sábado, 12 de abril de 2014
A IGREJA CONTINUA A MESMA
A IGREJA CONTINUA A
MESMA...
Algumas igrejas que não.
O Senhor nosso Deus é incomparavelmente surpreendente. O Senhor
nosso Deus é soberanamente o Provedor, Protetor e Mantenedor da Sua Igreja. Dia
após dia o Espírito de Cristo, do Senhor da Igreja, tem levantado e enviado
pastores, mestres, doutrinadores, estudiosos e ensinadores, comprometidos com
Deus, com a Sua Palavra e com a Sua Igreja a exortar os filhos da casa de Deus
ao comprometimento fervoroso com a essência e as virtudes do Evangelho de Cristo
antes do momento iminente do grito da meia-noite no anúncio da chegada do
Noivo.
É incrível e extraordinário o conteúdo que o apóstolo João
recebeu na inspiração do Espírito e o escreveu nas suas epístolas universais
para a Igreja do Senhor Jesus em todos os tempos. E tão quanto mais notáveis,
úteis e necessários os seus conselhos e recomendações exortativos para a Igreja
militante no tempo do fim. Ele faz notar que é possível uma pessoa ou um grupo continuar
sendo crente, mas ter deixado os limites da ortodoxia para trás. Ultrapassar os
limites da ortodoxia é ir além do que a Igreja foi ensinada.
Faz alguns anos que mentes pensavam e declaravam que a semeadura
do joio no meio do trigo seria esforço feito por trabalhadores estranhos à
seara do Mestre. Os anos se passaram, e o que cada dia se mostra e se configura
é a elaboração laboratorial do joio e a sua semeadura feitos e levados a todo
esforço por gentes em todas as posições e setores no santuário ou ligadas a ele.
O comichão nos ouvidos e a inconformidade com o que foi recebido dos nossos
primeiros pais primitivos estão levando pessoas e grupos a se tornarem
vulneráveis às investidas de espíritos estranhos à Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja do Senhor Jesus continua a mesma. Algumas igrejas que não, por
diversos e vários fatores observados e testemunhados. Respeitando as excessões. No seu livro “O que estão fazendo com a Igreja”, o
Rev. Augustus Nicodemus traça linhas competentes, resultantes de um exaustivo e
louvável trabalho de estudo e pesquisas acerca do afastamento e desvio de
igrejas da Igreja. Vale dizer que as realidades hodiernas de igrejas ao serem
confrontadas com a realidade da Igreja revelam assustadoramente esse
distanciamento por parte delas em relação à Igreja do Senhor Jesus. São fatos
testemunhados e constatados cotidianamente no suor das tarefas sacras. Esses fatos
publicam mais do que palavras podem dizer.
O primeiro deles que mostra esse afastamento, é notado nas
tendências da natureza humana decaída dominando sobre os gostos. O gosto por
bispos e apóstolos. O gosto por posições nominais, pompas, domínios
monopolizadores, e rituais. Uma busca pela veneração e respeitabilidade à base
de mecanismos da imposição formal ou ideológica, ao invés de ter sua base na
prática e no exemplo de vida fundamentados no que se foi recebido do Senhor e
do apostolado. As incoerências na linha de conduta vêm publicando a grande
divergência e afastamento dos moldes de tratamentos e modo de viver ensinados à
Igreja.
O segundo a declarar esse distanciamento consiste na idéia de que
pastores e líderes são mediadores entre Deus e as pessoas. O exemplo disso está
sendo comprovado na terceirização da fé, na transferência de confiança às
chamadas “orações poderosas” de pessoas detentoras de algum grau de influência
sobre outras. A recorrência depositária de confiança em terceiros através da
auto-exclusão nutrida por ignorância e analfabetismo bíblicos pode ser
claramente constatada em muitos círculos de crentes.
O terceiro a mostrar a realidade desse afastamento está na forte
presença do misticismo supersticioso sobre nomes, pessoas e objetos. Uma das
tendências da natureza humana decaída é buscar adorar algo fisicamente visível ou alguém ou ser
adorada por alguém. O misticismo supersticioso tem arrastado pessoas e grupos a
serem adoradores cativos e cegos a nomes, títulos, rótulos, pessoas, assim como
de mistificar objetos, amuletos, patuás, produzidos com o suposto fim de
através da aquisição destes, pessoas possam por eles agradar a Deus e obter respostas,
bênçãos e favores divinos. Uma ilusão que apenas tem alimentado o mercantilismo
religioso. Em alguns círculos evangélicos, o almoxarifado e os balcões do misticismo supersticioso
são abastecidos pela ignorância e insensatez de se dar ao esforço
de comprar objetos, amuletos e patuás “evangélicos”, entretanto se resumem e se esquivam de adquirir literaturas e vídeos competentes para se edificarem e
serem robustecidos na sua cosmovisão e na sua fé.
O quarto fato a mostrar a realidade gritante desse afastamento
reside nas equivocadas aplicação e admissão dos conceitos entre o que é sagrado
e o que é profano. Entre alguns crentes se desenvolveu uma cultura evangélica brasileira que por anos incorreu no triste prejuízo
de infundir na mentalidade evangélica um estilo de tratamento opositor, antagônico e anti-religioso entre crentes e pessoas de outras religiões ou credos. Alguns
seguimentos evangélicos ainda foram mais além, ao semear o tratamento opositor
entre crentes e crentes, entre igrejas e igrejas, tanto de denominações
distintas como até de algumas de mesma denominação.
O quinto fato a revelar esse afastamento pode ser visto no
acatamento e assimilação de modismos e movimentos para atenderem a febres
eventuais ou satisfazerem a necessidades existenciais e psicológicas das
pessoas. Invenções próprias e consubstanciadas nos gostos e no querer das
tendências da natureza humana decaída ditam lugar e reivindicam presença em
alguns santuários. Não importa se o conteúdo interior com base bíblica é mais
importante. Todavia nesses o mais interessante e atrativo é que as coisas
aconteçam para causar “mostras” exteriores de satisfação e preenchimento de
lacunas momentâneas no homem natural.
Alguns crentes e lideranças já conformativa e associativamente
assumem o lugar da adoração congregacional com a “ministração” de espetáculos e
apresentações cênicas rotineiros e isolados da ministração bíblica, em
detrimento da adoração sacra e devocional pautada nos princípios e propósitos
dos serviços de culto e adoração a Deus. O culto congregacional ao Senhor é um
serviço composto de tarefas sacras e ao mesmo tempo uma manifestação livre e
respeitosa de expressões individuais unidas, pautadas e dirigidas em princípios
e propósitos ensinados na Palavra de Deus.
O sexto fato que mostra esse afastamento consiste na prática do
seletismo de pessoas segundo a visão humana. Essa forma de seletividade empregada
com visão humana tem possibilitado e viabilizado o espírito faccioso e
dissensor a infiltrar e imperar austeridades, partidarismo, separatismo, autoritarismo e coisas não-condizentes,
incompatíveis e estranhas ao Espírito da Igreja, e para enfraquecimento da fé e do ânimo em muitos crentes
e igrejas.
O sétimo fato revelador desse distanciamento está comprovado no
lento e continuado abandono e desprezo das linhas que demarcam claramente o
solo santo da fé histórica da Igreja. Uma fé fundamentada nos exemplos dados
pelo Mestre e praticados e corroborados pelos apóstolos e pelos crentes
primitivos. Uma fé embasada na Palavra de Deus, e não uma crença condicional assanhada
por espetáculos e movida pelos interesses pessoais particulares que entronizam
apenas o ego e a pessoa do crente.
O oitavo fato que mostra de forma gritante esse afastamento está
na infiltração e na impregnação do neoliberalismo em crentes e igrejas. Uma
cultura que “ilumina” crentes com ilusões viciosas que não lhe levarão a lugar
algum. Apenas os conduzirão para o pântano das frustrações, das decepções, das
descrenças e do cansaço desmotivador da capacidade de crer e confiar. Uma
cultura que leva pessoas a acreditarem em tudo que é mecanizado e manifesto
entre paredes nos templos, e ao mesmo tempo sutilmente leva pessoas a terem um
futuro pontilhado pelo veneno do descrédito e da incredulidade. Uma cultura que
obscurece e anestesia a capacidade de exame e crivo sobre as coisas que estão
sendo executadas para o Senhor e em Seu nome.
Tem sido terrível a fabricação e a instalação de neoliberais em igrejas. O que na
verdade, forte e veementemente foi combatido na Igreja e por ela. Meios e
instituições crentes produzindo gentes que infestam do neoliberalismo sagradas
tribunas. Promotores do neoliberalismo cedendo púlpitos para a disseminação da
cultura neoliberal disfarçada de “cultura de pensamentos bíblicos” e recheada de
“pensamentos cristãos”. E por conta da ignorância e do analfabetismo bíblico e
teológico, muitos crentes desavisados têm sido levados como vítimas vulneráveis
da cultura do neoliberalismo disfarçado em igrejas.
E por fim, o nono fato revelador desse afastamento está no
acatamento de conceitos e assimilação de práticas em destino a um falso
progresso. Um progresso que descaracteriza e desvia crentes e igrejas dos
verdadeiros propósitos da vida cristã e das doutrinas bíblicas que regem os
princípios de vida no Reino de Deus. Grupos históricos vêm sendo movidos dos
alicerces cristãos. Algumas igrejas e suas lideranças deixam claramente transparecer
os seus medos e ressentimentos diante de falsas acusações neoliberais que
influenciam intimidação a grupos conservadores, maldosamente conceituando-os como igrejas
estagnadas, engessadas, sem progresso e sem frutificação.
A força do espírito dos libertinos também é notada atuando de
forma sutil, aberta e sem oposição em igrejas. Lideranças
cedem lugar a mentalidades conformativas ao sistema mundo no pensar e no agir.
Na busca de um suposto progresso, imperceptivelmente crentes e lideranças
crentes estão sendo arrastados pelo espírito libertino liderando-os inteligentemente para o estado de diluição, de perda de identidade cristã, de
distanciamento dos ensinamentos do Mestre e Senhor da Igreja e, por fim, da
perda da razão de existirem como igrejas.
Crentes e lideranças crentes vêm clara e literalmente se
perdendo em promoções de momentos imediatistas que transitam entre extremos, a
saber: os que numa ponta vão desde a ausência de razão bíblica até na outra a de
pluralidade que atenda e sacie apenas o momento humano presente, em detrimento
do permanente que nutra, fortaleça e conserve a fé, o ânimo e a esperança no
futuro prometido pelo Senhor aos Seus servos.
“Filhinhos”, que demos ouvidos às bem-aventuradas palavras
escritas pelo apóstolo João.
EvGS
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