
inspirador e ministrante da Escritura Sagrada. Não falemos o que o Rei não
disse. Não sejamos mensageiros de péssimos arranjos e de más notícias. Não entreguemos
uma mensagem que não veio da parte do Rei comissionador de arautos.
Não troquemos a
mensagem das boas notícias da Salvação por receitas de auto-ajudas e nem
tampouco por orientações e rudimentos da psicologia. Não abramos fábricas de
mensagens particulares, cujos direitos autorais não pertencem ao nosso Mestre
por Excelência. Não ponhamos conceitos particulares onde não existe e nem coloquemos
nossas próprias definições em que não as cabe. Deixemos as Escrituras Sagradas
se revelarem. Permitamos que o Rei nos diga a Sua mensagem a ser entregue. Dependamos
mais do Espírito ministrador nos ensinar.
Sejamos apenas servos
dispostos a servir, chamados para um comissionamento e separados para uma
dedicação impar, distinta e singular para o evangelho de Deus.
PbGS
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