quinta-feira, 26 de novembro de 2015
FÉ EMPRESTADA É UM DESASTRE
JOÁS SERVIU BEM, MAS
ENQUANTO...
Fé emprestada tem
prazo de validade.
O Senhor Deus quer que sejamos melhores a cada dia, e precisamos
saber que esta verdade é uma realidade cotidiana. E por esta causa, no Livro de
Deus estão registradas vidas para nos ensinar caminhos e inculcar princípios
que nos orientam a buscar sermos melhores no nosso viver. A vida do rei Joás é
uma que tem muito a esclarecer pontos e fatos que ocorrem no cotidiano de
inúmeras pessoas que apóiam suas atitudes, ações e fé em pessoas ou coisas
passageiras. Joás, filho do rei Acazias, tem uma história que elucida outras de
tantas e tantas gentes ao longo dos anos.
O rei Joás teve seus primeiros anos de vida agraciados com
privilégios e oportunidades ímpares e ricamente abençoados pelo Eterno Deus,
desde sua infância até alguns anos de seu tempo no reino de Judá. Oriundo de
uma família real e descendente de uma linhagem historicamente respeitada, o
menino Joás nasceu num ambiente palaciano refinado e pomposo, entretanto alinhavado
e pespontado pela impiedade, pelos desmandos, pelo destemor e pela maldade em
vários sentidos.
A providência divina poupou o menino Joás de ver seu lar ser
decomposto e destroçado entre família. Sua vida nos seus primeiros anos foi
providencialmente poupada e preservada do extermínio familiar total e completo.
O conceito de família na família do menino Joás foi literalmente rasgado pela
sua avó Atalia, cujo coração abrigou a impiedade, a crueldade e a maldade,
ocultas. E felizmente foi tirado do corredor do extermínio familiar e conduzido
por um bondoso coração a seguir sua vida infantil tendo formação e intimidade
com as coisas de Deus, na casa de Deus.
O menino Joás teve ainda o rico privilégio de ser doutrinado e
mentoreado por um firme e equilibrado conselheiro de Deus, o respeitado sacerdote
Joiada. O que poucos conseguem, o menino Joás teve. Foi preparado honestamente e
apresentado honrosamente ao seu povo como o novo rei aos tenros sete anos de
idade. Começou o caminho de uma vida promissora. Teve a sua campanha feita pelo
sacerdote Joiada, que também o colocou agora como rei diante de Deus e do seu
povo e promoveu a sua aliança direta com o seu povo, recebendo daí um aprovo reconhecido
e aceito por unanimidade.
Os anos se passaram, e Joás como rei fez os seus primeiros anos
de reinado valerem muito, mostrando coisas e feitos bons ao povo, satisfazendo
o coração e a presença de Joiada. Uma coisa é demonstrarmos deliberalidade por
convicões próprias, construídas sobre os lastros da legitimidade de vivência
com Deus, e outra é fazermos as coisas valerem somente enquanto há a presença
de alguém que respeitamos a nos acompanhar. O homem é como árvore frutífera,
cada um dá os seus próprios frutos.
Enquanto o sacerdote Joiada viveu, o rei Joás foi um sucesso de
gente e um espetáculo de rei. Joás foi bem e foi bom, mas até Joiada passar. Tão
logo aos cento e trinta anos Joiada morreu farto de dias e tendo recebido
honras reais, o rei Joás começou a descarrilar dos trilhos e virar as costas
para o Senhor seu Deus e se envolver em ambiências e concordâncias de
pensamentos e práticas da multidão descrente e desgovernada. Entre prioridades,
a nenhuma se deve colocar Deus em comparação. Porquanto ,
o Senhor Deus está acima de toda e qualquer prioridade.
E os dias que se seguiram depois da morte de Joiada mostraram de
fato que o Joás de então já não era bem aquele Joás que tudo de bom fez
enquanto o seu conselheiro e mentor, o sacerdote Joiada, viveu. À medida que os
dias de honras e respeito aferidos ao respeitado sacerdote Joiada foram ficando
para trás, o rei Joás mostrava mais claramente que existia um outro Joás oculto
e escondido e adormecido dentro daquele Joás que um dia foi bom e foi bem. Não
agrademos a pessoas por causa de outras, mas sim por causa de nossas convicções
em servirmos a Deus.
Este é o grande perigo que ronda não poucas pessoas que se
apóiam em terceiros e alimentam e nutrem uma fé suposta e emprestada de
terceiros. Este é um terrível mal quando se descobre que seu ponto de apoio não
existe mais. Não é apenas uma questão comportamental, mas sim uma questão moral.
Joás foi bem e bom, mas somente e até enquanto estava ao alcance dos olhos de
seu mentor e conselheiro Joiada. Joás foi bom e fez bem somente por questões de
obrigatoriedade de compromisso terreno e temporário, como um compromisso de
prestação de contas para satisfazer a pessoas e destas buscar aprovação para si.
Depois da morte de seu conselheiro Joiada, tudo em Joás parece
ter começado a iniciar também um processo de passagem. Joás se perdeu e
envolveu-se com a multidão de incrédulos até acomodar-se com as circunstâncias
e assim abandonar a Deus e levar o seu povo a se afundar em erros. E apesar de ser
por várias vezes advertido, o rei Joás não deu ouvidos nem mesmo ao profeta
filho de seu conselheiro, indo mais além num ato de impiedade que mais tarde
veio a lhe custar a própria vida, a saber: consentiu intencionalmente e mandou expressamente
matar o profeta levantado por Deus que lhe veio alertar para mudar de caminhos
porque o juízo de Deus sobre si e seu reino já estava por vias iminentes a
acontecer.
O mesmo desfecho final da vida do rei Joás tem sido o de não
poucas pessoas que arrastam suas vidas cumprindo papéis por conveniências
momentâneas, por apenas um compromisso pessoal com fatores da transitoriedade
temporal, em busca de aprovações. Apesar de ter sido rei e da linhagem do
memorável rei Davi, terminou os seus dias e foi sepultado na desonra erigida
por si mesmo. As palavras finais do profeta que foi impiedosamente desconhecido,
desmerecido e desrespeitado vieram por fim serem visitadas pelo Senhor Deus que
as tomou em conta.
Em tudo da vida do rei Joás, que Deus quer que saibamos para nos
fazer ser melhores, estar livres e agindo com convicções de crenças bem
assentadas? Que não apoiemos nossa fé em terceiros. Que não tomemos
a fé emprestada de pessoa alguma ou referencial algum. Referenciais são importantes
e usados para nos ensinar moldes e nos edificar, contudo são apenas temporais,
falíveis e transitórios. Que não mantenhamos nossos compromissos com Deus
alimentados apenas no compromisso objetivado a satisfazer pessoas, ou nomes ou
rótulos. Nossos compromissos com Deus e em servir as pessoas independem de
prazos de validade por respeito ou satisfação de quem quer que seja ao nosso
redor.
Nunca tome fé e convicções emprestadas de terceiros. Vida de
camaleão tem prazo de validade. Nunca embase suas atitudes nos corredores de
captação de aprovações humanas para satisfazer a ambiências. Valorize em
primeiro plano a sua vida diante do Senhor Deus e jamais se deixe ser
influenciável pelos caminhos de multidões de errantes, ainda que esses caminhos
estejam em pauta nos aplausos, na moda, na média e nas mentalidades medianas. Apóie
a sua fé, as suas convicções e demonstre atitudes construídas na Palavra de
Deus.
EvGS
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