sexta-feira, 8 de maio de 2015
A APARÊNCIA DO MAL.
A APARÊNCIA DO MAL
Abstende-vos
dela!
Na primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, o apóstolo
conclui o seu último capítulo dando instruções aos crentes tessalonicenses, e que se fazem em exigências para
a vida comunitária normal e saudável da igreja do Senhor Jesus em todos os lugares.
É interessante perceber que esse capítulo trata a respeito da vigilância da
igreja para manter-se saudável, respeitada e virtuosa, tanto interna e mutuamente
pela sua comunidade de crentes como externamente diante dos homens de fora dela,
enquanto militando e esperando a vinda do Senhor. Paulo não fala de um estado de perfeição. Paulo fala de forma e procedimentos.
Com as influências exercidas pelos trâmites e práticas da vida
na visão modal do sistema mundo, cada dia mais chegamos ao tempo daquelas
advertências se tornarem cada vez mais altissonantes. Naquele capítulo, uma dequelas
instruções de advertência é a de que a igreja do Senhor se abstenha da
aparência do mal. 1Ts 5.22. Essa instrução está registrada no seu texto
original na língua grega corrente da época assim: “apo pantos eidos ponero apekeste”.
Segundo os lingüistas peritos nos textos sagrados, e sem qualquer tendência de
tradução, afirmam que essa frase é assim: “de tudo que parece, que tenha a
forma ou procedimento, mal, desprezível, ruim, esteja distante, evite, mantenha-se
afastado”.
A frase possui alguns detalhes para os quais se faz importante e
necessário atentar a essa chamada ao terreno do testemunho coerente entre a
comunidade interna de crentes e desta para com a comunidade externa. Ela possui
indicativo generalizante “eidos ponero”, aplicado a toda forma
e procedimento que pareçam mal e exponham a igreja, como indivíduos e como
coletividade, a manchas, a execrações, a deméritos, a vergonhas. Essa frase vem
reforçar como uma advertência preventiva sobre o que nos ensinou o nosso Mestre
e Senhor Jesus no que está escrito: “Vós
sois o sal da Terra. E se o sal se tornar insípido, com que se há de salgar?
Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens”.
Bem verdade é que para cada tempo e época, as variantes
comportamentais mudam e assumem posições diversas e ocupam lugar na atenção de
indivíduos e de públicos. Hábitos se tornam costumes. Costumes tornam-se vícios
e ou em tradições. E
tradições direcionam ou reforçam regras e originam leis. Entretanto, algumas
dessas variantes parecem seguir épocas sob a mira comum de todos os homens e em
todos os lugares e lampejando reflexos bons ou maus, produzindo conseqüências boas
ou ruins e avolumando casos ou descasos.
Passamos os bons anos de vida cristã aprendendo e ensinando a nos
abster da aparência de toda forma de mal. E por causa de apenas a aparência do
mal, parece que boas gentes estão hoje se fazendo moral e socialmente insípidas e sendo
espisoteadas, rejeitadas, reprovadas, desmerecidas, duvidadas e menosprezadas.
Em razão de suas práticas não-transparentes ao que os contextos exigem deles, gentes e grupos estão sendo vistos socialmente
desacreditados, duvidados e moralmente envergonhados pelo mundo dos homens, e assim contribuindo em promover, incentivar e fortalecer a frieza e o afastamento nos corações. Fatores que invadem e reforçam a divisão psicológica e cedem lugar e terreno ao fator diabo assumir, assenhorear e publicar a aparência.
Em todo tempo a igreja produz e promove influências perante os
homens. E aquela instrução do apóstolo Paulo para a igreja é um instrumento
preventivo para o exercício da boa influência e da manutenção da comunhão
saudável e admirável. Assim como qualquer grupo humano, igrejas produzem ou
promovem e atraem para si bons ou maus conceitos, reputações suficientes ou
deficientes. Ainda que não queiramos, nossas obras e frutos firmam influências,
nos fazem ser conhecidos e atraem atenções. Enfim, o sal da terra e luz do
mundo faz a diferença e guia caminhos.
Com a finalidade de proteger e instruir a igreja a proceder-se saudavelmente
diante dos homens, de forma e aparência sem mancha e afastada de deméritos, o
apóstolo Paulo aplicou e resumiu a instrução orientadora de forma direta e
genérica, direcionada em primeira mão para a igreja do Senhor Jesus na cidade
de Tessalônica e por extensão a nós, como igreja, ao longo dos séculos.
E a cada tempo que se aproxima a volta do Mestre e Senhor nosso,
a igreja vivendo e convivendo num mundo de relativismo permissivo e rodeada
pela manipulação diabólica no multiculturalismo, mais forte a advertência de nos
manter afastados da aparência e forma e de procedimento do mal nos lampeja. A
igreja do Senhor Jesus vem se defrontando a cada tempo com influências sobre
influências. Assim como exercendo sua influência na sociedade. E cada igreja
local tem o seu lugar, a sua posição e a sua história. Cada uma projeta ou
capta atenções. É inegável essa realidade. Jamais se pode esconder a luz.
Ainda que para algumas mentalidades correntes destes tempos do
fim pareça que coisas estejam sendo inobservadas ou não percebidas, a verdade é
que o mundo de opiniões com a sua tão grande nuvem de testemunhas busca e
enxerga a todo tempo referências fatuais. E o Senhor nosso Deus está nos
dizendo que é preciso nos manter abstidos da forma, da aparência em
procedimentos e da mecanicidade, de tudo que se configura como mal, ruim,
desprezível. Enfim, que nos abstenhamos do mal, tanto por ações práticas preventivas
como por medidas de coerência como a natureza e missão da igreja entre os
homens.
E quanto mais avançam os dias e épocas, mais chegamos a estar
atentos em não imitarmos práticas e procedimentos que nos exponham ao que é
mal. Para tanto, é preciso respeitarmos limites de causas e conseqüências, e
mantermos em nós o cheiro do bom perfume de Cristo. E o Senhor Deus está através
do texto acima nos instruindo e nos protegendo. Nos orientando para manter a
nossa integridade saudável, a fim de mantermos a comunhão cristã fortalecida e saudável.
Nos oferecendo o meio e o caminho preventivos para a nossa jornada de
influências continuar transcorrendo os anos de maneira saudável até a volta do
Senhor Jesus a vir nos buscar.
É preciso nos manter abstidos de embaraços desta vida, a fim de
que agrademos ao Senhor que nos chamou para a boa milícia. É preciso que
continuemos a militar legitimamente. É preciso que haja a boa influência que
mostre, promova, tempere e confira o gosto de valorizar o bem e tudo que é bom,
nos mantendo sempre abstidos de toda forma e procedimento que configure o mal.
EvGS
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