terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
HUMANCÊNTRICAS OU CRISTOCÊNTRICAS?
IGREJAS HUMANOCÊNTRICAS.
Cada
vez menos cristocêntricas.
Inconfundivelmente entendemos da Palavra de Deus que o Senhor
Deus quer que sejamos cada dia melhores. Apesar de nossa distância de perfeição
e da nossa corrida determinada e incessante em direção a esta, podemos perceber
e compreender que a Palavra de Deus tem como alvo nos fazer alcançar a
perfeição em Cristo. Não
fora dEle, porquanto fora de Cristo tudo se resume no ambiente humano. Em
Cristo tudo é guiado pelo Espírito, e fora de Cristo tudo que prevalece é o
governo pelas tendências da carne.
Não exatamente a igreja do Senhor Jesus Cristo como organismo
místico, espiritual e universal de todos os crentes em Cristo em todo o mundo,
mas igrejas cristãs como comunidades de crentes locais, vêm sofrendo ou
implementando ou sendo mudadas, em vários sentidos e aspectos em razão de
cedência permissiva a mudanças de visão e metodologias influenciadas pelas
tendências seculares massivamente concentradas e voltadas para atender apenas o
lado humano, independente do doutrinário e do espiritual em Cristo.
Não exatamente a igreja do Senhor Jesus Cristo, mas igrejas
cristãs locais vêm cada vez mais se configurando humanocêntricas ao passo que
cada vez mais perdendo a natureza e a essência cristocêntricas, em suas
ambiências e práticas. Isso se deve a ênfase colocada no humano em detrimento
do que deveria ser no espiritual em Cristo. Esse fator cada vez mais se revela
através das ações e condução práticas observáveis e discerníveis. A forma sutil
de separar o humano do espiritual em Cristo através de trocas de satisfações e desfoque do alvo de seu prazer.
Largas tendências se concentram em entronizar a visão, a
capacidade e a habilidade humanas como o mecanismo motor principal e central direcionado
para atender pura e prontamente as satisfações humanas independentes da vontade
de Deus revelada na Sua Palavra. Esses fatores e suas causas e efeitos vêm
sendo objeto de observações, pesquisas, estudos e alertas competentes e
abalizados sobre a vida de igrejas e de sua fé cristã no presente século em
comparação com a da Igreja no seu sentido bíblico e cristocêntrico.
Igrejas quando não perdendo, parcializando, os seus foco e cerne
de sobre a pessoa e ensinamentos do Mestre e Senhor Jesus, enquanto levam sua
vida de princípios e atividades hoje mais do que antes em vários aspectos pulverizadas,
ou minadas ou dominadas, pela valorização excessiva dos interesses e natureza concentrados
apenas a favor da projeção e dos brios humanos a qualquer custo, ainda que este
seja sustentado pela inclusão e assimilação de práticas supersticiosas. Esta é uma
das propostas sutis, sorrateiras e maléficas do humanocentrismo religioso.
O pensamento humanocêntrico vem direcionando igrejas para a
mentalidade e as atividades partindo do princípio de que tudo que realize deva
girar e ocorrer apenas para atender a projeção ou a satisfação do lado humano das
pessoas, independente do que se entende da vontade de Deus revelada nas
Escrituras Sagradas para fundamentar e balizar a vida humana que se proponha a
seguir os passos do Mestre e Senhor Jesus. O pensamento humanocêntrico tem a
força de manipular os corredores e os labirintos da alma humana fazendo-a
parecer em conexão com o espiritual. Prova dessa triste realidade está na
trágica visão equivocada de que indivíduos e grupos possuem do avivamento espiritual, que hoje os seus frutos deixam claro que se resume configuradamente
no avivalismo humanocêntrico, movido apenas para atender a busca de momentos
eufóricos eventuais e de captação de recursos.
Observadores competentes têm detectado e dado contas de que o
pensamento humanocêntrico vem sendo pulverizado em metodologias que vão desde
aspectos de liderança através de mecanismos de desenvolvimento de atividades
coletivas até a forma de visão e conduta individuais. Ambos tendenciados a tentativas de adequarem, dirigirem e firmarem a vida prática em ideais descasados da Palavra de Deus e por ideologias particulares, e algumas vezes manipuladoras. Sintomas
de distanciamento e perdas que se alastram temporariamente ocultos e camuflados na moda do "o que dá certo" segundo a
visão humana independente do querer de Deus, pelas façanhas de contingências tentadoras que atendam no seu todo os desejos e anseios particulares das tendências
humanas e não por princípios e propósitos segundo a Palavra de Deus. Resultados desses prejuízos para a fé, para os púlpitos e para comunidades de igrejas locais são tragédias e desastres morais e espirituais produzidos da mentalidade triunfalista, feiticista, fascista e insipiente, premiada e aplaudida pela visão secular invadindo igrejas e confinando e amordaçando lideranças nos corredores dos medos e temores.
O pensamento humanocêntrico possui a força de usar textos das
Escrituras Sagradas fazendo aplicações distorcidas e desconexas para com os
verdadeiros sentidos do que de fato quer Deus nos trazer para Ele e dizer e nos
ensinar através dos escritores bíblicos. Aplicações divorciadas e distanciadas do sentido dos textos bíblicos, com o fim de apoiar e embasar interesses e ideologias particulares e tendenciosas a favorecerem os aspectos do lado humano. O pensamento humanocêntrico apresenta
a piedade como produto do empenho humano, e promulga a obtenção de bênçãos
divinas através de obras humanas ou resultantes exclusivas do labor destas. Uma forma de incutir a falsa mentalidade de que o silêncio de Deus para algo significasse a Sua aprovação sobre esse.
O pensamento humanocêntrico fere e causa danos à fé cristã, solapa
as raízes da fé cristã em vidas, porquanto leva o crente aos poucos a fazer de
seus esforços a medida e a causa da sua piedade, fazendo-o equivocado em tornar
sua relação com Deus dependente da bondade humana, e não do favor divino para o
homem. E isso desnorteia todo o seu culto do que seria a Deus, assim como o
desfoca do verdadeiro sentido de sua vida com Deus, ou lhe induz a mesclar em
seus pensamentos mistos de endeusamentos ocultos. Nenhum indivíduo crente está
apto a ser ou a fazer o que Deus exige, sem a obra de Cristo nele, por ele, e
por meio dele. O pensamento humanocêntrico possui a força de se somar com os anseios e buscas de necessidades existenciais, assim como a de provocar desilusões, frustrações, algumas vezes fatais, até o afastamento de Cristo.
O pensamento humanocêntrico na verdade tem conduzido crentes a
horizontes escuros, dúbios, nos quais se perdem sem discernirem a diferença
entre futilidade e fé, entre legalismo e a verdadeira obediência, entre o
modismo do “seja bom” e a verdadeira bondade. O pensamento humanocêntrico
distancia o crente da compreensão sobre as verdades da graça de Deus e da ação
da inspiração divina que move (não coage) o crente a liberalmente decidir em
andar no Espírito e construir algo sólido e duradouro, norteado em ser sempre cristocêntrico.
Assim, o pensamento humanocêntrico tem aberto portas para a
entrada parceira das influências positivistas e triunfalistas entre rebanhos
locais do povo de Deus, e assim levando-os a se tornarem cada vez mais
humanocêntricos ao passo que cada vez menos cristocêntricos. Uma perceria
danosa que tem se infiltrado de forma sutil em vários aspectos e práticas de
igrejas, que vão aos poucos perdendo o sentido e a natureza cristocêntricos e
destronando o seu posicionamento ante a sociedade em geral. Esse reflexo é percebido em metodologias de liderança, em pregações, em ensinamentos, em formas de
cultos, em visão de adoração, em canções e criatividades parceiras dos modismos seculares.
Enfim, face as forças das tendências e a visão influente, do
secularismo, o grande desafio para o crente (líder ou liderado) permanecer em Cristo
(cristocêntrico) consiste em estar atento e vigilante em evitar e fugir das
correntes e linhas de pensamentos que concentram tudo na satisfação puramente
humana (humanocêntrico) cujo fim fatal é fazer estar mergulhado em
insatisfações e ou insipiências, separado do agrado de Deus e distanciado dos passos de Cristo
Jesus.
EvGS
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