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quarta-feira, 18 de maio de 2011
Mt 25.1-13: O GRITO DA MEIA-NOITE.
O GRITO DA MEIA-NOITE.
Um despertamento que trará revelações.
Sei que este artigo é um tanto longo, pode tomar um pouco do precioso tempo do nobre e generoso leitor. Entretanto, convido-lhe a refletir nestas pérolas do incalculável valor do tesouro de Deus, ainda quando estamos antes do grito da meia-noite e podemos edificar mais vidas. Certamente será de grande e gratificante recompensa.
A expressão “meia-noite” no aspecto bíblico escatológico tem significados, nuanças e detalhes singulares para os quais precisamos atentar. Ela nos fala de acontecimentos e momentos, e sugere para a nossa vida um despertamento pessoal, individual, sobre o que cada um de nós mesmos somos, o que fazemos, como devemos estar e o que nos espera nos contextos que nos circundam e nos que estão por vir.
Olhar para essa “meia-noite” significa atentar para algumas notas que urgem à nossa maior e mais apurada reflexão, visto que “a noite vem; quando não mais podemos trabalhar”. O tosquenejar, cochilar, e o adormecer serão parte de uma vista normal e panorâmica notada cada vez mais estivermos perto dela. Não nos surpreendamos e nem nos embriaguemos, posto que “somos do dia e não da noite”.
Olhando especialmente para as palavras e expressões do Senhor Jesus Cristo na parábola conhecida como “a parábola das dez virgens”, registrada em Mateus 25.1-13, algumas notas nos fazem realmente refletir um pouco mais com afinco e atenção nos seus pormenores que nos deixam conhecer melhor acerca dessa “meia-noite”.
Começo, então, trazendo a lume alguns desses pormenores, cujas lições possuem o principal propósito de nos orientar que sejamos prudentes e vigilantes enquanto esperamos o grito da meia-noite iminente e com ele o esperado convite para sairmos ao encontro do Noivo.
Em primeira mão, o Senhor Jesus Cristo, nessa parábola, nos apela a que estejamos preparados, a nos mantermos em estado de vigilância constante enquanto esperamos o momento iminente de Sua segunda vinda. Ele aponta para um momento ímpar do futuro ilustrando uma semelhança entre os momentos fatuais dessa Sua vinda e os contextos do presente relacionados a ela.
O Senhor Jesus lança uma ilustração contendo uma semelhança, uma visão de um dos aspectos do reino dos céus. Essa semelhança não significa igualdade, mas a relação e características de fatos parecidos, similares em aspectos com o fim de nos fazer compreender as lições principais contidas na exposição do Seu ensinamento.
Nessa parábola, o Senhor Jesus Cristo emprega o recurso lingüístico da alegoria para que possamos compreender as coisas espirituais correlacionando-as com as coisas terrenas. Para nos fazer entender a relação entre o reino dos céus que se revelará inteiramente no seu tempo e as atitudes e qualidades daqueles que estão esperando por Ele na Sua segunda vinda.
O Senhor Jesus utiliza um fato humano conhecido no presente, em nosso tempo, a saber, um cortejo de casamento formado por um serviço composto de moças virgens para o encontro com o noivo, conforme o costume dos tempos bíblicos daqueles dias na Palestina no tempo de Jesus.
A parábola começa nos fazendo enxergar a realidade da existência do reino dos céus, e que haverá o seu momento de se revelar a seu tempo com total claridade, assim como os elementos conhecidos na nossa experiência cotidiana que envolvem a nossa vida de atitudes e comportamentos em relação a chegada dele enquanto o esperamos e todo o contexto pertinente.
O reino dos céus não é uma invenção, nem uma ficção. Não é uma região geográfica ou política localizada no espaço físico. Ele é espiritual, uma realidade na existência, percebido e visto apenas por aqueles que “nascem de novo”, que “nascem da água e do Espírito”. Para vê-lo e entrar nele primeiro se tem que antes nascer de novo, nascer da água e do Espírito.
Com a citação ilustrativa dessa semelhança na parábola, o Senhor Jesus Cristo começa nos falando também de contingente, utensílios, adereços, características, qualidades, atitudes e comportamentos. Ele nos fala de coisas visivelmente notadas no presente e também de coisas que serão somente dado contas e exteriorizadas no futuro, mais precisamente ante o grito da meia-noite iminente.
Ele nos fala empregando simbologia com coisas cotidianas essencialmente terrenas e naturais, mas com isso também nos fala de coisas espirituais da mesma forma essenciais ao nosso viver cristão. Coisas essas que além de essenciais, são imprescindíveis e insubstituíveis.
Em questão de contingente, o texto nos fala de uma quantidade total de dez. Dez representa a Lei, o número de governo e o de um ciclo completo. Dez também representa tudo que o homem pode dar a Deus, toda a capacidade de trabalho do homem em toda a sua plenitude. Dez representa ainda a perfeição da ordem divina.
Mas esse contingente foi fracionado em duas proporções iguais – cinco e cinco -. Cinco representa a graça de Deus, o favor imerecido que Deus oferece aos homens. Cinco também representa ministérios espirituais e também redenção. Cinco representa, além disso, a revelação de Deus, a santificação e os sentidos que possuímos para perceber as oportunidades e as coisas do mundo físico que Deus nos concede.
Notemos ainda que esse contingente do cortejo era composto por virgens. Virgem representa os servos do Senhor que não se mancharam com a idolatria e coisas atinentes a ela. Aqui reside o teor do grande alerta endereçado ao seu público alvo. Essa parábola não se destina ao mundo secular, estranho e afastado de Deus.
Em referência a utensílios, o texto nos fala de lâmpadas, ou lamparinas, vasilhas e azeite. Lâmpada representa a Palavra de Deus, luz, verdade, gozo, instrução, ensino, sabedoria, pureza, alegria e glória. Vasilha, vaso, frasco, representa suprimento, caráter e experiências individuais e intransferíveis que cada pessoa possui.
Azeite representa o Espírito Santo, a unção que capacita ao serviço, fortaleza que confere resistência, ousadia e coragem. Azeite também representa alimento, remédio aliviador. Em relação a adereços e características, isso nos fala através das virgens componentes de um cortejo de casamento naturalmente ataviadas a rigor a propósito de um encontro especial.
Em vista de qualidades, o texto ainda nos faz perceber que a diferença notada nas duas proporções de virgens não estava no exterior visível. Tudo nelas parecia igual e normal aparentemente. O fator principal que causava a distinção entre ambas as proporções, e que as dividiam e identificavam-nas eram as suas qualidades. Essas qualidades somente se revelaram no momento do grito de anúncio da chegada do noivo.
Os dois grupos tinham proporções e características exteriores iguais, todavia com atitudes diferentes e comportamentos diferenciadores. Os dois grupos eram compostos por virgens. Os dois grupos estavam juntos compondo o mesmo serviço no cortejo. Os dois grupos estavam envolvidos, empenhados, comprometidos e dirigidos para um único acontecimento.
Os dois grupos estavam aparente e visivelmente iguais. As diferenças surgiram mais tarde, e vieram se tornar públicas quando da ocasião do grito da meia-noite iminente. Os dois grupos objetivavam esperar o noivo, serem recebidos por ele no mesmo lugar de espera, seguirem com ele para o local da bodas e depois entrarem com ele para ela, a festividade de casamento.
Os dois grupos possuíam lâmpadas iguais e próprias para o serviço especial que estavam prestando. As virgens foram ataviadas com roupas próprias e dotadas com lamparinas indistintamente. Mas a demora da espera foi trabalhando situações para que fossem reveladas as qualidades de cada uma. Não era o suficiente um zelo momentâneo e aparente para satisfazer uma curta duração.
Cinco eram néscias (morós) e as outras cinco eram prudentes (phronimos). Os termos são antônimos, e nos deixam ver que residia no interior de cada um desses dois grupos uma completa distinção até então não total e inteiramente exteriorizada.
O foco principal da lição nos traz a atermos a visão nessas qualidades antônimas que mais tarde seriam refletidas das suas atitudes (idéias, pensamentos, visão, interiores) e refletiriam nos seus comportamentos (fatores visivelmente exteriorizados e qualificados) ao serem despertadas pelo grito da meia-noite iminente.
As cinco néscias (morós), apesar de terem os mesmos paramentos e aparatos das outras, eram tolas, desprovidas de bom senso, loucas, embrutecidas e estúpidas. Elas deixaram de ajuizar o que eram, como estavam se comportando, qual era a sua função, qual era a finalidade de estarem no cortejo, o que deveriam fazer e o que terem consigo para os momentos, o que precisariam para se manterem nos seus lugares até o desfecho final de seus esforços.
A falta de bom senso, a insensibilidade e o embrutecimento levaram as néscias a se fazerem estúpidas, imprudentes e imprevidentes. Elas não discerniram o privilégio de estarem tomando parte naquela procissão de casamento. Estar apenas presentes no cortejo não era o propósito final destinado a elas. Estar apenas presentes no cortejo para elas parecia ser o bastante. Nota-se que a insensatez levou-as a subestimar os privilégios; o tempo e a vontade do noivo; e a monta e o desenrolar do evento.
As néscias começaram sendo notadas na frente e foram focadas assim até o momento do grito da meia-noite, até antes da ocasião do grito todas estavam visivelmente iguais e tudo aparentemente normal. Paramentos e aparatos não substituem valores de caráter e experiências íntimas com o Espírito de Deus. Existem valores que somente são adquiridos com o tempo e em meio a experiências pessoais, individuais. E isto não se consegue comprando de um dia para o outro. Isto se adquire através de esforços com sabedoria, inteligência, sensatez, prudência, previdência e discernimento.
Até o momento do grito da meia-noite o foco principal estava primeiro dirigido e concentrado nas virgens néscias, apesar de estarem desprovidas de vasilhas com azeite reserva para suprir eventualidades pessoais, individuais, durante as imprevisibilidades que poderiam surgir no curso do período da espera.
As cinco prudentes (phronimos), compunham o segundo grupo do cortejo. Demonstraram espírito reflexivo, inteligência e foram conscientes de si mesmas. Elas ajuizaram com sensatez, discernimento e experiência sobre o que poderia lhes acontecer durante o cortejo na espera do noivo. Elas consideraram privilégio, o tempo e a vontade do noivo e a importância do evento e demonstraram senso previdente desde antes de começar o cortejo na espera do noivo.
Das coisas que caracterizaram esse segundo grupo de virgens são a prudência, o senso sábio, discernidor, reflexivo e judicioso. Elas julgaram as coisas com o pensamento sensato e previdente. Para elas o mais importante de todos os seus esforços era chegar até o noivo e acompanhá-lo até o ambiente da festividade de bodas de casamento na casa de seu pai.
Para as prudentes não era importante apenas estarem com vestes e de lamparinas nas mãos tomando parte num evento especial e diferente de qualquer outro tipo de acontecimento. Para elas o mais importante era atingir o objetivo final de seus esforços como recompensa de todos os seus esforço e empenho. Para elas o tosquenejar, cochilar e o adormecer não lhe foram elementos surpresas e nem lhe tomaram de assalto os seus valores interiores.
Esse foco que começa encabeçando as virgens néscias antes das prudentes tem o propósito de nos fazer notar o teor próprio das verdades, todavia no final da parábola as néscias são notadas em último e “mais tarde”. Aquelas que começaram sendo citadas em primeiro passaram a ser vistas no depois. Todas as palavras e expressões do Senhor Jesus são muito mais do que podemos entender completa e inteiramente.
Apesar das néscias estarem sendo focadas no primeiro plano, bem vestidas e munidas de suas lâmpadas, a expressão conjuntiva adversativa aparece, então, revelando o ponto principal de contraste entre ambos os grupos de virgens. Tudo parecia normal e igual até o meio da noite, entretanto foi o momento do grito da meia-noite que revelou os contrastes, os antônimos, as diferenças, as qualidades.
Nota-se que momentos antes dessa “meia-noite”, ambos os grupos como num todo em espera foram tomados pelo sono, e tosquenejaram, cochilaram e adormeceram. Agora a esta altura da espera, o momento de cansaço em meio a escuridão da noite os cobriu. Em pleno meio da noite já não apresentavam condições para se ausentarem do local ou se envolverem em coisas alheias ou em busca de prontificação para o evento.
Essa “meia-noite” foi precedida de alguns fatores pertinentes ao tempo de espera e demora da chegada do noivo. Sono, cochilo e adormecimento nos falam de esfriamento, de inércia. Ambos os grupos foram se tornando frios e inertes durante a espera do noivo. Ambos os grupos experimentaram o peso do esfriamento e da inércia em função da demora nessa espera.
Em meio a obscuridade da meia-noite, ouviu-se um grito (kraugé), um clamor de chamada em alta voz, anunciando a chegada do noivo e nele também o convite a saírem de onde estavam para encontrarem com ele. Quem deu o grito não aparece e nem está em foco no contexto, por isso não possuiu significativa citação do agente. O mais importante e significativo aqui são o grito da meia-noite iminente e o convite de encontro com o noivo, posto que em conseqüência dele vieram as revelações.
Essa “meia-noite” bíblica escatológica não se trata do horário cronológico. Ela se refere a um momento de total e completa rendição à obscuridade sobre a humanidade. Se refere a um momento de adormecimento, de escuridão, de insensibilidade, de densas trevas espirituais sobre a humanidade que incidirá com certa influência sobre todos aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo.
Foi o grito que nesse momento despertou a todos. Foi o grito que levou ambos os grupos a se despertarem, levantarem, tomarem posição, se arregimentarem e prepararem as suas lâmpadas. Foi o grito que levou as néscias a tomarem consciência que não estavam prontas ainda como deveriam estar, assim como estavam debaixo de um fator surpresa irreversível.
Foi em função do grito da meia-noite iminente que as atitudes e comportamentos de ambos os grupos de virgens vieram às considerações. As qualidades de cada um grupo foram reveladas a todos no meio da noite e perante o grito. Foi em função desse grito que apareceram as deficiências e o peso da negligência das néscias por lhes haver faltado os valores interiores notados nas prudentes.
Agora, após o grito, veio se saber quem era quem e o que diferenciava ambos os grupos. As prudentes, apesar de haverem cochilado e adormecido durante a espera, elas traziam consigo vasilhas, ou vasos, ou frascos, com azeite suprimento de reserva e no momento do noivo elas estavam além de despertadas, apercebidas.
Somente com o grito da meia-noite foi que vieram a lume quem dentre os grupos se mantinha em falsa prontidão, estava estribado em presunção, possuía uma falsa religião, nutria uma falsa esperança, possuía um falso senso, alimentava uma falsa prioridade e se mantinha por trás da insensatez e do auto-engano.
Até então o grito, os grupos estavam juntos, cochilando e adormecidos juntos, mantidos coesos e aparentemente tudo parecia haver soluções e contornos a situações que surgissem, afinal todas eram componentes do serviço que estavam a mercê do mesmo cortejo de casamento e havia apenas um noivo a ser esperado e atendido.
Mas agora também um novo detalhe extremamente significativo surge. O noivo chegou quando as néscias estavam ausentes do lugar de encontro. O tempo e a oportunidade que tiveram antes de saírem para compor o cortejo haviam ficado para trás. Elas haviam saído para comprar azeite fora de tempo e de local. O tempo de adquirir o azeite passou e o momento agora era impróprio e tardio para obtê-lo.
Da mesma forma, notemos outro detalhe. As que entraram com o noivo foram as prudentes, as que estavam apercebidas. Agora fica mais claramente reveladas as suas qualidades, o seu estado de percepção atenta, previdente, sábia e inteligente.
Aqui tomamos conhecimento de que as néscias foram excluídas definitivamente das bodas. Elas fizeram parte da procissão de casamento, mas o texto nos deixa notar que o peso em suas atitudes era apenas o de participar ativamente do cortejo, estar envolvidas nele segundo a sua visão pessoal, individual, isolada e alheia ao que poderia acontecer durante a espera. Elas tiveram a oportunidade de voltar e ainda bater a porta, porém agora era tarde e elas receberam do noivo a dura frase "não vos conheço".
Uma mistura de satisfação e conformidades com aparências, de loucura, de excesso e erro de confiança nos outros, de imprudência e imprevidência, levaram as néscias ao momento fatal da ruptura e separação de ambos os grupos de virgens que estiveram juntos, participaram das mesmas coisas, dos mesmos privilégios e dos mesmos momentos, mas agora chegou o momento de separação.
Quem começou no primeiro plano do foco ficou para o mais tarde e o depois. Era o que lhes bastava o participar do cortejo, o estar enfronhado e visto na presença dos demais e envolvido no meio do cortejo, afinal poderia haver um ar de misericórdia de última hora por parte do noivo.
E quem sabe se o noivo ao olhar para o contingente de virgens e vê-lo pelo número e não pelas qualidades, fosse imbuído de um pressuposto momento de compaixão e esqueceria ou desprezaria o seu cetro de equidade e de justiça?
PbGS
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
As escolhas e seus detalhes.
As escolhas e seus detalhes.
Fazer escolhas não é uma tarefa tão fácil de empreender. Todas as escolhas possuem seus detalhes, e não devemos desprezá-los. Algumas podem nos exigir pressa, atenção e resposta imediatas. Outras podem nos requerer maior apuração de exames que demandam mais tempo e dependem de outros fatores. Sempre que se nos apresentam propostas de opções e tomada de posição diante dessas, nos pomos em primeira mão realmente com algum tipo de preocupação. Por vezes temos alguma noção sobre o objeto da proposta que se nos é apresentada para a nossa escolha. Mas vezes outras há em que precisamos e dependemos de outra visão superior para realizarmos uma escolha.
Quando estamos diante de escolhas, alguns fatores e detalhes inevitavelmente nos cercam em relação a elas. Os impulsos da nossa natureza decaída e tendenciosa, as investidas e ciladas do nosso arquiadversário tentador e astuto, e as influências do mundo com seu sistema oposto e revoltoso contra Deus são fatores que não devemos permitir que governem as nossas capacidades e liderem os nossos pareceres sobre as escolhas que temos que fazer. Perceber e avaliar os detalhes das escolhas é um desafio estimulante.
A vida possui e nos apresenta escolhas a todo tempo. Temos que em algum momento dela fazer escolhas. Há quem diga que a vida é feita de escolhas, e existe quem diga haver fórmulas para fazermos escolhas. Porém a experiência nos diz que as escolhas fazem parte da vida e que esta nos impele com a força propulsora das escolhas. Temos que fazer escolhas, e se deixamos que outros as façam por nós, mesmo assim já estamos fazendo escolhas.
As escolhas estão sempre diante de nós, e com estas estamos sempre nos deparando e nos confrontando. Nem mesmo quando paramos ou nos isentamos diante de alguma escolha, isto queira significar que estamos sem escolhas, pois nessa situação qualquer coisa que fizermos, já representará por si mesma uma escolha. Parar, ou nos fazer nulos ou alheios diante de algo, já representa uma escolha, ainda que essa parada ou nulidade queira indicar de alguma forma um tipo de isenção de escolhas.
Por muitas vezes, não poucas pessoas não sabem fazer escolhas. Muitas, nem mesmo sabem como iniciar um processo de escolhas. Saber fazer escolhas é uma demonstração de algum tipo de domínio sobre algo que se escolhe. Toda escolha traz consigo o seu preço e resultados. Toda escolha carrega consigo os seus riscos e vantagens. Toda escolha possui o seu passo de fé e o seu abismo de dúvida assombroso. Nossas vidas tornam seus quadros melhores quando nos apoiamos na visão de Deus, nos apoiando com fé nos princípios e fundamentos da Palavra de Deus. Fora desses, nossas escolhas se fazem distanciadas e por vezes desconexas aos propósitos da vontade de Deus para com a vida e especialmente para com a nossa vida pessoal, individual.
Toda escolha possui seus pontos de incertezas e certezas. Um intrincado problema é saber medi-los e saber pesá-los. E o tanto mais difícil e arriscado ainda se torna quando insistimos em avaliar as escolhas segundo a nossa própria visão unilateral e alheia para com a Palavra de Deus, segundo apenas o que queremos ver. Nosso parecer é significativa e potencialmente limitado diante da imensidão dos reflexos contextuais em nossa volta e da incidência de diversos fatores que convergem no futuro ainda palpavelmente informe e incerto dentro de nossa percepção.
Toda escolha de algum modo provoca o seu tipo de medo. Muitos têm medos diante das escolhas que precisam fazer. O desconhecido provoca naturalmente o medo diante daqueles que desconhecem a pessoa do Senhor Jesus. Fazer opções fora da visão da Palavra de Deus é incorrer no medo fatal daquilo que não se conhece, é saltar às escuras e sem referenciais. É semelhante saltar de pára-quedas sem antes ter conhecido e revisado os detalhes do equipamento. O medo e a insegurança diante das escolhas desaparecem quando as fazemos convictos dentro da visão da Palavra de Deus e no nosso compromisso pessoal com Ele.
Toda escolha possui os seus dois lados. Nelas existe o lado da subjetividade e o lado da objetividade. Aquele está na parte do que imaginamos ou desconhecemos de alguma forma e este está na parte visível e atingível em nossas experiências. Pautar escolhas somente de um desses lados é estar sempre em estado de insegurança. Pautar nossas escolhas somente dentro de nossa visão e de nossos desejos pessoais não significa dizer que estamos nos apoiando na fé. Pois fé vai muito mais além do que imaginamos, pensamos ou queremos. Não existe fé verdadeira sem a presença do Senhor em sua natureza, porquanto Ele é o Autor e Consumador da nossa fé. Fé é dom de Deus e jamais produto humano. Por isso que as escolhas não devem ser pautadas somente de um lado e dentro da visão humana.
Encontramos tantas pessoas que desconhecem a verdadeira fé. Seja por esta razão que tantas delas erram tanto nas suas escolhas e outras se arrastam por muitos anos cativas e aprisionadas no calabouço das escolhas divididas e duvidosas por supostamente entenderem que suas escolhas são independentes da Palavra de Deus. Tantas pessoas tratam de uma fé imaginária, subjetiva, dirigida apenas pelas esperanças dentro de seu mundo lógico e desejável. Para estas vale mais o que se enxerga a luz de suas visões particulares e limitadas. Tudo que desafia as capacidades nas escolhas dentro do campo da fé é visto apenas como ameaça e nunca como uma entrega de fé, uma experiência de fé. A dúvida se opõe diretamente à fé e por isso tantos entram em labirintos de crenças e crendices em busca de acharem que vão nessa trilha encontrar a verdadeira fé.
Quem escolhe por fé, vai muito mais além da escolha por vista. Quem escolhe por fé, por obediência ao chamado sai a enfrentar uma jornada deixando para trás vínculos humanos. Quem escolhe por fé, por demonstração íntima levanta o cutelo deixando que a recompensa se manifeste. Quem escolhe por fé, compreende que em qualquer direção que dirigir seus passos, estes são acompanhados pelo Senhor. Quem escolhe por fé, por determinação pessoal rejeita a vida de apogeu preferindo sofrer as dificuldades e restrições naturais da simplicidade. Quem escolhe por fé, opta pelo parecer bem servir ao Senhor.
Quem escolhe por fé, obtém boa reputação espiritual. Quem escolhe por fé, pela Palavra de Deus entende que os mundos por ela foram feitos, ainda que as muitas ciências se limitem na sua lógica da causa-efeito. Quem escolhe por fé, decide oferecer o melhor sacrifício ao Deus Eterno, deixando que os outros ofereçam os seus como bem lhe aprazer. Quem escolha por fé, dirige sua vida agradando a Deus, deixando que em dado momento se encontrará face a face com Ele. Quem escolhe por fé, permite ser instruído por Deus acerca dos acontecimentos que ainda não se podem ser vistos.
Quem escolhe por fé, ainda que peregrino na terra, não esmorece na promessa de entrar e possuir o seu lugar por herança celestial. Quem escolhe por fé, abandona o mundo, deixando este com suas atrações e desejos. Quem escolhe por fé, sustenta a sua confiança na salvação pelo sangue carmesim. Quem escolhe por fé, ver as muralhas ruírem diante do brado de clamor. Quem escolhe por fé, sabe estar contente no pouco e satisfeito na abastança. Quem escolhe por fé, entende que sua vida não tida por mais preciosa, o viver é lucro e o morrer é ganho.
Muitas pessoas têm vivido uma gama de opções, de escolhas, e a elas se apresentam um leque de variáveis e situações nunca imaginadas em suas vidas. As dúvidas, as incertezas, o desconhecido e o medo lhes desencorajam, lhes travam de construírem, lhes paralisam na trajetória de progresso e de certa forma lhes encurtam as suas visões ou distorcem o foco destas. Isto se dá em função de seu sentimento de auto-suficiência e de sua desconexão com a Palavra de Deus. A Bíblia diz que “enganoso é o coração do homem”. E em outro lugar também diz que “se o coração nos engana, maior é Deus” que não nos deixa enganados. Se persistirmos no engano, isso é por conta de nossa própria escolha.
Vejamos alguns elementos das escolhas que podem assinalar os seus processos e refletir nos seus resultados.
1. As escolhas possuem qualidades - existe a má escolha, mas também há a boa escolha. Essas qualidades generalizam todas as escolhas. As qualidades de uma escolha surgem na sua floração e são comprovadas na sua frutificação. Os frutos da boa escolha se dão quando a fazemos apoiados na visão da Palavra de Deus.
2. As escolhas podem causar impactos significativos - existe a pequena escolha, mas também há a grande escolha. Esses impactos nem sempre são vistos no início, todavia não conseguem se manter escondidos por muito tempo. Os impactos de uma escolha são fatais, inevitáveis, perceptíveis e comprováveis. Os impactos significativos da grande escolha são percebidos quando a fazemos fundamentados na visão da Palavra de Deus.
3. As escolhas podem indicar o estado de sensatez – existe a escolha inconsciente e inconseqüente, mas também há a escolha lúcida e sensata. Esse estado é percebido desde os primeiros passos da escolha e atravessam por todo o tempo até a sua consecução. Somente temos uma escolha lúcida e sensata quando a empreitamos apoiados na visão da Palavra de Deus.
4. As escolhas podem indicar a gravidade de comprometimento – existe a escolha arriscada e louca, mas também existe a escolha segura e sábia. Essa gravidade pode ser visualizada no começo do processo analítico e vai assumindo o seu volume na medida em que os fatos vão ocorrendo. Quando se trata de fazermos escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus, os riscos e a loucura aparentes são humanos e os sucessos e vitórias são divinos.
5. As escolhas podem indicar o grau de satisfação – existe a escolha triste, mas também há a feliz escolha. A feliz escolha nem sempre se mostra enquanto estamos singrando o início da jornada decidida, porém logo as coisas vão convergindo e se revelando que a escolha feita vai nos destinando ao grau de satisfação feliz. Quando fazemos escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus, podemos confiar que trilhando nesse ato de verdadeira fé estamos sendo conduzidos ao destino feliz. Nossa visão de satisfação e felicidade é muito pequena e limitada da visão que Deus tem sobre esses valores. Nem sempre temos a visão imediata e completa do alcance e propósitos reais e verdadeiros desses valores.
Além desses elementos, notemos agora os inimigos das escolhas. As escolhas possuem seus inimigos. Mesmo que não queiramos ou nos esquivemos de ver esses inimigos, eles existem e se fazem mais presentes quando estamos diante de uma tomada de decisões sobre escolhas que precisamos fazer.
1. A lealdade divida é um terrível e silencioso inimigo das escolhas. Como se torna difícil a vida de alguém que tenta levar uma vida se equilibrando entre dois patamares conflitantes com a sua escolha quando esta lhe requer dedicação total e inteireza de lealdade. A lealdade dividida se opõe silenciosamente a escolhas fazendo se revelar as nossas impossibilidade e incapacidade de servirmos a mais de uma causa cumprindo as mesmas exigências e dedicação que ambas requerem. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam a divisão de lealdade.
2. O ânimo dobre é um inimigo desmotivador das escolhas. A tomada de decisão sobre escolhas também envolve o ânimo. Não se pode arvorar uma mesma bandeira para dois elementos opostos entre si quando temos que selecionar um deles. As lágrimas podem surgir na tristeza, como também na alegria. Entretanto as duas são distintas e distinguidas pelo choro, pelo sorriso e pelo ânimo. O ânimo dobre é um inimigo de nossas escolhas, haja vista que ele pode nos fazer estar como as ondas do mar na praia – entre idas e vindas mantêm a areia molhada, mas não avançam além dela. Fazer escolhas com o ânimo dobre é um péssimo sinal para quem precisa de um destino firme e recompensador. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam o ânimo duplo.
3. O titubear em opiniões é um inimigo das escolhas. Uma das coisas que precisamos aprender ao fazer escolhas é fazê-las com nossas opiniões formadas seguramente sobre os referenciais da Palavra de Deus. Podem nos cercar várias e diversas opiniões, porém apenas devem prevalecer em nós aquelas apoiadas na Palavra de Deus para nós diretamente. No dia em que ao fazermos escolhas, estivermos confiantes em opiniões misturadas com o que nos diz a Palavra de Deus, certamente nossas escolhas estarão sendo feitas embasadas sobre alicerces titubeantes que falsamente nos levarão a titubear em opiniões. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam o titubeio em opiniões.
4. O desviar-se para a direita ou para a esquerda é um inimigo das escolhas. Esse ato de desvio é terminantemente rejeitado pelo Senhor. Quem vive diante de escolhas para as quais deve tomar o rumo da retidão, não deveria se dar ao prazer de vezes por outras tombar para a direita ou tendenciar para a esquerda. “Desviar-se para a direita ou para a esquerda” é uma linguagem bíblica que nos diz de se sair do caminho reto proposto, como também de se estar no caminho, porém vez por outras se amiga, se flerta com algo estranho que parece ser correto e ainda também como com o mesmo sentimento e dedicação se alia, se absorve com o que é mau. Indica uma tentativa de apesar de querer seguir o caminho da retidão, poder também ao mesmo tempo se adulterar ou se prostituir com outros conceitos e práticas estranhos à Palavra de Deus.
5. A ausência de firmeza no coração é um inimigo secreto das escolhas. Quantas pessoas perdem valores, se extraviam em filosofias e derrocam diante de bênçãos que são destinadas para elas, por permitirem que em seus corações faltem a firmeza. Uma correspondência possui seu remetente e seu destinatário, mas esses indicadores por si não definem a segurança de que a mesma alcance o seu destino. Se pretendemos fixar nossos olhos e confiar no nosso destino segundo a Palavra de Deus, temos que fazer nossas escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus com o nosso coração firme. Pisar em falso nos ensinamentos da Palavra de Deus diante das escolhas é dubiedade e incredulidade diante de Deus e incertezas no futuro.
6. O seguir a multidão é um inimigo sedutor e influenciador contra as escolhas. Não devemos ir após as multidões, é o que nos recomenda a Palavra de Deus. As multidões anulam a identidade e a vontade individuais das pessoas. As multidões não têm identidade e vontade próprias. A multidão carrega consigo a tendência de seguir simplesmente a sua maioria, o que for ditado ou imposto por esta deve ser acatado custe o que custar, ainda que esse preço nada tenha relacionado com as necessidades individuais de cada um entre ela. Se deixar ser influenciado pelas multidões é anular-se a si mesmo diante das escolhas que individualmente se precisa fazer.
Vejamos também algumas das características identificadoras da má escolha.
1. Uma má escolha é caracterizada por aborrecer o conhecimento, especialmente o conhecimento de Deus.
2. Uma má escolha é caracterizada por desprezar o temor do Senhor.
3. Uma má escolha é caracterizada por optar por coisas que desagradam a Deus.
4. Uma má escolha é caracterizada por preferir os caminhos das abominações.
5. Uma má escolha é caracterizada por ser movida pelos impulsos inconseqüentes.
Por outro lado, notemos agora algumas das características da boa escolha. Que características possui a boa escolha? A boa escolha se caracteriza através de alguns indicadores.
1. Ela se caracteriza quando decidimos servir ao Senhor. Podemos haver experimentado tantas servidões no passado, entretanto quando chegamos no momento de ter o nosso parecer, seja este o bom parecer de servir ao Senhor. Todas as nossas escolhas dependem conseqüentemente da escolha de servirmos a Deus. Servir a Deus é a decisão principal que aponta para o nosso destino. Josué, líder sucessor de Moisés, teve todo o seu sucesso e sucessivas vitórias porque ele e sua casa decidiram servir ao Senhor. É necessário decidirmos servir ao Senhor sem coxearmos em dois pensamentos. As pessoas que decidem servir a deuses estranhos e pagãos, ficarão debaixo de pesados fardos e ardorosos jugos da violência contra as suas próprias almas.
2. Ela se caracteriza quando aplicamos um coração compreensivo para julgar pelo discernimento prudente. Podemos ter um bom grau de escolaridade, um bom nível cultural e uma boa gama de conhecimentos, entretanto para se fazer a boa escolha devemos depender da sabedoria de Deus. Salomão, filho e sucessor do rei Davi, teve o seu sucesso de liderança porque aplicou os seus julgamentos baseado na sabedoria lhe dada por Deus para julgar e discernir de forma prudente ao fazer escolhas. As pessoas que decidem fazer escolhas independentes de Deus e sem discernimento prudente diante do que se mostram as demandas, ficarão atoladas na profanação e perdidas da bênção celestial.
3. Ela se caracteriza quando optamos pelo caminho da fidelidade, decidir pelos juízos do Senhor. Parece que esta característica se sobrepõe à anterior, mas na verdade esta tem as suas diferenças inerentes. Optar pelo caminho da fidelidade e decidir pelos juízos do Senhor são escolhas que têm um alto preço em meio a situações e condições adversas. O salmista inspirado pelo Senhor, entre os tantos versículos que escreveu no Salmo 119, escreveu no versículo 30 essa característica da boa escolha. As pessoas que decidem insistir e persistir em andar pelo caminho da infidelidade se aliando e copiando decisões lideradas por prazeres iníquos e juízos divorciados da Palavra de Deus, ficarão sucumbidas na miserabilidade do remorso e vitimadas na vergonha da avareza e do engano.
4. Ela se caracteriza quando preferimos a boa parte em estar adorando, orando e ouvindo os ensinamentos do Senhor. Essa é a parte duradoura que jamais será tirada de nós. É mediante essa preferência que não permitimos ficar assoberbados pelos problemas e coisas desta vida e em algum momento ver a glória de Deus. Maria, irmã de Marta e de Lázaro, em meio aos afazeres domésticos escolheu tirar um período momentâneo para aproveitar a companhia da visita do Senhor Jesus em sua casa para ouvi-lo, afinal nem sempre se podia ter a companhia pessoal e particular do Mestre sem que houvessem multidões o acompanhando. É necessário que priorizemos os tesouros do céu e nos desapeguemos das riquezas da terra. Quando decidimos ficar do lado do Senhor, reconhecemos que somente Ele tem as palavras de vida eterna. As pessoas que decidem colocar-se por trás das muralhas de ocupações e de apegos aos bens e benefícios terrenos e põem em segundo plano o apego pela presença do Senhor, ficarão vazias, presas e cativas em barreiras da soberba e da fadiga da vida.
5. Ela se caracteriza quando rejeitamos usufruir honrarias e prazeres humanos e transitórios ao preferirmos passar por situações adversas sendo povo de Deus. Não é fácil fazer essa escolha tendo-a como uma boa escolha, mas é esta uma característica dela. Diante de ameaças de perdas de benesses e benefícios humanos, de riscos de menosprezos, de riscos de rejeições, de riscos em passar a ser alvo de ódios, é uma preferência difícil de ser assimilada por quem ama o mundo de ostentações. Mas Moisés, servo e feito líder do povo hebreu pelo Senhor, fez essa boa escolha. As pessoas que decidem confiar em reis da terra como se estes fossem os defensores do povo de Deus e divindades mantenedoras de honrarias e prazeres humanos transitórios, ficarão confundidas e cairão em laços de maldição mediante o que diz a Palavra de Deus.
6. Ela se caracteriza quando decidimos preferir a proposta da vida, do bem e da bênção do Senhor para nós particularmente e para a nossa descendência. Deus mostrou ao seu povo os caminhos que poderiam seguir, todavia Ele aconselhou seguir a Sua proposta. A boa escolha se dá quando decidimos observar os mandamentos do Senhor e buscá-LO de todo o nosso coração. As pessoas que decidem confiar e optar por propostas camufladas, enganosas e traiçoeiras de reis da terra, e não darem ouvidos à Palavra de Deus, ficarão no caminho da morte, do mau e da maldição, e ainda as trarão sobre as suas próprias descendências, como diz a Palavra de Deus.
7. Ela se caracteriza quando a decidimos equilibrados e não sob a influência de impulsos particulares, momentâneos, desenfreados e impensados. Esses impulsos podem conduzir o influenciado para tristes lamentos futuros. Uma vez que são feitas escolhas sob a força desses impulsos, espera-se deles a maior probabilidade e a maior incidência de possibilidades de erros fatais. Foram esses impulsos que arruinaram a vida de Esaú levando-o a consumar o ato de profanação e, perdendo o seu senso sobre a sua posição e sobre os valores eternos. O resultado desses impulsos na vida de Esaú foi banhado de lágrimas com um arrependimento tardio depois de ter visto mais claramente o tipo de escolha que fizera. As pessoas que decidem suas escolhas baseados em impulsos dessa natureza, ficarão soçobradas em remorsos e lamentos fatais.
Lembremos, por fim, de que a precisão de nossas escolhas dependem de quatro elementos. Toda escolha por mais simplória que possa nos parecer, depende desses elementos. Notemo-los.
1. A preferência. Nossa preferência indica o que gostamos mais diante das propostas que se apresentam diante de nós. A preferência envolve predileção, primazia e prioridade no que vemos ser melhor a ser escolhido. Que nossas preferências sejam segundo a visão da Palavra de Deus.
2. O parecer. Nosso parecer indica que opinamos baseados em alguma idéia fundamentada. O parecer envolve um juízo sem manquejo e sobre variáveis reais em tudo que está explícito e implícito na escolha e nas suas resultantes. Que nosso parecer seja segundo a visão da Palavra de Deus.
3. O querer. Nosso querer indica a ação de desejarmos ou pretendermos ter. O querer está presente nas escolhas e envolve o desfecho da volitividade sobre o objeto da escolha. O querer não pode ser um fator determinante único e isolado nas escolhas. Que nosso querer seja segundo a visão da Palavra de Deus.
4. A decisão. Nossa decisão indica a conclusão a que chegamos para a resolução da escolha. A decisão é um importante elemento no desfecho conclusivo da escolha. Decidir é uma ação muito delicada e às vezes um tanto complexa, porém é o elemento determinante na escolha. Somente escolhemos depois que decidimos. Que nossa decisão seja segundo a visão da Palavra de Deus.
Concluindo, podemos, portanto, notar que fazer realmente escolhas não é tarefa tão fácil de se realizar, como algumas pessoas pensam. Haja vista que escolhas exigem fé, parecer, coragem, decisão, tempo. As escolhas de alguma forma exercem algum tipo de influência, diretamente sobre quem as decide e indiretamente sobre os outros que lhe rodeiam. Quando somos só, nossas preferências, opções, decisões sobre nossas escolhas são mais simples e incidem seus resultados sobre nós mesmos, entretanto quando temos outros ao nosso lado e antevemos que elas vão também influenciar e incidir sobre as suas vidas, tudo se faz mais complexo e nos pede maior acuidade e mais prudência de nossa parte.
Nossas escolhas sempre apontam para o futuro e não há como plagiar o passado e o futuro. O primeiro já passamos pelos acontecimentos e o segundo o havemos de passar. Toda escolha precisa ser vista com realidade e com verdade no que ela pode nos levar para situações e condições melhores do que as atuais dentro do plano de Deus que hoje vemos e do que podemos compreender na visão da Palavra de Deus. Dentre as muitas escolhas que se nos apresentam, sempre vai existir aquela que fundamentado na visão da Palavra de Deus que hoje possuímos, se nos representa com mais certeza, com o menor prejuízo, com o melhor resultado
Podemos cometer erros quando decidimos alguma escolha. Seja possível que os erros que hoje cometemos tenham sido resultantes de más escolhas que por algum aspecto influenciador as fizemos no passado. Esses erros se dão em vista de que no momento que fizemos aquelas escolhas, estávamos pensando no melhor para nós, e mais grave se tornou se aqueles pensamentos estavam desconexos da visão da Palavra de Deus, mesmo estando pensando no melhor. O nosso melhor dentro de nossa visão particular nem sempre e quase sempre não é o melhor segundo a visão de Deus para nós. O nosso melhor é tendencioso, e o melhor de Deus é imparcial, reto, justo, esquadrinhado e aprumado para a medida de estrutura de nossas vidas. Por essa causa, devemos fazer as nossas escolhas dentro da visão da Palavra de Deus porque ela é inerrante e infalível.
Que em todas as nossas escolhas, sejamos mais perspicazes e estimulados a percebermos os seus detalhes, seus fatores e seus elementos a fim de que a preferência, o parecer, o querer e a decisão sejam no mais que possível instruídos e guiados de acordo com a visão da Palavra de Deus para as nossas vidas e as de nossas descendências.
PbGS
http://www.glaukosantos.com/
Fazer escolhas não é uma tarefa tão fácil de empreender. Todas as escolhas possuem seus detalhes, e não devemos desprezá-los. Algumas podem nos exigir pressa, atenção e resposta imediatas. Outras podem nos requerer maior apuração de exames que demandam mais tempo e dependem de outros fatores. Sempre que se nos apresentam propostas de opções e tomada de posição diante dessas, nos pomos em primeira mão realmente com algum tipo de preocupação. Por vezes temos alguma noção sobre o objeto da proposta que se nos é apresentada para a nossa escolha. Mas vezes outras há em que precisamos e dependemos de outra visão superior para realizarmos uma escolha.
Quando estamos diante de escolhas, alguns fatores e detalhes inevitavelmente nos cercam em relação a elas. Os impulsos da nossa natureza decaída e tendenciosa, as investidas e ciladas do nosso arquiadversário tentador e astuto, e as influências do mundo com seu sistema oposto e revoltoso contra Deus são fatores que não devemos permitir que governem as nossas capacidades e liderem os nossos pareceres sobre as escolhas que temos que fazer. Perceber e avaliar os detalhes das escolhas é um desafio estimulante.
A vida possui e nos apresenta escolhas a todo tempo. Temos que em algum momento dela fazer escolhas. Há quem diga que a vida é feita de escolhas, e existe quem diga haver fórmulas para fazermos escolhas. Porém a experiência nos diz que as escolhas fazem parte da vida e que esta nos impele com a força propulsora das escolhas. Temos que fazer escolhas, e se deixamos que outros as façam por nós, mesmo assim já estamos fazendo escolhas.
As escolhas estão sempre diante de nós, e com estas estamos sempre nos deparando e nos confrontando. Nem mesmo quando paramos ou nos isentamos diante de alguma escolha, isto queira significar que estamos sem escolhas, pois nessa situação qualquer coisa que fizermos, já representará por si mesma uma escolha. Parar, ou nos fazer nulos ou alheios diante de algo, já representa uma escolha, ainda que essa parada ou nulidade queira indicar de alguma forma um tipo de isenção de escolhas.
Por muitas vezes, não poucas pessoas não sabem fazer escolhas. Muitas, nem mesmo sabem como iniciar um processo de escolhas. Saber fazer escolhas é uma demonstração de algum tipo de domínio sobre algo que se escolhe. Toda escolha traz consigo o seu preço e resultados. Toda escolha carrega consigo os seus riscos e vantagens. Toda escolha possui o seu passo de fé e o seu abismo de dúvida assombroso. Nossas vidas tornam seus quadros melhores quando nos apoiamos na visão de Deus, nos apoiando com fé nos princípios e fundamentos da Palavra de Deus. Fora desses, nossas escolhas se fazem distanciadas e por vezes desconexas aos propósitos da vontade de Deus para com a vida e especialmente para com a nossa vida pessoal, individual.
Toda escolha possui seus pontos de incertezas e certezas. Um intrincado problema é saber medi-los e saber pesá-los. E o tanto mais difícil e arriscado ainda se torna quando insistimos em avaliar as escolhas segundo a nossa própria visão unilateral e alheia para com a Palavra de Deus, segundo apenas o que queremos ver. Nosso parecer é significativa e potencialmente limitado diante da imensidão dos reflexos contextuais em nossa volta e da incidência de diversos fatores que convergem no futuro ainda palpavelmente informe e incerto dentro de nossa percepção.
Toda escolha de algum modo provoca o seu tipo de medo. Muitos têm medos diante das escolhas que precisam fazer. O desconhecido provoca naturalmente o medo diante daqueles que desconhecem a pessoa do Senhor Jesus. Fazer opções fora da visão da Palavra de Deus é incorrer no medo fatal daquilo que não se conhece, é saltar às escuras e sem referenciais. É semelhante saltar de pára-quedas sem antes ter conhecido e revisado os detalhes do equipamento. O medo e a insegurança diante das escolhas desaparecem quando as fazemos convictos dentro da visão da Palavra de Deus e no nosso compromisso pessoal com Ele.
Toda escolha possui os seus dois lados. Nelas existe o lado da subjetividade e o lado da objetividade. Aquele está na parte do que imaginamos ou desconhecemos de alguma forma e este está na parte visível e atingível em nossas experiências. Pautar escolhas somente de um desses lados é estar sempre em estado de insegurança. Pautar nossas escolhas somente dentro de nossa visão e de nossos desejos pessoais não significa dizer que estamos nos apoiando na fé. Pois fé vai muito mais além do que imaginamos, pensamos ou queremos. Não existe fé verdadeira sem a presença do Senhor em sua natureza, porquanto Ele é o Autor e Consumador da nossa fé. Fé é dom de Deus e jamais produto humano. Por isso que as escolhas não devem ser pautadas somente de um lado e dentro da visão humana.
Encontramos tantas pessoas que desconhecem a verdadeira fé. Seja por esta razão que tantas delas erram tanto nas suas escolhas e outras se arrastam por muitos anos cativas e aprisionadas no calabouço das escolhas divididas e duvidosas por supostamente entenderem que suas escolhas são independentes da Palavra de Deus. Tantas pessoas tratam de uma fé imaginária, subjetiva, dirigida apenas pelas esperanças dentro de seu mundo lógico e desejável. Para estas vale mais o que se enxerga a luz de suas visões particulares e limitadas. Tudo que desafia as capacidades nas escolhas dentro do campo da fé é visto apenas como ameaça e nunca como uma entrega de fé, uma experiência de fé. A dúvida se opõe diretamente à fé e por isso tantos entram em labirintos de crenças e crendices em busca de acharem que vão nessa trilha encontrar a verdadeira fé.
Quem escolhe por fé, vai muito mais além da escolha por vista. Quem escolhe por fé, por obediência ao chamado sai a enfrentar uma jornada deixando para trás vínculos humanos. Quem escolhe por fé, por demonstração íntima levanta o cutelo deixando que a recompensa se manifeste. Quem escolhe por fé, compreende que em qualquer direção que dirigir seus passos, estes são acompanhados pelo Senhor. Quem escolhe por fé, por determinação pessoal rejeita a vida de apogeu preferindo sofrer as dificuldades e restrições naturais da simplicidade. Quem escolhe por fé, opta pelo parecer bem servir ao Senhor.
Quem escolhe por fé, obtém boa reputação espiritual. Quem escolhe por fé, pela Palavra de Deus entende que os mundos por ela foram feitos, ainda que as muitas ciências se limitem na sua lógica da causa-efeito. Quem escolhe por fé, decide oferecer o melhor sacrifício ao Deus Eterno, deixando que os outros ofereçam os seus como bem lhe aprazer. Quem escolha por fé, dirige sua vida agradando a Deus, deixando que em dado momento se encontrará face a face com Ele. Quem escolhe por fé, permite ser instruído por Deus acerca dos acontecimentos que ainda não se podem ser vistos.
Quem escolhe por fé, ainda que peregrino na terra, não esmorece na promessa de entrar e possuir o seu lugar por herança celestial. Quem escolhe por fé, abandona o mundo, deixando este com suas atrações e desejos. Quem escolhe por fé, sustenta a sua confiança na salvação pelo sangue carmesim. Quem escolhe por fé, ver as muralhas ruírem diante do brado de clamor. Quem escolhe por fé, sabe estar contente no pouco e satisfeito na abastança. Quem escolhe por fé, entende que sua vida não tida por mais preciosa, o viver é lucro e o morrer é ganho.
Muitas pessoas têm vivido uma gama de opções, de escolhas, e a elas se apresentam um leque de variáveis e situações nunca imaginadas em suas vidas. As dúvidas, as incertezas, o desconhecido e o medo lhes desencorajam, lhes travam de construírem, lhes paralisam na trajetória de progresso e de certa forma lhes encurtam as suas visões ou distorcem o foco destas. Isto se dá em função de seu sentimento de auto-suficiência e de sua desconexão com a Palavra de Deus. A Bíblia diz que “enganoso é o coração do homem”. E em outro lugar também diz que “se o coração nos engana, maior é Deus” que não nos deixa enganados. Se persistirmos no engano, isso é por conta de nossa própria escolha.
Vejamos alguns elementos das escolhas que podem assinalar os seus processos e refletir nos seus resultados.
1. As escolhas possuem qualidades - existe a má escolha, mas também há a boa escolha. Essas qualidades generalizam todas as escolhas. As qualidades de uma escolha surgem na sua floração e são comprovadas na sua frutificação. Os frutos da boa escolha se dão quando a fazemos apoiados na visão da Palavra de Deus.
2. As escolhas podem causar impactos significativos - existe a pequena escolha, mas também há a grande escolha. Esses impactos nem sempre são vistos no início, todavia não conseguem se manter escondidos por muito tempo. Os impactos de uma escolha são fatais, inevitáveis, perceptíveis e comprováveis. Os impactos significativos da grande escolha são percebidos quando a fazemos fundamentados na visão da Palavra de Deus.
3. As escolhas podem indicar o estado de sensatez – existe a escolha inconsciente e inconseqüente, mas também há a escolha lúcida e sensata. Esse estado é percebido desde os primeiros passos da escolha e atravessam por todo o tempo até a sua consecução. Somente temos uma escolha lúcida e sensata quando a empreitamos apoiados na visão da Palavra de Deus.
4. As escolhas podem indicar a gravidade de comprometimento – existe a escolha arriscada e louca, mas também existe a escolha segura e sábia. Essa gravidade pode ser visualizada no começo do processo analítico e vai assumindo o seu volume na medida em que os fatos vão ocorrendo. Quando se trata de fazermos escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus, os riscos e a loucura aparentes são humanos e os sucessos e vitórias são divinos.
5. As escolhas podem indicar o grau de satisfação – existe a escolha triste, mas também há a feliz escolha. A feliz escolha nem sempre se mostra enquanto estamos singrando o início da jornada decidida, porém logo as coisas vão convergindo e se revelando que a escolha feita vai nos destinando ao grau de satisfação feliz. Quando fazemos escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus, podemos confiar que trilhando nesse ato de verdadeira fé estamos sendo conduzidos ao destino feliz. Nossa visão de satisfação e felicidade é muito pequena e limitada da visão que Deus tem sobre esses valores. Nem sempre temos a visão imediata e completa do alcance e propósitos reais e verdadeiros desses valores.
Além desses elementos, notemos agora os inimigos das escolhas. As escolhas possuem seus inimigos. Mesmo que não queiramos ou nos esquivemos de ver esses inimigos, eles existem e se fazem mais presentes quando estamos diante de uma tomada de decisões sobre escolhas que precisamos fazer.
1. A lealdade divida é um terrível e silencioso inimigo das escolhas. Como se torna difícil a vida de alguém que tenta levar uma vida se equilibrando entre dois patamares conflitantes com a sua escolha quando esta lhe requer dedicação total e inteireza de lealdade. A lealdade dividida se opõe silenciosamente a escolhas fazendo se revelar as nossas impossibilidade e incapacidade de servirmos a mais de uma causa cumprindo as mesmas exigências e dedicação que ambas requerem. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam a divisão de lealdade.
2. O ânimo dobre é um inimigo desmotivador das escolhas. A tomada de decisão sobre escolhas também envolve o ânimo. Não se pode arvorar uma mesma bandeira para dois elementos opostos entre si quando temos que selecionar um deles. As lágrimas podem surgir na tristeza, como também na alegria. Entretanto as duas são distintas e distinguidas pelo choro, pelo sorriso e pelo ânimo. O ânimo dobre é um inimigo de nossas escolhas, haja vista que ele pode nos fazer estar como as ondas do mar na praia – entre idas e vindas mantêm a areia molhada, mas não avançam além dela. Fazer escolhas com o ânimo dobre é um péssimo sinal para quem precisa de um destino firme e recompensador. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam o ânimo duplo.
3. O titubear em opiniões é um inimigo das escolhas. Uma das coisas que precisamos aprender ao fazer escolhas é fazê-las com nossas opiniões formadas seguramente sobre os referenciais da Palavra de Deus. Podem nos cercar várias e diversas opiniões, porém apenas devem prevalecer em nós aquelas apoiadas na Palavra de Deus para nós diretamente. No dia em que ao fazermos escolhas, estivermos confiantes em opiniões misturadas com o que nos diz a Palavra de Deus, certamente nossas escolhas estarão sendo feitas embasadas sobre alicerces titubeantes que falsamente nos levarão a titubear em opiniões. As escolhas feitas apoiadas na visão da Palavra de Deus reprovam o titubeio em opiniões.
4. O desviar-se para a direita ou para a esquerda é um inimigo das escolhas. Esse ato de desvio é terminantemente rejeitado pelo Senhor. Quem vive diante de escolhas para as quais deve tomar o rumo da retidão, não deveria se dar ao prazer de vezes por outras tombar para a direita ou tendenciar para a esquerda. “Desviar-se para a direita ou para a esquerda” é uma linguagem bíblica que nos diz de se sair do caminho reto proposto, como também de se estar no caminho, porém vez por outras se amiga, se flerta com algo estranho que parece ser correto e ainda também como com o mesmo sentimento e dedicação se alia, se absorve com o que é mau. Indica uma tentativa de apesar de querer seguir o caminho da retidão, poder também ao mesmo tempo se adulterar ou se prostituir com outros conceitos e práticas estranhos à Palavra de Deus.
5. A ausência de firmeza no coração é um inimigo secreto das escolhas. Quantas pessoas perdem valores, se extraviam em filosofias e derrocam diante de bênçãos que são destinadas para elas, por permitirem que em seus corações faltem a firmeza. Uma correspondência possui seu remetente e seu destinatário, mas esses indicadores por si não definem a segurança de que a mesma alcance o seu destino. Se pretendemos fixar nossos olhos e confiar no nosso destino segundo a Palavra de Deus, temos que fazer nossas escolhas apoiados na visão da Palavra de Deus com o nosso coração firme. Pisar em falso nos ensinamentos da Palavra de Deus diante das escolhas é dubiedade e incredulidade diante de Deus e incertezas no futuro.
6. O seguir a multidão é um inimigo sedutor e influenciador contra as escolhas. Não devemos ir após as multidões, é o que nos recomenda a Palavra de Deus. As multidões anulam a identidade e a vontade individuais das pessoas. As multidões não têm identidade e vontade próprias. A multidão carrega consigo a tendência de seguir simplesmente a sua maioria, o que for ditado ou imposto por esta deve ser acatado custe o que custar, ainda que esse preço nada tenha relacionado com as necessidades individuais de cada um entre ela. Se deixar ser influenciado pelas multidões é anular-se a si mesmo diante das escolhas que individualmente se precisa fazer.
Vejamos também algumas das características identificadoras da má escolha.
1. Uma má escolha é caracterizada por aborrecer o conhecimento, especialmente o conhecimento de Deus.
2. Uma má escolha é caracterizada por desprezar o temor do Senhor.
3. Uma má escolha é caracterizada por optar por coisas que desagradam a Deus.
4. Uma má escolha é caracterizada por preferir os caminhos das abominações.
5. Uma má escolha é caracterizada por ser movida pelos impulsos inconseqüentes.
Por outro lado, notemos agora algumas das características da boa escolha. Que características possui a boa escolha? A boa escolha se caracteriza através de alguns indicadores.
1. Ela se caracteriza quando decidimos servir ao Senhor. Podemos haver experimentado tantas servidões no passado, entretanto quando chegamos no momento de ter o nosso parecer, seja este o bom parecer de servir ao Senhor. Todas as nossas escolhas dependem conseqüentemente da escolha de servirmos a Deus. Servir a Deus é a decisão principal que aponta para o nosso destino. Josué, líder sucessor de Moisés, teve todo o seu sucesso e sucessivas vitórias porque ele e sua casa decidiram servir ao Senhor. É necessário decidirmos servir ao Senhor sem coxearmos em dois pensamentos. As pessoas que decidem servir a deuses estranhos e pagãos, ficarão debaixo de pesados fardos e ardorosos jugos da violência contra as suas próprias almas.
2. Ela se caracteriza quando aplicamos um coração compreensivo para julgar pelo discernimento prudente. Podemos ter um bom grau de escolaridade, um bom nível cultural e uma boa gama de conhecimentos, entretanto para se fazer a boa escolha devemos depender da sabedoria de Deus. Salomão, filho e sucessor do rei Davi, teve o seu sucesso de liderança porque aplicou os seus julgamentos baseado na sabedoria lhe dada por Deus para julgar e discernir de forma prudente ao fazer escolhas. As pessoas que decidem fazer escolhas independentes de Deus e sem discernimento prudente diante do que se mostram as demandas, ficarão atoladas na profanação e perdidas da bênção celestial.
3. Ela se caracteriza quando optamos pelo caminho da fidelidade, decidir pelos juízos do Senhor. Parece que esta característica se sobrepõe à anterior, mas na verdade esta tem as suas diferenças inerentes. Optar pelo caminho da fidelidade e decidir pelos juízos do Senhor são escolhas que têm um alto preço em meio a situações e condições adversas. O salmista inspirado pelo Senhor, entre os tantos versículos que escreveu no Salmo 119, escreveu no versículo 30 essa característica da boa escolha. As pessoas que decidem insistir e persistir em andar pelo caminho da infidelidade se aliando e copiando decisões lideradas por prazeres iníquos e juízos divorciados da Palavra de Deus, ficarão sucumbidas na miserabilidade do remorso e vitimadas na vergonha da avareza e do engano.
4. Ela se caracteriza quando preferimos a boa parte em estar adorando, orando e ouvindo os ensinamentos do Senhor. Essa é a parte duradoura que jamais será tirada de nós. É mediante essa preferência que não permitimos ficar assoberbados pelos problemas e coisas desta vida e em algum momento ver a glória de Deus. Maria, irmã de Marta e de Lázaro, em meio aos afazeres domésticos escolheu tirar um período momentâneo para aproveitar a companhia da visita do Senhor Jesus em sua casa para ouvi-lo, afinal nem sempre se podia ter a companhia pessoal e particular do Mestre sem que houvessem multidões o acompanhando. É necessário que priorizemos os tesouros do céu e nos desapeguemos das riquezas da terra. Quando decidimos ficar do lado do Senhor, reconhecemos que somente Ele tem as palavras de vida eterna. As pessoas que decidem colocar-se por trás das muralhas de ocupações e de apegos aos bens e benefícios terrenos e põem em segundo plano o apego pela presença do Senhor, ficarão vazias, presas e cativas em barreiras da soberba e da fadiga da vida.
5. Ela se caracteriza quando rejeitamos usufruir honrarias e prazeres humanos e transitórios ao preferirmos passar por situações adversas sendo povo de Deus. Não é fácil fazer essa escolha tendo-a como uma boa escolha, mas é esta uma característica dela. Diante de ameaças de perdas de benesses e benefícios humanos, de riscos de menosprezos, de riscos de rejeições, de riscos em passar a ser alvo de ódios, é uma preferência difícil de ser assimilada por quem ama o mundo de ostentações. Mas Moisés, servo e feito líder do povo hebreu pelo Senhor, fez essa boa escolha. As pessoas que decidem confiar em reis da terra como se estes fossem os defensores do povo de Deus e divindades mantenedoras de honrarias e prazeres humanos transitórios, ficarão confundidas e cairão em laços de maldição mediante o que diz a Palavra de Deus.
6. Ela se caracteriza quando decidimos preferir a proposta da vida, do bem e da bênção do Senhor para nós particularmente e para a nossa descendência. Deus mostrou ao seu povo os caminhos que poderiam seguir, todavia Ele aconselhou seguir a Sua proposta. A boa escolha se dá quando decidimos observar os mandamentos do Senhor e buscá-LO de todo o nosso coração. As pessoas que decidem confiar e optar por propostas camufladas, enganosas e traiçoeiras de reis da terra, e não darem ouvidos à Palavra de Deus, ficarão no caminho da morte, do mau e da maldição, e ainda as trarão sobre as suas próprias descendências, como diz a Palavra de Deus.
7. Ela se caracteriza quando a decidimos equilibrados e não sob a influência de impulsos particulares, momentâneos, desenfreados e impensados. Esses impulsos podem conduzir o influenciado para tristes lamentos futuros. Uma vez que são feitas escolhas sob a força desses impulsos, espera-se deles a maior probabilidade e a maior incidência de possibilidades de erros fatais. Foram esses impulsos que arruinaram a vida de Esaú levando-o a consumar o ato de profanação e, perdendo o seu senso sobre a sua posição e sobre os valores eternos. O resultado desses impulsos na vida de Esaú foi banhado de lágrimas com um arrependimento tardio depois de ter visto mais claramente o tipo de escolha que fizera. As pessoas que decidem suas escolhas baseados em impulsos dessa natureza, ficarão soçobradas em remorsos e lamentos fatais.
Lembremos, por fim, de que a precisão de nossas escolhas dependem de quatro elementos. Toda escolha por mais simplória que possa nos parecer, depende desses elementos. Notemo-los.
1. A preferência. Nossa preferência indica o que gostamos mais diante das propostas que se apresentam diante de nós. A preferência envolve predileção, primazia e prioridade no que vemos ser melhor a ser escolhido. Que nossas preferências sejam segundo a visão da Palavra de Deus.
2. O parecer. Nosso parecer indica que opinamos baseados em alguma idéia fundamentada. O parecer envolve um juízo sem manquejo e sobre variáveis reais em tudo que está explícito e implícito na escolha e nas suas resultantes. Que nosso parecer seja segundo a visão da Palavra de Deus.
3. O querer. Nosso querer indica a ação de desejarmos ou pretendermos ter. O querer está presente nas escolhas e envolve o desfecho da volitividade sobre o objeto da escolha. O querer não pode ser um fator determinante único e isolado nas escolhas. Que nosso querer seja segundo a visão da Palavra de Deus.
4. A decisão. Nossa decisão indica a conclusão a que chegamos para a resolução da escolha. A decisão é um importante elemento no desfecho conclusivo da escolha. Decidir é uma ação muito delicada e às vezes um tanto complexa, porém é o elemento determinante na escolha. Somente escolhemos depois que decidimos. Que nossa decisão seja segundo a visão da Palavra de Deus.
Concluindo, podemos, portanto, notar que fazer realmente escolhas não é tarefa tão fácil de se realizar, como algumas pessoas pensam. Haja vista que escolhas exigem fé, parecer, coragem, decisão, tempo. As escolhas de alguma forma exercem algum tipo de influência, diretamente sobre quem as decide e indiretamente sobre os outros que lhe rodeiam. Quando somos só, nossas preferências, opções, decisões sobre nossas escolhas são mais simples e incidem seus resultados sobre nós mesmos, entretanto quando temos outros ao nosso lado e antevemos que elas vão também influenciar e incidir sobre as suas vidas, tudo se faz mais complexo e nos pede maior acuidade e mais prudência de nossa parte.
Nossas escolhas sempre apontam para o futuro e não há como plagiar o passado e o futuro. O primeiro já passamos pelos acontecimentos e o segundo o havemos de passar. Toda escolha precisa ser vista com realidade e com verdade no que ela pode nos levar para situações e condições melhores do que as atuais dentro do plano de Deus que hoje vemos e do que podemos compreender na visão da Palavra de Deus. Dentre as muitas escolhas que se nos apresentam, sempre vai existir aquela que fundamentado na visão da Palavra de Deus que hoje possuímos, se nos representa com mais certeza, com o menor prejuízo, com o melhor resultado
Podemos cometer erros quando decidimos alguma escolha. Seja possível que os erros que hoje cometemos tenham sido resultantes de más escolhas que por algum aspecto influenciador as fizemos no passado. Esses erros se dão em vista de que no momento que fizemos aquelas escolhas, estávamos pensando no melhor para nós, e mais grave se tornou se aqueles pensamentos estavam desconexos da visão da Palavra de Deus, mesmo estando pensando no melhor. O nosso melhor dentro de nossa visão particular nem sempre e quase sempre não é o melhor segundo a visão de Deus para nós. O nosso melhor é tendencioso, e o melhor de Deus é imparcial, reto, justo, esquadrinhado e aprumado para a medida de estrutura de nossas vidas. Por essa causa, devemos fazer as nossas escolhas dentro da visão da Palavra de Deus porque ela é inerrante e infalível.
Que em todas as nossas escolhas, sejamos mais perspicazes e estimulados a percebermos os seus detalhes, seus fatores e seus elementos a fim de que a preferência, o parecer, o querer e a decisão sejam no mais que possível instruídos e guiados de acordo com a visão da Palavra de Deus para as nossas vidas e as de nossas descendências.
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