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quinta-feira, 19 de março de 2015
POR QUE IR À IGREJA?
POR QUE IR À IGREJA?
Dez respostas
a pensar e refletir.
O poeta, pensador, autor e escritor britânico Rudyard Kipling
foi habilidoso em escrever poemas curtos. E em um deles acendeu luzes
fundamentais para quem realmente busca encontrar respostas. Nesse, ele declarou
que possuía servos a seu serviço, que lhe ensinavam acerca do que queria
aprender, ou conhecer ou melhorar. Esses seus servos nada mais eram do que
perguntas básicas, que lançava para todas as coisas sobre as quais precisava e
queria explorar. E um desses seus servos era a pergunta “por que”.
Por que ir à igreja? Essa não é apenas uma pergunta sábia, mas
também necessariamente reflexiva. Essa é também uma das perguntas inteligentes
e sobremaneira sinceras de gente que pensa e reflete em busca de respostas a esse
questionamento. Pessoas que naturalmente procuram a verdade e a pautarem suas
vidas com firmeza e consistência diante das realidades. De certo que pessoas
fogem de perguntas porque também temem e se ressentem com apenas a
possibilidade das respostas.
Por que ir à igreja? Ir involuntariamente e ir voluntariamente.
A primeira aponta para a possibilidade de objetivar a formação e a educação cristãs
destinadas à infância cristã, e a segunda aponta para a deliberação de vontade
na tomada de decisão feita por jovens e adultos sobre suas próprias necessidades devocionais e congregacionais cristãs. Os pais cristãos são voluntários a
permitirem ou conduzirem suas crianças a irem à igreja, daí a responsabilidade
de responderem tanto pela sua ação pessoal voluntária como pela involuntária sob
sua guarda e condução dentro do exercício legal e moral dos direitos e deveres.
Vale muito conhecer o que disse o extraordinário, versátil e
habilidoso pregador inglês Webb Garrison, escritor e pregador experiente. Com
profundidade e larga experiência, ele expôs pontos de respostas resultantes de
longos anos de observação, familiarização, trabalhos de púlpito e de auditórios.
Somados aos seus, outros pontos também em conjunto revelam respostas que levam
a pensar e refletir com franqueza em porque pessoas (não a totalidade delas) vão à igreja. Estes pontos comprovados, em lugar algum diz respeito à totalidade, ou todas as pessoas.
1 - Por simpatia exclusivista a um líder cristão favorito. Pessoas que dão presença aos cultos pelo simples fato de simpatizarem ou se fazerem
simpáticas à pessoa e tratamento público oferecido de um líder tido como seu
favorito. Este é um dos mais perigosos e sorrateiros motivos que descentralizam
e afastam vidas da capacidade de pensar e refletir no seu caminho pessoal de
vida cristã fundamentada na unidade, nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo e
nos princípios de vida no Reino de Deus.
2 - Por lealdade exclusivista a uma instituição. Pessoas que dão
presença regular aos cultos pelo simples fato de serem membros de uma igreja. Esse
é um dos mais desastrosos motivos ilusórios que trazem à luz verdades interiores
do que seria da vida cristã pessoal delas sem essa instituição. Esse motivo tem
revelado o peso de seus prejuízos quando essas pessoas se deparam com momentos
difíceis e situações ruins, aflições que experimentam na vida. Normalmente são
alheias e rasas, quer conscientes ou não, do real significado e da importância
da comunhão congregacional na vida coletiva da igreja para a sua vida cristã
individual e para os projetos da igreja para a sociedade na qual está
localizada e inserida.
3 - Por falta de um propósito reconhecido. Pessoas que vão à igreja
simplesmente pelo fato de haverem adquirido e desenvolvido o hábito rotineiro de
freqüentar o ambiente de sua igreja. Esse é o inimigo perigoso que leva pessoas
aos assentos da conformação e adequação de suas vidas a uma rotina mecânica
quase robótica incentivada por si mesmas debaixo de temores desajuizados,
impensados e irrefletidos. A força do hábito adormece sua visão de necessidade real
e exerce comando sobre suas faculdades mentais e sentimentais. Elas deixam
passar o senso de auto-exame, fogem da realidade de si mesmas, assim como
deixam adormecer sua capacidade avaliativa sobre as coisas de dentro e de fora
do ambiente da igreja.
4 - Por companheirismo. Pessoas que vão à igreja motivadas pelo
simples fato da afloração do espírito gregário, para fugir de solidões, para
encontrar amizades e companheirismo, para se satisfazerem entre grupos embutidos
no meio da pequena multidão de membros da igreja. Apesar de ser um nobre e
feliz motivo humano, não é exatamente o motivo real que pauta o Reino de Deus.
As agências de amizades, as agremiações e associações humanas promovem e
conhecem bem essa prática, entretanto são dissolvíveis, mutáveis, falíveis e
sem propósito duradouro. Esse é um motivo devastador da verdadeira e real importância
relacional para a vida espiritual e devocional com Deus.
5 - Por participação. Pessoas que vão à igreja pela simples razão
norteada pelo interesse de se engajarem na mecânica das atividades
eclesiásticas. Esse é um dos motivos mais fantasiosos que levam pessoas a
arrastarem suas vidas lideradas pelo engano do seu próprio foco pessoal favorecedor.
Esse é o terrível mal silencioso que tem provocado e alimentado o separatismo,
o partidarismo, as desavenças e dissensões no ambiente de igrejas. Um péssimo
motivo que tem acarretado em vícios e desaguado em esfriamentos, afastamentos e
em decepções e frustrações revelados na pessoa e nas atitudes de líderes.
6 - Por desejo de informação. Pessoas que vão à igreja movidas
pelo simples desejo de informação a respeito de assuntos eclesiásticos eventuais
ou serem apenas informadas de assuntos bíblicos. Esse seria um bom e razoável
motivo se a vida cristã fosse apenas resumida a banquetes de informações, teorias
e idealismos. Esse é um grande mal para as pessoas guiadas pelo fator
curiosidade descomprometida. Geralmente vão apenas para ouvirem e apenas serem
informadas no momento, e não para de fato assimilarem a informação a fim de
colocarem esforço e comprovar sua
eficácia na sua vida pessoal. Nada mais do momento de minutos prossegue ou
frutifica para frente. Se abastecem e aumentam apenas em volume de conteúdos, enquanto ações respostas permanecem adormecidas e inertes.
7 - Por respeito à tradicional autoridade. Pessoas que vão à
igreja simplesmente pelo fato de apresentarem respeito à tradicional autoridade.
Esse é um nobre motivo quando colocado no seu devido lugar reconhecido. Porém quando
não comedido, não ajuizado, não pensado e não refletido, fica aquém e pode cair
no perigo da cerimonialidade friamente obrigatória e no desvio de propósito. Esse
é um dos grandes males que tem levado pessoas ao cometimento da reprodução de
erros por desafinação e incoerência com a realidade à luz da Palavra de Deus.
São pessoas que deixam ou perdem o senso de serem guiadas pelos ensinamentos e
exemplos do Senhor Jesus Cristo e passam a seguir apoiadas em ideais isolados
ou mistos de pessoas por tradicionalismo.
8 - Por exibição e vazão emocional. Pessoas que vão à igreja
simplesmente pelo fato de encontrarem nela o ambiente propício com um público
seleto concentrado, predisposto mutuamente a apresentações e a ter sua atenção
chamada e direcionada a detalhes que lhe chegam direto às vistas. Esse seria um
ótimo motivo se o ambiente da igreja fosse de diversão, ou de competição ou de
natureza sindical. É um falso motivo por nada ter a ver com a intrepidez e a
ousadia no Espírito. Pessoas embaladas pela exibição e pela vazão emocional correm
o sério risco de agirem sem saber de que espírito são, e assim se perderem entre
o falso e o verdadeiro, entre o incoerente e o consistente. Enfim, estão
propensas a promover ou aplaudir imperceptivelmente inverdades e heresias.
9 - Por apenas problemas pessoais. Pessoas que vão à igreja apenas pelo
simples fato de estarem, ou elas ou pessoas ligadas a elas, passando por
problemas pessoais e nada mais do que esse motivo. Problemas humanos e
problemas que transcendem a esfera do natural e do espiritual têm oprimido e cansado
diversos corações pelo mundo afora. Geralmente as pessoas que vão à igreja apenas
e estritamente forçadas por problemas pessoais fazem parte de um público
rotativo e mutante tais quais pacientes hospitalares. Esse é um dos motivos que
se tornam um fardo de cansaços emocionais e impeditivos de pensarem e refletirem no significado e na importância da
igreja em sua vida cristã diária.
10 - Por impulsos de auto-afirmação psicológica. Pessoas que vão à
igreja pelo simples fato de nutrirem a sua auto-afirmação psicológica. Esse
seria um excelente motivo se a igreja fosse uma organização empresarial, na
qual a luta da busca de auto-afirmação alavanca sucessos de indivíduos e de
entidades para a consecução de objetivos e êxito no batimento de metas. Esse é
um motivo inimigo que tem tragado mais as pessoas em níveis de liderança do que
liderados. Por outro lado, também é um motivo pode ir levando uma pessoa no
passar do tempo ao terreno do aplacamento da consciência. Sem se aperceberem de
si mesmas, elas se perdem, e são envolvidas e auto-convencidas pelo raciocínio puro
dos brios da sustentabilidade pessoal a qualquer preço e a todo custo. Sua
visão de compromissos é borrada pelas lentes fora de eixos do foco do Céu. São
pessoas que vão à igreja estritamente pela auto-afirmação psicológica que nesta
encontra satisfação na visão pessoal de posição, de status, de seus benefícios,
de suas atividades, de seus pretextos pessoais e de sua projeção.
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