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sábado, 10 de setembro de 2011

VASTI – caráter e convicções.


VASTI – caráter e convicções.
Valores que possuem alto custo.

Na noite da primeira sexta-feira deste mês em curso estive pregando na rica abertura do 9º Aniversário da Igreja Evangélica Congregacional, no distrito de Cassarotiba, Maricá-RJ, em atendimento ao cordial e generoso convite formulado pelo nobre amigo conhecido de alguns anos e que lidera o digno e atuante ministério daquela amada igreja.

Foi uma rica e feliz oportunidade me concedida por Deus em haver reencontrado alguns outros obreiros e ladeado com eles a nobre tribuna sagrada. Foi uma linda festividade com a extraordinária e inexplicável marca da presença do Espírito do Senhor evidente no seio daquele numeroso e amável público. Deus provê pátrias e portas abertas para seus pregadores sérios e de conteúdo, comprometidos com Deus, com o povo do Seu Reino e com a Sua Palavra.

Dias depois, uma digna irmã em Cristo que esteve presente com o grupo liderado de sua igreja naquele alegre evento me localizou e dela recebi um telefonema dizendo-me não haver encontrado neste blog uma postagem cujo tema e conteúdo discorressem especificamente sobre a vida de alguma mulher da Bíblia Sagrada. Aquela conversa sugestiva e edificante me imprimiu incentivação e encorajamento, e também me fez refletir naquela carinhosa e cordata observação.

Os dias passaram e hoje, com respeitoso carinho sobre aquela observação refletida, venho nesta oportunidade estender também a todos os diletos e generosos leitores algumas lições edificantes sobre os episódios da vida da rainha persa Vasti, nos dias do rei Assuero (Xerxes), seu esposo e regente naquele trono conhecido na época desde a Índia até a Etiópia.

Daqueles episódios escriturísticos notamos que o mover do Senhor nosso Deus jamais será inteiramente concebido e nunca cabalmente compreendido por pessoa alguma. Tudo que o Senhor Deus faz, além de ter propósitos, tem suas razões, que muitas vezes são inicialmente inapercebidos e apenas parcialmente interpretados.

Da mesma forma como nos soa estranho saber que Deus abate a quem Ele quer, por mais auto-confiante e poderoso que esse alguém seja. E levanta qualquer um que Ele queira, por mais frágil, simples e indigno que pareça aos olhos e aos conceitos humanos. Também nos fala um tanto limitadamente assimilável que Deus cria e move esses feitos para a consecução e consolidação dos Seus planos e projetos.

Trabalhar, mover, transformar, usar, equipar e empregar as coisas loucas, fracas e insignificantes deste mundo são algumas das inúmeras especialidades do Senhor Deus. Deus abre os canais da história humana para imprimir e fazer serem notados o imenso brilho de Sua soberania e o grande fulgor de Seu poder na História. O Senhor Deus tanto lidera a História como desfaz e constrói histórias.

Deus transforma o mais amargo dos amargos e o mais péssimo entre os péssimos em mais doce e mais excelente. Da mesma forma Ele tira do cenário o mais doce e mais excelente para elevar e estabelecer o que não conseguiríamos definir, qualificar e classificar para substituir aqueles.

De onde há espinheiro, Deus o tira e faz nascer a sarça e crescer a murta. Há momento que Deus faz o eclipse da Lua apagar a sua luminosidade para que apareça a estrela que Ele convoca a mostrar o seu brilho e sua presença no momento em que Ele quer.

Às vezes é preciso que algumas coisas inesperadas se revelem nas oportunidades do mover de Deus e aconteçam para que saibamos lidar sabiamente, com tato e inteligência com coisas e pessoas que estão no nosso contexto e ao nosso redor. O curso das ações de Deus constrói ao mesmo tempo em que instrui.

Um dos textos da Sagrada Escritura que muito nos mostra essas verdades é o que está registrado no Livro que toma o nome de Ester. A judia Ester que veio a ser a rainha da Pérsia nos dias do rei Assuero (Xerxes). Esse livro contém, dentre muitas outras, as ricas e profundas lições que revelam até onde vai e sustenta o auto-senso de equilíbrio, de respeito, de pudor, assim como da força de caráter e a firmeza de convicções de uma pessoa.

Apesar de empolgantes e estimulantes, o mais lindo nesse livro não são os acontecimentos em si mesmos. O mais notável nesse precioso livro é, sobretudo, a revelação do poder, da soberania, da vontade e da providência de Deus sobre homens e reinos para movê-los em favor do Seu povo. Quando o Senhor quer cumprir a sua vontade e realizar o seu propósito, Ele move qualquer coisa e a faz estar inteiramente a serviço de Sua soberana vontade.

E visualizando essas lições supramencionadas, me proponho neste singelo artigo a trazer aos diletos e generosos leitores o foco sobre a rainha persa Vasti. Talvez, e seja muito possível que a maioria de nós tenha a atenção atraída em primeira mão para os livramentos concedidos a Mardoqueu, aos atos de justiça impostos sobre Hamã e os detalhes que culminaram nas vitórias concedidas pelo Senhor a Ester e ao povo judeu daquela época.

Todos esses detalhes são riquíssimos e sobremodo importantes e empolgantes, porém neste artigo preciso lhes trazer um pouco mais de perto ao terreno de Vasti, porquanto as lições da vida de Vasti podem lhe despertar a visão sobre acontecimentos até então não lhe bem compreendidos, não lhe satisfatoriamente aceitos.

Começo por lhe dizer que a rainha Vasti, enquanto no poder e no convívio do palácio persa, foi a rainha mais poderosa do Oriente Médio. Vasti exerceu autoridade e influência no reino durante os seus dias na co-regência do trono persa com o seu esposo rei, e mesmo depois de estando fora dele, ainda de certa forma durante o reinado de seu filho em poder daquele trono.

O nome de Vasti é originado do antigo persa, romanizado na escrita para Washiti, e possui o significado de “a mais doce”, “a mais excelente”. O nome estava intrinsecamente representado na formosura de sua pessoa e na beleza incomum de sua presença. A bela e linda pessoa de Vasti estava identificada, conferida e estampada no seu nome. Olhar para a beleza exterior de Vasti era enxergar a sua força de caráter e a sua firmeza de convicções residentes no seu interior. Valores interiores que lamentavelmente faltam em muita gente de nosso tempo.

Mas assim como para todos os homens, tanto o poder é transitório e possui restrições como os fatores humanos são limitados e passageiros, os de Vasti também foram. Apesar da fragilidade do seu poder, havia nela a manutenção de valores interiores que podem e devem ser cultivados por todo aquele que não se dobra a vontades desgovernadas, a ditames desmedidos e desmandos irrefletidos, com a cara de “cortesia conveniente e respeitosa à oficialidade do sombrio bom senso”.

As lições da vida de Vasti muito ferem aqueles que se vendem, se trocam, se auto-desvalorizam e se barganham em troca de favores, de titulações e de posições humanas transitórias e passageiras. As lições da vida de Vasti chocam diretamente contra aqueles que, a fim de se manterem no poder, na moda e na mídia, transgridem contra si mesmos, contra o auto-senso judicioso e contra as suas integridades moral e espiritual.

Chocam contra aqueles que mudam de carapaça, matizam e trocam de cores. Enfim, se submetem a fazerem qualquer coisa com o fim de serem mantidos no visual da popularidade e de um trono do poder. Aqui na Terra tudo isso é visto por um olhar conceitual e avalista, mas realmente não sabemos como é enxergado pelo olhar esquadrinhador no Céu.

Tudo começou a vir a lume quando o monarca persa promoveu um banquete no seu suntuoso palácio para os seus cordatos convivas. Havia dois ambientes separados e destinados cada um para um público confraternizar-se, como era o costume daqueles idos de então no mundo persa. Num ambiente concentravam-se os homens e no outro afastado dos olhos deles confraternizavam-se reunidas as mulheres.

Em meio a toda alegria e excitação do ambiente, movidas pela força da embriaguez do vinho, o rei Assuero no último dia da festa queria e mandou que a sua esposa, a rainha Vasti, fosse trazida do seu ambiente para desfilar mostrando a sua beleza e formosura diante da reunião seleta de ébrios congregados. Na passagem bíblica, o verbo “mostrar” traduz a palavra rā’āh no texto original hebraico, e possui um dos significados de “fazer desfrutar com os olhos”.

Aquele monarca estava acostumado a ter o que queria e terminou por receber o que não esperava. O nome Assuero era originado do antigo persa, cuja escrita romanizada é ‘ªhashwẽrôsh e significa “rei venerável”. Um venerável incorrendo no risco de se fazer desprezível.

Movido pela euforia da embriaguez e pelo seu capricho pessoal, o rei Assuero recebeu a inesperada recusa da sua esposa rainha Vasti em não ceder a se permitir a aquele seu capricho. Assuero se viu de brios tocados e humilhados. E furioso e indignado, o rei levantou-se diante dos comensais confraternos para resolver um novo problema que se instalara a partir dali afetando a família, o ambiente do lar, o ambiente da realeza e a sua representação social e política.

Para ele e seus convivas chocados, o quadro indicava nas suas óticas e pareceres um problema misto de quebra de autoridade, desrespeito conjugal, desprezo para com os convidados. Segundo os olhos humanos e costumes, o prevalecimento da recusa foi considerado como audacioso descumprimento ao mandado de um rei, ofensa, e o juízo sobre a rainha aparentemente audaz foi sugerido por um conselho como resposta à sua atitude de insolência. O que os maiorais temiam eram os futuros posicionamentos das mulheres perante aos caprichos desmandados e descabidos de seus maridos.

Para ela e suas convivas no outro ambiente, a iniciativa do rei seu marido foi um ato conflitante, desastroso e impensado. O rei fez uma exigência incomum. Ele queria expor a rainha, sua própria esposa, por um capricho pessoal inapropriadamente. Foi um ato impróprio, pois que feria as mulheres e também era incompatível à posição de uma rainha. A perda de sensos no mau emprego do exercício de poder muitas vezes expõe à execração vergonhosa e acarreta prejuízos desastrosos.

A quebra daquele ato impróprio e impensado do soberano monarca Assuero deu o início visível exteriorizado do agir de Deus. Nesse caso, a quebra começou pela atitude-resposta de Vasti ao mandado imprudente do rei. A posição de Vasti conferia exemplo e influência sobre todas as mulheres do reino, e sua atitude poderia de certa forma se tornar um guia para outras.

Para quem ocupa posição notável e influente é preciso refletir nos seus exemplos formadores de opiniões nos outros. Para que a vontade de Deus venha ser realizada, os acontecimentos vão sendo desencadeados e se mostrando, independente do conceito ou juízo que façamos sobre eles.  

Na força da embriaguez e debaixo da euforia do banquete, o rei estava pondo em risco a honra dele, invadindo a integridade moral da esposa e promovendo escárnio do seu reino, assim como possibilitando e viabilizando um desrespeito insultuoso que iria se tornar publicamente notório. Além disso, mandou servos domésticos comuns trazer escoltada a rainha. O que era impróprio e incidia com isso em rotulá-la como um objeto comum de prêmio como mostra para exposição.

O rei embriagado quis quebrar protocolos, fazendo abuso insanamente de sua autoridade para agradar a outros expondo sua própria esposa como se faz com um troféu. Terminou por ser colocado em situação difícil e desagradável por seu comportamento desequilibrado. A influência eufórica do ambiente do rei lhe sacou do tino e da capacidade de pesar e medir as conseqüências do seu ato.

A atitude da rainha Vasti em resposta ao querer imprudente do rei muito pode ensinar e muito pode revelar a ação de Deus. Vasti com sua resposta demonstrou e deixou claro que sua força de caráter e sua firmeza de convicções independiam de posição e de poder, assim como tinham um valor a ser zelado primeiro por ela e que sua atitude de submissão possuía limitações. Esse poder e exercício de percepção estão faltando em muita gente hoje.

Quer fosse para mostrar sua auto-afirmação diante das suas convidadas, quer fosse para fazer valer os seus valores morais, ela foi mais autêntica, sóbria, lúcida, leal, legítima e prudente do que o seu próprio marido rei. Exercício de poder e consciência do senso de valores são dois fatores distintos, mas quando unidos em ação conjunta revelam virtudes extraordinariamente louváveis. É preciso ser próprio para não se tornar vulgar e impróprio.

A atitude de Vasti recebeu o conceito e o parecer de desprezo e acarretou indignação. Fazendo o que lhe pareceu por correto e ético, e preservando a sua moral e de seu esposo e lar, Vasti sofreu perdas enquanto Deus estava com isso trabalhando no silêncio. Deus honrou e valorizou a individualidade da pessoa de Vasti ao mesmo tempo em que estava preparando o caminho para levantar Ester. É preciso  saber ser próprio para não terminar por se tornar em objeto de joguete. Vasti foi própria e autêntica.

Deus valorizou Vasti e recompensou o seu reino provendo sobre ela uma outra rainha tão linda e tão nobre, forte e firme quanto era Vasti. Vasti não perdeu o seu lugar no trono para outra mulher qualquer. A mais doce, a mais linda, desceu do trono para a estrela nele subir e ocupá-lo dentro da vontade e da provisão de Deus. Perde-se a posição e o trono, mas não se deixa cair o valor, a integridade e as convicções pessoais. Existem valores que jamais se deve trocar e há virtude que nunca podemos deixar de apresentá-la.

Vasti foi banida da presença real para sempre, tendo como a causa principal a de recusar-se a se apresentar como um objeto bibelô para satisfazer as vistas dos olhos cobiçosos dos amigos ébrios de seu marido. As controvérsias geradas pela atitude de Vasti fizeram que ela fosse deposta da posição e do trono. O conflito gerado a partir da atitude de Vasti deu lugar e oportunidade para Ester subir ao trono tempos depois da crise instalada na família e no palácio do rei Assuero.

Apesar da força de caráter e da firmeza de convicções de Vasti serem merecedores de nossas admirações, percebemos o agir e o mover da mão do Senhor nosso Deus mostrando o Seu poder e soberana vontade sobre os homens e reinos. Quanto vale o seu caráter e até onde vai a firmeza de suas convicções? Quem se vende, se troca e se barganha hoje, pode sofrer sérias conseqüências como desonras amanhã. O que lhe vale mais? A posição, o poder, que transitam em cursos incertos e não-garantidos, ou as integridades moral e espiritual? Que vale mais, a sua roupa transitória, ou o seu corpo permanente?

Alguém pode estar crente e convencido de que esteja fazendo o certo contra alguém ou em favor de algo, sem saber que suas visão, vontades e decisões estão sendo lideradas por Deus providencialmente para canalizar bênçãos e promover favores a alguém, a algum ambiente, a algum lar. O Senhor Deus opera tanto o querer como o efetuar.

Assim sendo, devemos lembrar que os propósitos do Senhor nosso Deus são mais altos que o nosso entendimento e por esta causa transcendem toda e qualquer decisão humana. Da mesma forma precisamos lembrar que nossa força de caráter e nossa firmeza de convicções possuem um elevado valor e para mantê-los podemos pagar um alto preço pelo seu imensurável custo.

Precisamos, outrossim, aprender que toda coisa debaixo do Céu é movível, é transitória, é mutável e passageira. Jamais se estribe na auto-confiança colocada nas coisas vistas pelos olhos. Nunca se permita ser iludido ou sofrer o engano, acreditando equivocadamente que suas vontades e decisões são soltas e isoladas em si mesmas.

Independentemente do nosso juízo, qualquer que seja ele sobre o que for, existem situações criadas por Deus, alocadas no seu tempo para dentro de nossa cronologia, e movidas dentro dos Seus propósitos, para especificamente abaterem uns enquanto levantam outros a fim de que a vontade soberana de Deus seja cumprida.

Não tentemos, não subestimemos o Senhor Deus, pois tudo está em Suas potentes mãos para fazer o que Lhe apraz e quando Ele quer. Importa não perdermos os nossos sensos sobre os nossos valores individuais segundo a Palavra de Deus. E se porventura algum infortúnio tenha tocado os valores pessoais do caro leitor, não se abata, não perca o rumo, retorne para ele, fazendo valer a sua força de caráter e a sua firmeza de convicções pessoais com vistas nos princípios ensinados na Palavra de Deus.
PbGS



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